Marcelaine foi levada à DEHS, na Zona Norte da capital (Foto: Sérgio Rodrigues/G1 AM)
A socialite Marcelaine Schumman, suspeita de encomendar a morte da universitária Denise da Silva, voltou a ser presa em Manaus. A prisão preventiva ocorreu nesta sexta-feira (26), após determinação do juiz Anésio Pinheiro, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Além dela, Karen Arevalo Marques, também suspeita de envolvimento no crime, foi detida. Segundo a decisão, a dupla deve retornar à cadeia após serem detectadas violações de medidas cautelares - as duas usam tornozeleira eletrônica e não deveriam sair do perímetro estabelecido pela Justiça e nem se aproximar de Denise.
Karen Arevalo Marques também foi detida (Foto: Sérgio Rodrigues/G1 AM)
Segundo investigações sobre a tentativa de assassinato ocorrida em novembro do ano passado, Marcelaine teria prometido R$ 7 mil a um atirador para matar a universitária Denise da Silva, de 34 anos, porque ela tinha um caso com seu amante. A vítima foi baleada no estacionamento de uma academia no Centro de Manaus.
Nesta sexta, as suspeitas foram conduzidas à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na capital. Marcelaine e Karen estavam em liberdade desde março deste ano, sob monitoramento eletrônico.
Na quinta-feira (25), Denise conversou com o G1 e disse que Marcelaine estaria rondando próximo à sua casa e à academia que frequenta. Por meio de assessoria, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que não haviam sido registradas violações da socialite.
No entanto, na decisão do juiz, assinada no dia 24 de junho, constam informações prestadas pela autoridade competente do Centro de Operações e Controle do Sistema Penitenciário. Segundo o documento, foram constatadas diversas violações ao benefício de liberdade provisória concedido às acusadas.
"Diante do descumprimento das medidas cautelares que foram impostas às acusadas, decreto a prisão preventiva das nacionais Marcelaine Santos Schumann e Karen Arevalo Marques, conforme o art. 312", diz o juiz na decisão.
"Ocorre que, supervenientemente, as acusadas descumpriram as medidas impostas", afirma outro trecho do documento.
Segundo investigações sobre a tentativa de assassinato ocorrida em novembro do ano passado, Marcelaine teria prometido R$ 7 mil a um atirador para matar a universitária Denise da Silva, de 34 anos, porque ela tinha um caso com seu amante. A vítima foi baleada no estacionamento de uma academia no Centro de Manaus.
Nesta sexta, as suspeitas foram conduzidas à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), na capital. Marcelaine e Karen estavam em liberdade desde março deste ano, sob monitoramento eletrônico.
Na quinta-feira (25), Denise conversou com o G1 e disse que Marcelaine estaria rondando próximo à sua casa e à academia que frequenta. Por meio de assessoria, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que não haviam sido registradas violações da socialite.
No entanto, na decisão do juiz, assinada no dia 24 de junho, constam informações prestadas pela autoridade competente do Centro de Operações e Controle do Sistema Penitenciário. Segundo o documento, foram constatadas diversas violações ao benefício de liberdade provisória concedido às acusadas.
"Diante do descumprimento das medidas cautelares que foram impostas às acusadas, decreto a prisão preventiva das nacionais Marcelaine Santos Schumann e Karen Arevalo Marques, conforme o art. 312", diz o juiz na decisão.
"Ocorre que, supervenientemente, as acusadas descumpriram as medidas impostas", afirma outro trecho do documento.
Marcelaine (esquerda) é apontada como mandante da tentativa de homicídio contra Denise (Foto: Reprodução/G1 AM)
Entenda o caso
A universitária Denise Silva foi baleada no dia 12 de novembro de 2014 no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus. O atirador disparou três vezes contra o carro em que ela estava. Dois tiros atingiram a vítima. A ação foi registrada pelo circuito de vigilância do estabelecimento.
Ela foi levada para o hospital em 28 de agosto e depois transferida para uma unidade de saúde particular da capital. A mulher recebeu alta dois dias após o crime.
Além de Marcelaine, quatro pessoas foram presas pelo crime. "A mandante criou na cabeça dela que o namorado estava tendo um caso com a Denise. Ela ofereceu R$ 7 mil para o executor matar ou aleijar a vítima, mas eles receberam apenas R$ 4 mil", disse o delegado Paulo Martins, então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), logo após a prisão de três pessoas envolvidas no crime.
