Nos estados do Rio Grande do Norte, Goiás, Ceará, Mato Grosso, Amazonas, Sergipe, Pernambuco, Paraná e Minas Gerais houve registro de suspensão das atividades dos médicos. Em Rondônia houve protesto, mas não se registrou paralisação das atividades. Em Mato Grosso do Sul, houve manifestação. O sindicato estadual recomendou a paralisação, mas não informou quantos profissionais aderiram à recomendação.
Em Goiás, pacientes do SUS foram surpreendidos diante de unidades de saúde fechadas. Eles alegam que não foram avisados da paralisação. No estado, cerca de 1.500 médicos e residentes devem cruzar os braços. Serão mantidos apenas os serviços de urgência e emergência.
No Rio Grande do Norte, os atendimentos ambulatoriais nas unidades de saúde estão parados. A recomendação do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed) é que sejam mantidos atendimentos de urgência e emergência.
Amazonas também registrou paralisação dos médicos. Aproximadamente dois mil médicos devem participar do movimento, informou o Sindicato dos Médicos do estado (Simeam). Segundo a entidade, serão paralisadas atividades dos profissionais que atuam nas redes municipal e estadual, além dos que possuem vínculo federal.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, no estado somente devem ser atendidos casos de urgência e emergência nas redes pública e particular. Os médicos de Cuiabá devem se reunir durante o dia na sede do CRM-MT no Centro Político e Administrativo.
No Ceará, postos de saúde começaram o dia sem fazer atendimentos. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), José Maria Pontes, a orientação à categoria é suspender procedimentos e consultas eletivas e atender casos de urgência.
Sergipe também aderiu à paralisação. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), João Augusto Alves de Oliveira, as unidades que atendem urgência e emergência estão funcionando com 30% da sua capacidade.
Em Pernambuco, os médicos grevistas fizeram enterro simbólico do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A categoria resolveu paralisar as atividades em protesto contra a vinda de profissionais estrangeiros para trabalhar no Sistema Único de Saúde.
Médicos de Minas também pararam nesta terça. Pacientes que buscaram postos de saúde em Belo Horizonte foram surpreendidos com a notícia de que os postos estavam fechados.
Na capital de Rondônia, Porto Velho, cerca de 30 médicos fizeram protesto em frente a um pronto-socorro, mas não chegaram a paralisar as atividades.
A paralisação desta terça-feira foi seguida também por médicos de várias regiões do estado do Paraná, que suspenderam as atividades.
Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, houve manifestação de cerca de 200 médicos contra as medidas do governo federal. O sindicato de médicos local disse que recomendou suspensão de atividades aos médicos do estado, apenas para os serviços ambulatoriais, mas não informou quanto profissionais aderiram à paralisação.
A orientação da Federação Nacional de Médicos, que organiza o movimento desta terça, é para que o atendimento seja mantido somente em casos de urgência e emergência.
Cada associação estadual, no entanto, tem autonomia para decidir a extensão da paralisação, programada, por enquanto, somente para um dia. As entidades estaduais dos médicos pretendem parar novamente nos dias 30 e 31 de julho.
No Distrito Federal, os médicos não irão suspender as atividades, porém, os profissionais da rede pública irão vestir roupas, tarjas e laços pretos em protesto ao Executivo federal.
De acordo com nota oficial divulgada pela Fenam, “caso não haja avanços no movimento”, a entidade poderá decretar greve por tempo indeterminado a partir de 10 de agosto, dia em que está agendada a última atividade das paralisações relâmpago.
Briga judicial
O Conselho Federal de Medicina acionou a Justiça para suspender o programa Mais Médicos, lançado neste mês pelo governo para suprir a déficit desses profissionais em regiões carentes.
A ação civil pública foi protocolada na noite da última sexta (19) na 22ª Vara da Justiça Federal do DF. O processo foi distribuído automaticamente pelo sistema eletrônico da corte para a juíza Roberta Gonçalves da Silva Dias do Nascimento.
Na ação judicial, e entidade médica pede que os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) só realizem o registro provisório dos médicos intercambistas que aderirem ao programa mediante a apresentação da revalidação do diploma expedido fora do país e do certificado de proficiência em língua portuguesa.
Esses requisitos, exigidos para qualquer médico formado fora que queira trabalhar livremente no Brasil, foi dispensado pelo governo para os candidatos inscritos no programa, que obriga os médicos a atender em áreas específicas.
AUTOR: G1/DF
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU