LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
ANA REJANE MACHADO VASCONCELOS
JAQUELINE SILVA SÁ
MARIA DAIANA NÓBREGA DE SOUZA
ANTÔNIA ELISÂNGELA FERREIRA DA SILVA
O FRACASSO ESCOLAR: PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO ENTRE O SUCESSO E APRENDIZAGEM
2016
RESUMO: Neste artigo, visa-se discutir e analisar o fracasso escolar, buscando compreender como efetuar trabalhos que contenham objetivos e metas para alcançar uma educação de sucesso na atualidade. Desta forma ao longo do mesmo fez-se uma abordagem bibliográfica, estudando o que os autores trabalharam. Sabendo então que o tema central deste artigo é a educação nos dias atuais. Neste sentido, espera-se uma melhor compreensão sobre o assunto, tendo preocupação de formular um parecer sobre a atual educação, visando uma perspectiva de evitar o fracasso de seus trabalhos e do próprio educando.
PALAVRAS CHAVE: Fracasso Escolar, Educação Contemporânea. Sucesso.
1 INTRODUÇÃO
Ao Discorrer sobre o tema fracasso escolar, observou-se que a problemática central se encontra principalmente nas escolas, mais este trabalho visa primordialmente entender os motivos que levam a escola em falhar em sua missão de ensinar.
Sabe-se que, ao solucionar problemas que venham causando fracasso, a escola gera novas situações, estas por vez apresenta outros problemas e estes devem ser discutidos e trabalhados em busca de uma solução. Este artigo não visa encontrar culpados, ao contrário, ele procura entender as problemáticas e sobre elas formular parecer para que entendamos que não é apenas um causador, mais sim uma série de fatores que apontam para o crescimento ou efetivação do fracasso.
Buscando por sua vez entendimento sobre o que vem a serem essas mazelas que atinge as escolas de nosso país, provocando um verdadeiro desequilibro na educação, levando aos professores e educadores a se questionarem do futuro da educação.
Pode- se dizer, portanto, que o presente artigo tem como objetivo geral entender como a sociedade atual requer um novo pensamento em relação á educação e seu fracasso em atingir metas e alcançar objetivos. Como objetivos específicos busca-se compreender o que é o fracasso escolar, discorrer sobre a bibliografia e todo seu embasamento e análise da realidade em torno do assunto.
Em se tratando de responder esta pergunta, é que vamos discutir como a educação adquiriu nos últimos anos uma grande preocupação de não fracassar na mudança de procurar melhorias sociais e como ela não tem conseguido vencer a luta contra o fracasso, em vários aspectos. Baseando-se nisso foi utilizado uma discussão teórica a respeito do fracasso escolar como uma mazela da educação dos dias atuais que tem desafiados muitos educadores, gestores educacionais, pais e estudantes.
Nesse sentido a escola se vale de metodologias mais modernas. A pedagogia e a didática tem destaque como mecanismo que facilitam a escola no ensino destas práticas para a cidadania, mais que ao falhar gera o fracasso da escola.
2. FRACASSO ESCOLAR: CONTEXTO
É válido ressaltar a necessidade de ter a consciência de que a escola do novo milênio é diferente da tradicional escola positivista do século XX. Preocupando-se assim com diversos aspectos, como de formar o individuo de maneira mais ampla e nas diversas áreas, mais não pode deixar de mencionar que alguns dos estudantes são deixando de lado nesse processo. Ocorrendo então o fracasso da escola.
2.1. Concepção de Fracasso Escolar: Analisando o Contexto
A educação de hoje no Brasil, em muito, está desacreditada. Isso acontece geralmente devido a sociedade falta de valorização da educação, dando lugar ao comodismo e criando uma forte descrença em relação à mesma.
O fracasso escolar instalou na educação tomando uma proporção nos últimos anos de forma pertinente e de tal ponto que os pensadores, gestores, professores e usuários da educação pública ofertada hoje se lançaram aos questionamentos em busca de motivações para tal situação.
Na busca por motivos, um dos primeiros passos foi colocar no banco dos réus todos os possíveis culpados dele não escaparam governantes, diretores, professores, pais e, na atualidade com mais intensidade os alunos e a realidade social que cerca escola, pais e crianças (SAVIANI, 1999, p.20).
