Os três pacientes do Hospital Vera Cruz morreram entre a tarde e a noite de segunda-feira (28) após serem submetidos ao exame. A Vigilância em Saúde interditou o setor responsável pelo procedimento da unidade por tempo indeterminado e, até que sejam apuradas as causas, também foram suspensos os exames semelhantes em toda a rede publica municipal.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informa que serão encaminhados a Campinas técnicos da equipe de farmacovigilância e de radiação ionizante. Segundo o secretário municipal de Saúde, embora haja a hipótese de problemas na matéria-prima do produto, ainda não há uma linha de apuração bem definida porque foram usados nos três pacientes dois tipos de contraste e dois equipamentos diferentes.
“Não temos uma linha comum, que junte os três pacientes no mesmo cenário”, disse. De acordo com ele, todos os produtos usados foram recolhidos, houve a apreensão fiscal dos contrates e todo o lixo produzido no dia pelo hospital também foi recolhido para análise da vigilância. O Hospital Vera Cruz não informou o nome dos fabricantes do composto químico e afirmou, ainda, que pelo menos outros 80 pacientes passaram pelo mesmo procedimento no mesmo dia e não apresentaram efeito colateral.
Fachada do Hospital Vera Cruz em Campinas, onde ocorreram as três mortes (Foto: Reprodução EPTV)
O caso
Segundo o corpo clínico do hospital, dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25 anos morreram após uma parada cardiorrespiratória. Dois começaram a passar mal minutos depois do exame e um paciente chegou a deixar a unidade médica, mas retornou a unidade após sentir dores. Outros 83 pacientes realizaram ressonâncias no mesmo dia, no entanto, não apresentaram nenhum tipo de reação.
As vítimas tinham situações clínicas diferentes e não foram diagnósticados com doenças em estágio avançado, segundo o diretor administrativo do Vera Cruz, Gustavo Carvalho. No entanto, ele afirmou que as causas ainda são desconhecidas e que aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Após a constatação das mortes, a direção do hospital acionou a polícia. As salas e os materiais utilizados durante os procedimentos foram lacrados, de acordo com a direção da unidade. O caso foi registrado no 1° Distrito Policial da cidade. Os registros de óbitos foram feitos às 18h de segunda-feira e a remoção dos corpos foi feita pelo IML às 2h desta terça. Por recomendação da vigilância, os corpos vão passar por autópsia.
Segundo a assessoria de imprensa, após a comunicação das mortes feita pelo hospital à Vigilância em Saúde, foi solicitada o envio de técnicos para a área de diagnósticos e também o Centro de Vigilância do Estado foi notificado.
De acordo com a direção do hospital, são realizados 2 mil exames por mês e nenhum registro de ocorrências deste tipo foi registrado na unidade. O hospital também informou que está colaborando com os órgãos competentes.
Perfil de Mayra Monteiro no Facebook; jovem é uma das três vítimas (Foto: Reprodução/ internet)
Pacientes
Entre as vítimas estão a administradora de empresa de Campinas Mayra Cristina Augusto Monteiro, 25 anos, que deixa uma filha de 4 anos. O enterro está previsto para às 16h30 no Cemitério da Conceição.
Também faleceu o paciente de Santa Rita de Cássia, o zelador Manuel Pereira de Souza, 39 anos, casado e pai de uma filha de 6 anos. Ele será enterrado na Bahia, em um distrito da cidade natal. O terceiro paciente é Pedro José Ribeiro Porto Filho, 36 anos. O local do enterro ainda não foi divulgado.
AUTOR: G1/SP
Pacientes
Entre as vítimas estão a administradora de empresa de Campinas Mayra Cristina Augusto Monteiro, 25 anos, que deixa uma filha de 4 anos. O enterro está previsto para às 16h30 no Cemitério da Conceição.
Também faleceu o paciente de Santa Rita de Cássia, o zelador Manuel Pereira de Souza, 39 anos, casado e pai de uma filha de 6 anos. Ele será enterrado na Bahia, em um distrito da cidade natal. O terceiro paciente é Pedro José Ribeiro Porto Filho, 36 anos. O local do enterro ainda não foi divulgado.
AUTOR: G1/SP
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