O acidente foi na madrugada de domingo (15). Amigos da estudante Bruna Barboza Lino, do 1º ano do curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), disseram à Polícia Civil que estavam em uma festa e ficaram próximo ao local do acidente “para esperar o tempo passar” por cerca de duas horas. Depois de avisar uma das colegas, a estudante teria ido fazer suas necessidades fisiológicas.
Pouco depois, os amigos ouviram um grito e constaram que ela havia caído de uma altura de três andares, onde se localiza o fosso de um elevador inexistente. Um deles retirou a vítima do fosso e chegou a fazer os procedimentos de primeiros-socorros, sem sucesso.
A Guarda Universitária e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados. “Ele auxiliou a Bruna, tirou ela do fosso, para tentar fazer todos os procedimentos de socorro. Posteriormente, os próprios alunos chamaram o Samu”, disse a irmã de Bruna, Bárbara Barbosa Lino.
Amigos e a família de Bruna reclamam da falta de assistência. “Estamos aqui nesse momento sem ninguém da instituição para nos dar o mínimo de respaldo, o mínimo de acompanhamento, nem que seja social ou psicológico”, afirmou Estevão da Silva Barros, que é pai de um amigo da Bruna.
De acordo com o boletim de ocorrência, a autoridade policial observou que no local do acidente havia uma fita de contenção, iluminação escassa e latas espalhadas. “É um terreno abandonado, com estrutura de edificação não concluída anexo ao Paço das Artes”, diz o registro policial.
Responsável pelo Paço das Artes, a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo afirma que o prédio onde o acidente aconteceu não tem relação com a pasta. "O espaço, apesar da proximidade, não tem qualquer relação com o Paço das Artes, que estava fechado no momento do incidente", afirma comunicado da secretaria. "O Paço das Artes lamenta profundamente o acidente ocorrido na madrugada deste sábado na estrutura em construção ao lado do Museu."
Em nota, a USP “lamenta profundamente o falecimento da estudante do 1º ano do curso de Letras, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)” e diz que "o prédio onde ocorreu a morte da aluna não pertence à universidade, mas sim ao Instituto Butantan". O Instituto Butantã também lamenta a morte e disse que está à disposição para as investigações.
AUTOR: G1/SP
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