Desta forma percebe uma urgência procura de compreender do que vem a ser este fracasso escolar, não apenas com o intuito de explicitar os culpados ou, ainda, buscar apenas motivos, mas também almejando principalmente o entendimento do contexto diante deste fracasso, mostrando como ele se instalou e qual de fato a sua situação atual.
Na análise desta problemática observou-se que não existem culpados, embora exista muito apontamento, entender o fracasso escolar é necessário primeiro entender qual o papel das escolas, afinal, simples e objetivo, os PCN’s colocam o papel ou missão da escola como simples ato de ensinar.
Conforme Paulo Freire: esta a Saber que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos alunos, as suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho- a de ensinar e não a de transferir conhecimento. ( FREIRE, 2009,p. 47)
Percebe-se que a educação de hoje lança-se na maioria a muitas propostas na busca pelo diferencial na formação e na preparação para a convivência em uma sociedade mais competitiva com a contemporaneidade. Podemos destacar ainda que nos últimos anos a educação procurou e, de certa forma conseguiu efetivar seu propósito de educar em diversos sentidos, mais ainda a missão de ensinar ultrapassa o ensino de conteúdos e o ministrar disciplinas.
Deve-se, lembrar que a procura por uma educação melhor foram formulados os Parâmetros Curriculares Nacionais. Sendo eles altamente contraditórios e reforçam, Segundo Nereide Saviani, a Fragmentação do ensino e formação para ao trabalho:
As finalidades da educação escolar, portanto, reduzem-se á aprendizagem
de conhecimento, úteis, imediatamente aplicáveis, tanto nas possíveis
atividades profissionais, quanto na convivência social. Como fica, nesse
contexto a formação integral da personalidade, a formação da cidadania?
Ou o cidadão que se quer formar é aquele submetido ao mercado?
(SAVIANI, 1999,p.25)
É comum se deparar com a situação de educadores que são colocados em sala de aula para preparar seus educandos para o mercado de trabalho, e a escola falha em sua proposta para educar para a cidadania e para o convívio social de forma mais igualitária e isso gera um fracasso muito constante.
Se forem observadas as colocações de Freire, sempre muito pertinentes e de Saviani poderá se entender como o ato de da educação na sua missão, não é fácil. Pois, a princípio se destaca que os educadores necessitam, em grande número, mudar sua visão de repasse de saber para ensino da busca de construção e fomentação do desejo de conhecimento.
Logo em seguida deve-se destacar que o estudante para aprender bem, a escola precisa garantir que todos estejam frequentes, possuam material didático, os professores possuam formação para a área de atuação e as propostas curriculares estejam em prática, e não apenas no papel (MIZUKAMI,1996,P.45).
As maiores dificuldades enfrentadas pelas instituições e que levam a fracassar em seus ideias estão relacionados no fato de que a escola está buscando constantemente mudar sua postura e agregar papeis para si, como novas políticas, tais como: educar os estudantes sexualmente, e lutar contra a gravidez e as doenças sexuais, conscientizar sobre o meio ambiente e tantos outros.
Sabe-se, que das tantas missões, e as citadas acima são apenas algumas, a escola constantemente não atinge seu objetivo o que leva a se mostrar como fracassada em suas proposituras. Mesmo as escolas tendo iniciativas para impedir que sejam muitos seus fracassos.
2.2 A Escola, as Intervenções e os desafios para o fim do Fracasso
Assim como a sociedade de modo geral exigem que a escola seja inclusiva, para todos, e que seja um espaço de ensino, devendo oferecer um ensino de qualidade, acessível e globalizado. É Perceptível que a ela não tem obtido sucesso.
Percebe-se que o uso de laudos, são muitas vezes mecanismos que a escola adota para fazer com que o educando possa ser dado como problemático de forma oficial, retirando da escola a responsabilidade por estar classificando este como pessoa inapta a estar na escola. Podendo fazer neste caso do fracasso algo justificado.
As práticas de diagnóstico de alunos encaminhados por escolas públicas
situadas em bairros pobres constituem verdadeiros crimes de lesa-
cidadania: laudos sem um mínimo de bom-senso e de senso de ridículo
produzem estigmas e justificam a exclusão escolar de quase todos os
examinados, reduzidos as coisas portadoras de defeitos de funcionamento
em algum componente da máquina psíquica (PATTO,2000,p.67)
A escola precisa olhar estas crianças como seres que, na maioria das vezes, não recebem afeto familiar e social e na maioria dos casos não são compreendidas e nas suas individualidades não se aceitam, apresentando dificuldades nos relacionamentos interpessoais e consequentemente defasagens na sua aprendizagem.
