Durante conflito com milícias afegãs rivais, o olho direito de Omar teria sido atingido por estilhaço. (Foto: AP)
O governo afegão confirmou nesta quarta-feira a morte do Mulá Mohammed Omar, o que poderia colocar fim a quase 14 anos de mistério sobre o estado do líder do Talibã. Fazendo um apelo por paz, o palácio presidencial se limitou a dizer em um comunicado que Omar morreu em abril de 2013 no Paquistão. Ele não era visto em público desde 2001, quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos derrubou seu governo. O grupo militante ainda não se pronunciou.
"O Governo do Afeganistão acredita que as bases para as negociações de paz afegãs estão mais avançadas hoje do que antes e, portanto, apela a todos os grupos armados da oposição para aproveitar a oportunidade e se somar ao processo de paz", diz a nota.
Antes do palácio se pronunciar, a Agência de Inteligência afegã já havia confirmado a informação, que começou a circular nos sites de notícias e nas redes sociais na manhã desta quarta-feira.
O porta-voz da Agência de Segurança Nacional do Afeganistão, Abdul Hassib Seddiqi, informou que Omar teria morrido em um hospital na cidade paquistanesa de Karachi.
Ainda há poucos detalhes sobre as circunstâncias da suposta morte. Mais cedo, uma autoridade afegã, que falou sob condição de anonimato, disse que ele morreu de uma doença há dois anos e havia sido enterrado na província de Zabul, no Sul do Afeganistão. Segundo essa mesma fonte, o fato fora confirmado por agentes paquistaneses. Em seguida, o governo afegão disse que estava investigando os relatos.
A confirmação pode reacender as profundas divisões do Talibã e jogar os insurgentes em uma luta pela sucessão. Nesta semana, jornais paquistaneses informaram que o filho mais velho de Omar, o mulá Mohammad Yaqoub, de 26 anos, estava desafiando o número dois do grupo, o mulá Akhtar Mansoor, pela liderança.
As disputas internas do movimento podem atrasar o processo de paz, prioridade do governo do presidente Ashraf Ghani. Está prevista para esta semana uma nova rodada de conversas entre o governo afegão e membros do Talibã no Paquistão, mas ainda não se sabe se a notícia da morte pode atrapalhar o encontro. A primeira reunião ocorreu no início de julho, depois de várias conversas informais.
O mulá nasceu em 1960 no vilarejo de Chah-i-Himmat, na província de Kandahar. Em 1989, ele lutou com o Talibã na vitória sobre milícias afegãs rivais durante guerra civil que eclodiu no país após a retirada das tropas soviéticas, em 1989. Na ocasião, Omar teria sofrido um ferimento por estilhaços no seu olho direito.
Sete anos depois, em 1996, ele se tornou o "líder supremo" do grupo. Uma biografia de Omar, publicada pelo Talibã no início do ano, conta que ele não tinha casa nem conta bancária, mas era dono de "um senso de humor especial". Afeganistão confirma morte de líder do Talibã e faz apelo por paz. (Foto: AP)
O Departamento de Estado americano oferecia uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que levassem à sua captura. A partir de 2001, rumores sobre a morte dele foram recorrentes, mas só confirmados nesta quarta-feira.
AUTOR: O Globo
O governo afegão confirmou nesta quarta-feira a morte do Mulá Mohammed Omar, o que poderia colocar fim a quase 14 anos de mistério sobre o estado do líder do Talibã. Fazendo um apelo por paz, o palácio presidencial se limitou a dizer em um comunicado que Omar morreu em abril de 2013 no Paquistão. Ele não era visto em público desde 2001, quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos derrubou seu governo. O grupo militante ainda não se pronunciou.
"O Governo do Afeganistão acredita que as bases para as negociações de paz afegãs estão mais avançadas hoje do que antes e, portanto, apela a todos os grupos armados da oposição para aproveitar a oportunidade e se somar ao processo de paz", diz a nota.
Antes do palácio se pronunciar, a Agência de Inteligência afegã já havia confirmado a informação, que começou a circular nos sites de notícias e nas redes sociais na manhã desta quarta-feira.
O porta-voz da Agência de Segurança Nacional do Afeganistão, Abdul Hassib Seddiqi, informou que Omar teria morrido em um hospital na cidade paquistanesa de Karachi.
Ainda há poucos detalhes sobre as circunstâncias da suposta morte. Mais cedo, uma autoridade afegã, que falou sob condição de anonimato, disse que ele morreu de uma doença há dois anos e havia sido enterrado na província de Zabul, no Sul do Afeganistão. Segundo essa mesma fonte, o fato fora confirmado por agentes paquistaneses. Em seguida, o governo afegão disse que estava investigando os relatos.
A confirmação pode reacender as profundas divisões do Talibã e jogar os insurgentes em uma luta pela sucessão. Nesta semana, jornais paquistaneses informaram que o filho mais velho de Omar, o mulá Mohammad Yaqoub, de 26 anos, estava desafiando o número dois do grupo, o mulá Akhtar Mansoor, pela liderança.
As disputas internas do movimento podem atrasar o processo de paz, prioridade do governo do presidente Ashraf Ghani. Está prevista para esta semana uma nova rodada de conversas entre o governo afegão e membros do Talibã no Paquistão, mas ainda não se sabe se a notícia da morte pode atrapalhar o encontro. A primeira reunião ocorreu no início de julho, depois de várias conversas informais.
O mulá nasceu em 1960 no vilarejo de Chah-i-Himmat, na província de Kandahar. Em 1989, ele lutou com o Talibã na vitória sobre milícias afegãs rivais durante guerra civil que eclodiu no país após a retirada das tropas soviéticas, em 1989. Na ocasião, Omar teria sofrido um ferimento por estilhaços no seu olho direito.
Sete anos depois, em 1996, ele se tornou o "líder supremo" do grupo. Uma biografia de Omar, publicada pelo Talibã no início do ano, conta que ele não tinha casa nem conta bancária, mas era dono de "um senso de humor especial". Afeganistão confirma morte de líder do Talibã e faz apelo por paz. (Foto: AP)
O Departamento de Estado americano oferecia uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que levassem à sua captura. A partir de 2001, rumores sobre a morte dele foram recorrentes, mas só confirmados nesta quarta-feira.
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