“A gente se sente muito mal, a casa da gente invadida, é uma paranoia, ninguém dormiu aquela noite”, conta uma vítima da quadrilha.
Imagens de câmeras de segurança mostram os assaltantes entrando e saindo tranquilamente dos prédios onde moram as vítimas.
“Têm uma boa aparência, eles passam como se fossem convidados ou moradores”, conta outra vítima.
Fotos mostram portas arrombadas, quartos e armários revirados. Eles analisam os hábitos das famílias e depois agem quando não há ninguém em casa. As ferramentas usadas pelos bandidos são objetos simples, mas que fazem muito estrago.
Um homem que não quis se identificar chegou em casa na hora do assalto e levou vários golpes com uma grande chave de fenda.
“Foi uma luta corporal, nessa luta eles me agrediram muito, ainda me ameaçaram de morte. Levei três pontos na cabeça, arranhões no braço esquerdo, com hematomas, muita pancada na cabeça”, conta o homem.
O bando especializado em roubar casas de famílias chinesas é da capital paulista, e costuma agir não só no eixo Rio-São Paulo, mas também em Belo Horizonte.
Cinco assaltantes foram presos em Copacabana. Eles estavam hospedados num endereço nobre, num apartamento na Avenida Atlântica, bem em frente à praia.
Policiais disseram que todos confessaram participação nos crimes.
Há duas semanas, um deles havia sido preso em Belo Horizonte. Pagou fiança e foi liberado. A Polícia Civil do Rio também prendeu nesta sexta-feira (5) em São Paulo um outro bandido. E dois criminosos que estão foragidos já foram identificados. A delegada suspeita que a quadrilha seja chefiada por um chinês.
“E ele é o responsável por passar informação de chineses bem sucedidos e que guardam também dinheiro em casa”, disse a delegada Izabela Santoni.
Em apenas um ano, 28 casos foram registrados no Rio. Mas, para os investigadores, esse número pode passar de 100, porque a maioria das vítimas não procura a delegacia.
“Uma única vítima perdeu em torno de R$ 5 milhões entre joias e dinheiro”, conta a delegada.
“É um fantasma que vai levar muito tempo pra ser apagado”, diz mais uma vítima.
AUTOR: JN
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