O fracasso escolar não se refere apenas as repetências, desistências ou dificuldades de aprendizagem dos conteúdos. Busca-se desenvolver habilidades para que a criança ou adolescente possa conviver e relacionar-se numa sociedade com igualdade de condições, diante disso é necessário, o aluno aprender tomar decisões, criticar, planejar, organizar e muitas outras habilidades que são importantes para o sucesso profissional e pessoal.
É necessário discorrer de problemas com os alunos, tais como questões raciais, problemas financeiros, questões familiares, etc. Nisso o que se tem é uma dialética, onde notam os alunos problemáticos, mas que muitas vezes está ao lado de outra criança com a mesma realidade de problemas e que aprendem, que alcança com os outros da turma, de realidades melhores, os objetivos estabelecidos.
É importante ressaltar ainda que a responsabilidade do fracasso escolar não recai somente sobre o aluno. Há também a questão pedagógica, se faz necessário práticas pedagógicas que valorizem e aproveitem toda bagagem de conhecimentos construída pelo aluno durante sua trajetória extraescolar.
2.3 As Questões Econômicas e Culturais do Fracasso Escolar
Sabe-se que, a cultura e a economia são fatores relevantes para a instalação do fracasso escolar. Pois é nítido que a escola é vista não apenas como um bem cultural de determinada sociedade, mas principalmente, como uma ferramenta através da qual se pode conseguir ascensão social.
Portanto, podemos perceber como o desenvolvimento intelectual tem sido importante para uma mudança de vida e, e principalmente para o crescimento em relação ao que era antes. Bissoto faz uma reflexão sobre os pensamentos de Bronfenbrenner em relação ao desenvolvimento do estudante como fator de
Melhoria de vida.
O desenvolvimento é por ele entendido como o envolvimento do individuo
em seu ambiente ecológico e as relações possíveis de serem estabelecidas
nesse, bem como a crescente capacidade da pessoa em descobrir,
sustentar, modificar e influenciar as propriedades deste ambiente. O
processo de desenvolvimento implica mudanças na vida da pessoa, que
não são nem Efêmeras nem pré- determinadas, senão resultantes da
reorganização da pessoa, que continuamente transcorre no espaço/tempo.
(BISSOTO,2009,p.84)
o fato é, como alcançar esta melhoria de condições, se o educando, muitas das vezes vão estudar em escolas de péssimas estruturas, más localizadas, onde aos arredores é assolado pelo crime organizado? E ainda como estudar quando não se tem uma alimentação que sacie a fome? É claro que para muitos essas perguntas não a respostas que justifique o fracasso escolar.
Há questões sociais que deverão ser superadas a fim de que se possa garantir condições mínimas para o indivíduo querer aprender. Estas questões sociais geram carências afetivas que são significativas, barreiras a serem superadas e que bloqueiam e limitam as condições de aprendizagem.
O fato é que são influenciáveis sim, e muito, pois, os resultados estão diretamente relacionados á vida que os estudantes levam fora da escola, sendo de grande relevância no desempenho da aprendizagem ou não.
A cultura que cerca o educando, seja a mais bonita, rica e diversificada, até a mais sufocante, criminosa e excludente, deve se instrumento do qual o professor lança mão em sala de aula.
É interessante primeiramente a introdução do conhecimento prévio, entendendo assim que o conhecimento prévio abre as possibilidades em aceitar também que o conhecimento muda de acordo com o olhar. E essas são mudanças que geram novos aprendizados.
Nisso podemos perceber um aspecto muito importante em relação á sociedade e o fracasso da escola. Pois, uma criança que vive a realidade de nascer em uma comunidade em que há poucos investimentos em saneamento, saúde, educação, pode crescer com um sentimento de atrofiamento ou de não evolução. Isso se justifica pela realidade vivida, sem perspectivas, o que leva o fracassar, mais isso não se aplica todos os casos, na escola, ou menos a estar sujeito de forma mais potencial ao fracasso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola de hoje na sua maioria está sendo desacreditada é uma instituição que, como diz Paulo Freire, inexistindo, a sociedade em nada se modificará. Isso deve ser levado em consideração principalmente por conta de temos a certeza de que a educação tem influenciado sim, e de forma constante e positiva a vida dos indivíduos.
