Quixadá- Vinte e oito caçadores foram presos pela Polícia Militar e autuados em flagrante por porte de arma de fogo, espingardas, e juntamente com outros 10 por crime ambiental após terem sido flagrados matando aves campestres, conhecidas popularmente como "avoantes", a tiros, na tarde de domingo último, na zona rural do Município de Ibaretama (134 Km de Fortaleza).
Pelos levantamentos da PM logo após a operação, cerca de 1.368 avoantes mortas foram apreendidas com os caçadores. Os detidos são todos moradores dos vizinhos Municípios de Ocara e Itapiúna.
Matança
Segundo o major Humberto Oliveira, comandante da 1ª Companhia do 9° Batalhão da Polícia Militar (BPM), com sede em Quixadá, a denúncia partiu do proprietário de uma fazenda, nas adjacências do local onde estava ocorrendo a matança das avoantes. A determinação para a realização da operação partiu do Comando Geral da PM.
Alguns caçadores alegaram que estavam abatendo as aves para se alimentarem. A justificativa não convenceu a delegada Rosane Brasil, da Delegacia Regional da Polícia de Quixadá, para onde o grupo foi conduzido.
Os caçadores presos por porte ilegal de arma de fogo e outros 10, autuados juntamente com os primeiros, por crime ambiental contra a fauna silvestre, além de responderem perante a Justiça, pela matança de aves receberão multa de R$ 500,00 por cada ave abatida. O valor total da autuação será de R$ 684 mil. Dividida pelos 28 caçadores a fração financeira para cada um deles será de R$ 24.400,00. A autuação será feita pelos fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Segundo o chefe de Investigação do Ibama no Ceará, Rolfran Ribeiro, a multa seria ainda mais elevada se as aves abatidas fossem papagaios e periquitos, ameaçados de extinção. Nesses casos a multa é de R$ 5 mil por animal. Até a publicação desta edição os caçadores autuados na Lei do Desarmamento e na Lei Ambiental ainda estavam presos. Aguardavam arbitramento de fiança ou relaxamento de prisão da Justiça de Ibaretama.
AUTOR: DN
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