Vânia ainda guarda as bonecas de Laís, com a esperança de que ela volte. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
Após um ano do desaparecimento de Laís Santiago dos Santos, de 21 anos, em um navio de cruzeiro na Itália, a família, que mora em Santos, no litoral de São Paulo, ainda espera por respostas. O caso continua em aberto, mas não há avanços nas investigações. O corpo nunca foi encontrado e os parentes sequer têm uma certidão de óbito. A incerteza faz com que os familiares cogitem a possibilidade dela ainda estar viva.
Laís era tripulante do navio Costa Magica e desapareceu na noite do dia 1º de junho de 2012. No dia 4 do mesmo mês, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informou que câmeras de vídeo registraram a brasileira pulando do navio durante a madrugada do dia 2. A jovem estava na segunda temporada de trabalho no navio de passageiros. Segundo a família, ela tinha decidido romper o contrato e deveria voltar para casa naquele mês.
A madrinha da jovem, Vânia do Nascimento Lima, ainda guarda as bonecas de Laís, com a esperança de que, um dia, ela volte. "Aos 21 anos, ela ainda era uma menina, adorava brincar com as bonecas, fazia até as roupinhas. Eu já tentei, mas não consigo me desfazer delas. No meu coração ainda existe uma esperança. E se ela estiver viva?
Acredito que a mãe e o irmão também pensam assim. A novela Salve Jorge é um exemplo disso e foi muito forte para nós nesse tempo. Existe um mistério, então a gente não sabe se ela está em algum lugar. Nós temos o direito de pensar isso porque não nos deram o direito de pensar outra coisa. Nós temos que procurar respostas, ou até fantasias, para amenizar a nossa dor", lamenta.
Laís tinha apenas 21 anos quando desapareceu na Itália. (Foto: Arquivo Pessoal)
Vânia não se confoma com a falta de explicação ou provas sobre o que realmente aconteceu. "É muito triste, o tempo vai passando e já faz um ano, sem respostas. Ninguém se pronuncia. O consulado não se manifesta. Ninguém viu nada e o vídeo apresentado não é claro. Se o navio realmente tivesse a prova de que ela se suicidou, já teria divulgado. Onde estão as imagens de antes do ocorrido, de quando ela saiu até o momento que ela teria feito isso?
Vânia não se confoma com a falta de explicação ou provas sobre o que realmente aconteceu. "É muito triste, o tempo vai passando e já faz um ano, sem respostas. Ninguém se pronuncia. O consulado não se manifesta. Ninguém viu nada e o vídeo apresentado não é claro. Se o navio realmente tivesse a prova de que ela se suicidou, já teria divulgado. Onde estão as imagens de antes do ocorrido, de quando ela saiu até o momento que ela teria feito isso?
O processo ia ser arquivado, só não foi porque o nosso advogado, Viscente Cascione, foi para a Itália dois dias antes disso acontecer. Ia ficar por isso mesmo. Nós não temos sequer uma certidão de óbito. Até para encomendar uma missa é complicado. Não tem, por exemplo, missa de um ano de desaparecido, e também não podemos fazer missa de morte, porque não sabemos", explica.
A madrinha da jovem diz que, a cada dia que passa, se convence de que tem muito mais coisas por trás do desaparecimento da afilhada. "A Laís saiu daqui decidida, muito bem resolvida e consciente de tudo, porque já havia trabalhado no mesmo navio há um ano. Mas quando ela ligou, no dia 23 de maio, dizendo que estava voltando, não passou a impressão de uma pessoa experiente, parecia uma menina assustada.
A madrinha da jovem diz que, a cada dia que passa, se convence de que tem muito mais coisas por trás do desaparecimento da afilhada. "A Laís saiu daqui decidida, muito bem resolvida e consciente de tudo, porque já havia trabalhado no mesmo navio há um ano. Mas quando ela ligou, no dia 23 de maio, dizendo que estava voltando, não passou a impressão de uma pessoa experiente, parecia uma menina assustada.
No dia 2 ela desapareceu, não faz sentido. Então, se houve um suicídio, alguma história ocorreu naquele navio. E isso não pode ficar assim. Eu não vou ter sossego enquanto não descobrir o que aconteceu, eu quero a verdade", conclui.
Desaparecimento de Laís continua sem explicação. (Foto: Arquivo Pessoal)
Desaparecimento
Segundo o site de notícias italiano "IlMattino" divulgou na época, o navio havia partido de Malta rumo a Catânia, e estava a cerca de 30 km da costa siciliana quando Laís desapareceu.
O irmão da tripulante, Lucas Santiago, diz que a Infinity Brazil, empresa responsável pelo recrutamento da jovem, ligou avisando sobre o ocorrido. "Eles contaram que, no dia do incidente, ela trabalhou normalmente na parte da manhã, mas não apareceu para o turno da noite. Eles a procuraram no navio inteiro, mas não a acharam", relata.
Segundo o irmão, a brasileira adorava trabalhar no navio, mas vinha reclamando bastante ultimamente. "A Laís ia pedir demissão e voltar para o Brasil. Ela adorava trabalhar em navio, mas estava cansada", explica. A jovem foi contratada como assistente de garçom no Costa Magica.
Desaparecimento
Segundo o site de notícias italiano "IlMattino" divulgou na época, o navio havia partido de Malta rumo a Catânia, e estava a cerca de 30 km da costa siciliana quando Laís desapareceu.
O irmão da tripulante, Lucas Santiago, diz que a Infinity Brazil, empresa responsável pelo recrutamento da jovem, ligou avisando sobre o ocorrido. "Eles contaram que, no dia do incidente, ela trabalhou normalmente na parte da manhã, mas não apareceu para o turno da noite. Eles a procuraram no navio inteiro, mas não a acharam", relata.
Segundo o irmão, a brasileira adorava trabalhar no navio, mas vinha reclamando bastante ultimamente. "A Laís ia pedir demissão e voltar para o Brasil. Ela adorava trabalhar em navio, mas estava cansada", explica. A jovem foi contratada como assistente de garçom no Costa Magica.
Vânia segura a foto preferida de sua afilhada Laís. (Foto: Ivair Vieira Jr/G1)
AUTOR: G1/SP
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