O fracasso escolar é uma realidade, é inegável que, em se tratando do ensinar, os estudantes ainda saem das instituições com a educação incompleta e com lacunas em seu aprendizado. Mais se tratando do aspecto de educar social ou Para a vida em sociedade, a educação vem recebendo nela seu maior golpe.
A dificuldade em educar para a vida em grupo tem sido um grande degrau a ser vencido. A educação para a vida em grupo, com autonomia e criticidade requer uma meta, mas que pouco tem se realizado.
A prática pedagógica deve ser organizada, permitindo o estabelecimento de uma relação articuladora entre as atividades e os conteúdos, não permitindo a fragmentação do raciocínio, garantindo condições de desenvolvimento e aprendizagem através de interações estabelecidas entre a criança e o meio físico, cultural e social.
A realidade é que muitas instituições não temem o fracasso, trabalham sempre na perspectiva de vitória, de empresa de lucros. Estabelecer e cumprir as metas são os primeiros passos, conciliar os trabalhos entre escola e família é outra possibilidade, mas, aceitar-se como espaço de diversidade com problemas constante é a base para superar o fracasso escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BISSOTO, Maria Luísa. O Fracasso na escola. REVISTA IBEROAMERICANA DE EDUCACIÓN Nº 50 (2009), pp.81-98.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
PATTO MHS. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Queiroz; 1990.
SAVIANI, Nereide. PCN: o que se dispõe para o ensino fundamental. Caderno Pedagógico, nº 02, Curitiba: APP/Sindicato,1999.
ENVIADO POR E-MAIL PARA O TIANGUÁ AGORA
É interessante primeiramente a introdução do conhecimento prévio, entendendo assim que o conhecimento prévio abre as possibilidades em aceitar também que o conhecimento muda de acordo com o olhar. E essas são mudanças que geram novos aprendizados.
Nisso podemos perceber um aspecto muito importante em relação á sociedade e o fracasso da escola. Pois, uma criança que vive a realidade de nascer em uma comunidade em que há poucos investimentos em saneamento, saúde, educação, pode crescer com um sentimento de atrofiamento ou de não evolução. Isso se justifica pela realidade vivida, sem perspectivas, o que leva o fracassar, mais isso não se aplica todos os casos, na escola, ou menos a estar sujeito de forma mais potencial ao fracasso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola de hoje na sua maioria está sendo desacreditada é uma instituição que, como diz Paulo Freire, inexistindo, a sociedade em nada se modificará. Isso deve ser levado em consideração principalmente por conta de temos a certeza de que a educação tem influenciado sim, e de forma constante e positiva a vida dos indivíduos.
O fracasso escolar é uma realidade, é inegável que, em se tratando do ensinar, os estudantes ainda saem das instituições com a educação incompleta e com lacunas em seu aprendizado. Mais se tratando do aspecto de educar social ou Para a vida em sociedade, a educação vem recebendo nela seu maior golpe.
A dificuldade em educar para a vida em grupo tem sido um grande degrau a ser vencido. A educação para a vida em grupo, com autonomia e criticidade requer uma meta, mas que pouco tem se realizado.
A prática pedagógica deve ser organizada, permitindo o estabelecimento de uma relação articuladora entre as atividades e os conteúdos, não permitindo a fragmentação do raciocínio, garantindo condições de desenvolvimento e aprendizagem através de interações estabelecidas entre a criança e o meio físico, cultural e social.
A realidade é que muitas instituições não temem o fracasso, trabalham sempre na perspectiva de vitória, de empresa de lucros. Estabelecer e cumprir as metas são os primeiros passos, conciliar os trabalhos entre escola e família é outra possibilidade, mas, aceitar-se como espaço de diversidade com problemas constante é a base para superar o fracasso escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BISSOTO, Maria Luísa. O Fracasso na escola. REVISTA IBEROAMERICANA DE EDUCACIÓN Nº 50 (2009), pp.81-98.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários á prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
PATTO MHS. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Queiroz; 1990.
SAVIANI, Nereide. PCN: o que se dispõe para o ensino fundamental. Caderno Pedagógico, nº 02, Curitiba: APP/Sindicato,1999.
ENVIADO POR E-MAIL PARA O TIANGUÁ AGORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU