O Ministério Público de Quixadá (158 Km de Fortaleza) começou a ouvir autoridades municipais e empresários implicados em supostas irregularidades administrativas que resultaram em prejuízos financeiros para os cofres da Prefeitura daquele Município do Sertão- Central.
Os depoimentos são resultantes das investigações realizadas durante as operações ´Miragem I e II´, realizadas no primeiro semestre.
Os depoimentos estão sendo tomados pelos promotores de Justiça Igor Pinheiro e André Clark. Inquéritos policiais foram instaurados, paralelamente, ao trabalho do MP. Conforme estimativas do Ministério Público, o ´rombo´ nos cofres municipais atingem cerca de R$ 15,6 milhões.
Depoimentos
As operações ´Miragem I e II´ resultaram no afastamento de vários gestores de Quixadá e o MP, juntamente com a Polícia Civil, cumpriu diversos mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios dos investigados e na própria Prefeitura e outros órgãos de Quixadá. Todos os secretários municipais e a própria primeira-dama, Jovenina Bezerra, foram afastados dos cargos. Ela acumulava o cargo de secretária de secretária do Desenvolvimento Social.
No dia 31 de julho, durante a ´Operação Miragem II", foram expedidos 15 mandados judiciais de prisão temporária e 19 de busca e apreensão. Diligências foram feitas em Quixadá, Maracanaú, Russas, Morada Nova e Fortaleza. Contudo, na época, o MP descobriu que informações ´vazaram ´ 12 das pessoas que deveriam ser presas acabaram fugindo.
Os depoimentos dos implicados estão sendo acompanhados também pelos advogados de defesa dos implicados. O criminalista Leandro Vasques, representante jurídico de alguns dos investigados, revelou, ontem, que foram tomados depoimentos em duas fases. Conforme as investigações, para mascarar o desvio de dinheiro público, empresas ´genéricas´ participavam das licitações, mas, na verdade, não havia concorrência alguma.
AUTOR: DN
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