Equipes de resgate e policiais são vistos dentro de mesquita xiita atingida por uma explosão nesta sexta-feira (30) em Shikarpur, no Paquistão (Foto: Amir Hussain/Reuters)
Um atentado contra uma mesquita xiita deixou pelo menos 61 mortos e dezenas de feridos nesta sexta-feira (30) no sul do Paquistão, informaram as autoridades locais.
A explosão da bomba aconteceu durante a oração de sexta-feira em uma mesquita da cidade de Shikarpur, 500 km ao norte de Karachi.
O ataque coincide com uma visita do primeiro-ministro Nawaz Sharif a Karachi para uma avaliação da situação da segurança na província de Sind, onde Shikarpur se encontra.
Primeiramente foi informado que 40 pessoas teriam morrido. O ministro provincial da Saúde, Jam Mehtab Dahr, declarou à France Presse que o número de vítimas havia alcançado 61.
"Cinquenta e quatro corpos estão no hospital de Shikarpur, sete outras pessoas morreram nos hospitais de Sukkur e Larkana", indicou.
As autoridades tentam determinar se o atentado foi realizado por um homem-bomba ou se um explosivo colocado no edifício, onde cerce de 400 pessoas estavam reunidas, foi acionado a distância, informou à AFP Sain Rakhio Mirani, um oficial da polícia local.
Pouco depois da explosão, centenas de pessoas correram para o local para tentar ajudar as vítimas que estavam presas nos escombros.
"O telhado da mesquita desabou na explosão", disse à AFP uma testemunha, Zahid Noor. "O chão estava repleto de sangue e pedaços de corpos. Havia um forte cheiro de corpos queimados, as pessoas gritavam. Foi o caos", relatou.
"Os feridos foram levados para um hospital público em taxis ou motos, porque havia poucas ambulâncias", relatou.
"Eu perdi quatro primos no ataque, e um de meus amigos viu seus cinco filhos morrer", declarou Mohabbat Ali Babalani, um morador de Shikarpur.
Violência religiosa
O atentado foi reivindicado pelo Jundullah, um pequeno grupo pouco conhecido que gravita na órbita dos talibãs. "Continuaremos a atacar os xiitas, porque eles são contra o verdadeiro Islã", declarou o porta-voz do grupo, Ahmed Marwat.
O ataque de Shikarpur é o mais violento contra as minorias no último ano no país, que sofre com atentados praticamente diários.
Nos últimos anos se multiplicaram os ataques no Paquistão contra membros da minoria muçulmana xiita, que representa cerca de 20% da população deste país sunita de quase 200 milhões de habitantes.
O atentado desta sexta-feira é o mais violento desde um ataque dos talibãs paquistaneses em 16 de dezembro, que matou 150 pessoas, incluindo 132 estudantes, em um colégio de Peshawar (noroeste), perto da fronteira com o Afeganistão.
AUTOR: FRANCE PRESSE
Um atentado contra uma mesquita xiita deixou pelo menos 61 mortos e dezenas de feridos nesta sexta-feira (30) no sul do Paquistão, informaram as autoridades locais.
A explosão da bomba aconteceu durante a oração de sexta-feira em uma mesquita da cidade de Shikarpur, 500 km ao norte de Karachi.
O ataque coincide com uma visita do primeiro-ministro Nawaz Sharif a Karachi para uma avaliação da situação da segurança na província de Sind, onde Shikarpur se encontra.
Primeiramente foi informado que 40 pessoas teriam morrido. O ministro provincial da Saúde, Jam Mehtab Dahr, declarou à France Presse que o número de vítimas havia alcançado 61.
"Cinquenta e quatro corpos estão no hospital de Shikarpur, sete outras pessoas morreram nos hospitais de Sukkur e Larkana", indicou.
As autoridades tentam determinar se o atentado foi realizado por um homem-bomba ou se um explosivo colocado no edifício, onde cerce de 400 pessoas estavam reunidas, foi acionado a distância, informou à AFP Sain Rakhio Mirani, um oficial da polícia local.
Pouco depois da explosão, centenas de pessoas correram para o local para tentar ajudar as vítimas que estavam presas nos escombros.
"O telhado da mesquita desabou na explosão", disse à AFP uma testemunha, Zahid Noor. "O chão estava repleto de sangue e pedaços de corpos. Havia um forte cheiro de corpos queimados, as pessoas gritavam. Foi o caos", relatou.
"Os feridos foram levados para um hospital público em taxis ou motos, porque havia poucas ambulâncias", relatou.
"Eu perdi quatro primos no ataque, e um de meus amigos viu seus cinco filhos morrer", declarou Mohabbat Ali Babalani, um morador de Shikarpur.
Violência religiosa
O atentado foi reivindicado pelo Jundullah, um pequeno grupo pouco conhecido que gravita na órbita dos talibãs. "Continuaremos a atacar os xiitas, porque eles são contra o verdadeiro Islã", declarou o porta-voz do grupo, Ahmed Marwat.
O ataque de Shikarpur é o mais violento contra as minorias no último ano no país, que sofre com atentados praticamente diários.
Nos últimos anos se multiplicaram os ataques no Paquistão contra membros da minoria muçulmana xiita, que representa cerca de 20% da população deste país sunita de quase 200 milhões de habitantes.
O atentado desta sexta-feira é o mais violento desde um ataque dos talibãs paquistaneses em 16 de dezembro, que matou 150 pessoas, incluindo 132 estudantes, em um colégio de Peshawar (noroeste), perto da fronteira com o Afeganistão.
AUTOR: FRANCE PRESSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU