O aumento no número cearense é maior que o crescimento do Brasil, em que as mortes violentas de homens cresceram 9,1% e o de mulheres diminuíram 5,2%. A variação do Estado, no caso das mortes violentas de homens, é maior do que a de outros Estados do País, como Piauí (207,1%), Alagoas (181,3%) e Maranhão (158 %).
O Estado com o maior crescimento do número de mortes violentas de mulheres, também na faixa etária de 15 a 24 anos, é o Piauí, que teve crescimento de 121,7%, seguido por Rio Grande do Norte (106,5%).
No Ceará, a diferença no padrão de óbitos entre homens e mulheres rejuvenesceu: o máximo de sobremortalidade masculina (número de óbitos masculinos divididos por femininos), que se encontrava no grupo de 30 a 34 anos em 2014, passou para o grupo de 20 a 24 anos. A principal causa é, justamente, o aumento das mortes violentas.
O estudo aponta que as mortes por causa externa - homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentes e entre outras - vêm adquirindo destaque em função de seu crescimento. O aumento dos óbitos violentos masculinos tem como principais causas os homicídios e os acidentes de trânsito.
Nos últimos dez anos, os grupos de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos de idade apresentaram aumentos de sobremortalidade masculina: 26,6% e 14,4%, respectivamente. Segundo dados do Sistema de informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, referentes a 2013, do total de Óbitos por causas externas, os acidentes de trânsito representaram 28,7% e as agressões, 37,4%, totalizando 66,1%.
No total de óbitos por acidentes de trânsito ou agressões no grupo de 15 a 24 anos, os óbitos masculinos participaram com 90,7%. Considerando apenas os óbitos por agressões nessa faixa etária, 93,5% foram provenientes dos homens. “Tais fatos explicam o motivo da sobremortalidade masculina ser tão elevada nos intervalos de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos”, frisa o estudo.
Entenda
A sobremortalidade é calculada dividindo o número de óbito masculino pelo número de óbito feminino e corresponde ao número médio de vezes que a probabilidade de morte masculina é maior que a feminina.
AUTOR: O POVO
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