Rafael Leal dos Santos, de 25 anos, conhecido como "Salsicha", é apontado como o atirador. Ele foi preso na casa do avô na cidade de Anori, a 234 km de Manaus. O homem teria recebido R$ 3.500 pelo crime.
Entenda o caso
A universitária Denise Silva foi baleada no dia 12 de novembro de 2014 no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus. O atirador disparou três vezes contra o carro em que ela estava. Dois tiros atingiram a vítima. A ação foi registrada pelo circuito de vigilância do estabelecimento.
Ela foi levada para o hospital em 28 de agosto e depois transferida para uma unidade de saúde particular da capital. A mulher recebeu alta dois dias após o crime.
Além de Marcelaine, quatro pessoas foram presas pelo crime. "A mandante criou na cabeça dela que o namorado estava tendo um caso com a Denise. Ela ofereceu R$ 7 mil para o executor matar ou aleijar a vítima, mas eles receberam apenas R$ 4 mil", disse o delegado Paulo Martins, então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), logo após a prisão de três pessoas envolvidas no crime.
Rafael Leal dos Santos, de 25 anos, conhecido como "Salsicha", é apontado como o atirador. Ele foi preso na casa do avô na cidade de Anori, a 234 km de Manaus. O homem teria recebido R$ 3.500 pelo crime.
Empresário Marcos Souto é o suposto pivô do crime (Foto: Cláudio Alfon/CBN Amazônia/Reprodução)
Depois de ser preso, Rafael confessou a tentativa de homicídio e apontou a participação de outras duas pessoas no crime: Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, de 27 anos, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, de 22 anos, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio. Karen e Charles foram presos na Rua Miratinga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
No dia 19 de dezembro, a polícia prendeu o vigilante Edney Costa Gomes, de 26 anos, por envolvimento no crime. Ele teria sido o responsável por indicar e fornecer contatos de "Mac Donald", primo dele, e de Rafael Santos (autor dos disparos). De acordo com a polícia, Edney foi procurado por um vigilante que era colega de faculdade da socialite para cometer o crime. Ele teria recusado uma proposta de R$ 6.500 por medo.
Segundo a Polícia Civil, no dia em que o crime ocorreu, Marcelaine, que é casada com um empresário, viajou para o exterior. Ela retornou à capital do Amazonas no dia 5 de janeiro deste ano, e foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus.
Após realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), a socialite foi levada para o Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus/Boa Vista).
Dez dias depois de voltar a Manaus, Marcelaine foi ouvida pela Polícia Civil. No depoimento, ela negou o crime, mas foi indiciada. De acordo com a polícia, a intenção da socialite era matar ou "aleijar" a vítima.
No dia 6 de março, ocorreu a primeira audiência de instrução do caso. Marcelaine e os outros réus foram ouvidos, assim como Denise e o empresário Marcos Souto, apontado como pivô do crime. Após depoimento, Souto foi preso sob suspeita de falso testemunho. Ele foi liberado no dia seguinte.
AUTOR: G1/AM
Depois de ser preso, Rafael confessou a tentativa de homicídio e apontou a participação de outras duas pessoas no crime: Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, de 27 anos, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, de 22 anos, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio. Karen e Charles foram presos na Rua Miratinga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
No dia 19 de dezembro, a polícia prendeu o vigilante Edney Costa Gomes, de 26 anos, por envolvimento no crime. Ele teria sido o responsável por indicar e fornecer contatos de "Mac Donald", primo dele, e de Rafael Santos (autor dos disparos). De acordo com a polícia, Edney foi procurado por um vigilante que era colega de faculdade da socialite para cometer o crime. Ele teria recusado uma proposta de R$ 6.500 por medo.
Segundo a Polícia Civil, no dia em que o crime ocorreu, Marcelaine, que é casada com um empresário, viajou para o exterior. Ela retornou à capital do Amazonas no dia 5 de janeiro deste ano, e foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus.
Após realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), a socialite foi levada para o Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus/Boa Vista).
Dez dias depois de voltar a Manaus, Marcelaine foi ouvida pela Polícia Civil. No depoimento, ela negou o crime, mas foi indiciada. De acordo com a polícia, a intenção da socialite era matar ou "aleijar" a vítima.
No dia 6 de março, ocorreu a primeira audiência de instrução do caso. Marcelaine e os outros réus foram ouvidos, assim como Denise e o empresário Marcos Souto, apontado como pivô do crime. Após depoimento, Souto foi preso sob suspeita de falso testemunho. Ele foi liberado no dia seguinte.
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