Adolescente foi morta com golpe de canivete em MT (Foto: Ângela Batista da Silva/Arquivo pessoal)
Um adolescente de 14 anos confessou à Polícia Civil que matou Danielly Batista da Silva, de 13 anos, com um canivete, em Nova Mutum, município localizado a 269 km de Cuiabá. O crime aconteceu no dia 12 deste mês. O menor de idade, que era procurado pela polícia, foi encontrado na noite desta terça-feira (28) em sua casa. A internação dele, que está detido na Delegacia de Nova Mutum, já foi aceita pela Justiça de Mato Grosso.
Segundo a delegada Angelina de Andrade, que está à frente das investigações, o adolescente confessou o crime e justificou que estava com raiva da vítima. Segundo a versão dele, Danielly foi o motivo do rompimento de um relacionamento dele com outra garota. O corpo dela foi encontrado em um lago de Nova Mutum no dia 15 deste mês.
O suspeito teria tido um envolvimento com a vítima que, após a relação, teria contado a outras pessoas sobre o caso. A história teria chegado até a namorada do menor de idade que, após ter conhecimento do fato, terminou com o suspeito.
No depoimento dado à polícia, o menor afirmou ter chamado a adolescente até uma região de mata, próximo a um lago do município. Lá, ele afirmou ter golpeado a vítima no pescoço com um canivete. Após o golpe, na tentativa de fugir do agressor, a jovem acabou caindo na água.
Mas, de acordo com a delegada Angelina, o caso ainda tem algumas contradições. Após exames periciais, foi constado um projétil alojado no pescoço da vítima. Esses exames ainda apontaram que ela teria caído já morta no lago, uma vez que não foi encontrada água no pulmão da adolescente.
Ao ser confrontado com as contradições, o menor suspeito negou ter utilizado arma de fogo. O canivete foi encontrado próximo ao local do crime. Já a arma, não. O envolvimento de outras pessoas também está sendo investigado.
O menor de idade responderá por ato infracional de homicídio. Detido na delegacia de Nova Mutum, nos próximos cinco dias ele deverá ser realocado para algum espaço de socioeducativo do estado.
Confiança
Segundo Ângela Batista da Silva, mãe de Danielly, a morte foi completamente inesperada. “Nunca imaginei que isso poderia acontecer. Minha filha era amiga da irmã dele [do suspeito detido] e os três sempre estavam juntos na frente da minha casa”, afirmou. De acordo com ela, os três iam para a escola e saíam juntos.
A mãe da menor ainda disse que até agora não entendeu a motivação do assassinato. “Não entendo o porquê de tanta raiva. Hoje em dia não dá para confiar em mais ninguém”, lamentou. “Mais do que a justiça, o que eu mais gostaria é de ter a minha filha de volta”, afirmou.
AUTOR: G1/MT
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