Um ônibus foi queimado pelos moradores para bloquear a rodovia Mário Covas (Foto: G1)
Moradores de uma área invadida bloqueiam desde a madrugada desta terça-feira (27) a avenida Augusto Montenegro e a rodovia Mário Covas, próximo ao conjunto Satélite, em Belém. Eles queimaram ônibus e usaram as carcaças para impedir o acesso ao terreno. O protesto é contra uma reintegração de posse de um terreno pertencente à construtora Gafisa/Premium. A empresa disse que oferece suporte adequado e meios de transporte para remoção pacífica dos moradores.
Moradores de uma área invadida bloqueiam desde a madrugada desta terça-feira (27) a avenida Augusto Montenegro e a rodovia Mário Covas, próximo ao conjunto Satélite, em Belém. Eles queimaram ônibus e usaram as carcaças para impedir o acesso ao terreno. O protesto é contra uma reintegração de posse de um terreno pertencente à construtora Gafisa/Premium. A empresa disse que oferece suporte adequado e meios de transporte para remoção pacífica dos moradores.
Garrafas de coquetel molotov foram apreendidas pela PM. (Foto: G1)
Homens da polícia militar entraram no terreno para garantir a derrubada dos barracos que ficam perto da fachada, mas os policiais ainda não conseguiram acesso aos fundos da área, onde alguns moradores ainda residem. Segundo policiais, garrafas com líquidos inflamáveis foram arpeendidas com moradores.
Até o momento ninguém foi preso. Policiais ouvidos pelo G1, que pediram para terem suas identidades preservadas, dizem que os moradores saem pacificamente após a chegada da polícia, apesar da apreensão de garrafas que podem ser usadas como coquetéis molotov.
Além dos policiais, participam da ação a Ronda Tática Metropolitana (Rotam), o Corpo de Bombeiros e agentes da Semob, Detran e Polícia Rodoviária Estadual.
Ocupação irregular
A Gafisa informou que é proprietária legítima do terreno, e que sempre manteve a posse da área. Por conta disso, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) decidiu que a ocupação é irregular e determinou que fosse feita a remoção das cerca de duas mil pessoas que ocupam o local. A empresa informou que pretende construir um condomínio no terreno invadido após a retirada dos barracos.
Máquinas removem barracos de terreno invadido. (Foto: G1)
De acordo com o governo do Pará, os posseiros teriam derrubado vegetação sem autorização para a construção de barracos, além de terem feito gatos na rede de energia elétrica.
As ordens judiciais de desocupação dos terrenos foram expedidas pelos juízes Mairton Marques Carneiro, da 6ª Vara Cível e Empresarial de Belém e Raimundo das Chagas Filho, da 11ª Vara Cível da Capital. As determinações judiciais de desocupação foram expedidas no final do ano passado e desde então a Polícia Militar vem informando ilegalidade da invasão do terreno, solicitando a desocupação da área, que não ocorreu.
Moradores bloqueiam a via desde a madrugada desta terça-feira (27). (Foto: G1)
AUTOR: G1/PA
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