O Júri, que será comandado pela juíza Zilnar Coutinho, faz parte das ações do Poder Judiciário dentro da campanha 'Justiça pela paz em casa', que é uma iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF) em todo o país e visa aumentar a divulgação das ações contra a violência no lar. A campanha será aberta no TJ-PI na manhã da segunda-feira (09-13).
O CRIME
Washington Barros Silva é acusado de matar a esposa Kaísa Helane Lima no dia 04 de novembro de 2010. A jovem saia de um posto de gasolina na Ladeira do Uruguai quando foi baleada ainda dentro do carro por Washington. À justiça, ele afirma que o disparo foi acidental.
Para o promotor Eliardo Cabral, que acompanha o caso, a versão de que o tiro foi acidental não convence. “Aqui em Teresina está virando moda essa história de homicídio bárbaro virar acidente. Ele diz que foi traído. Traídas estão sendo as famílias teresinenses com essa matança de mulheres. No corpo havia uma queimadura em volta do disparo, que atravessou o corpo da direita pra esquerda. Ele foi lá, ficou do lado dela e atirou. Ela tentou sair do carro, mas caiu, já morta”, disse o promotor à época do crime.
Preso em março de 2012, ele foi encontrado na cidade de Arapiraca-AL, com a ajuda do pai da jovem, Valter Leite, que contratou um detetive. Para ele, não existe esta história de que o disparo foi acidental. Ele espera que Washington pegue pena máxima, e contou do drama vivido com a neta, filha de Kaísa.
JÚRI POLÊMICO
Quandi foi julgado pela primeira vez, o Júri Popular entendeu que houve crime,, mas não propositadamente, ao desqualificar a denúncia de crime doloso e acolher a tese de crime culposo. A pena de Washington foi de 1 a 3 anos de reclusão, pena esta substituída por meros serviços comunitários.
MP RECORRE DA SENTENÇA
O Ministério Público, infonformado, recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça, que acatou os argumentos do MP e anulou o Júri.
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES
O Júri do palhaço Washington ocorre no momento em que o Judiciário do Piauí concentra suas ações para o julgamento de crimes contra a mulher. Mas segundo a juíza auxiliar da Presidência do TJ-PI, Melissa Pessoa, a Justiça responde a este tema com decisões processuais, mas que na verdade são necessárias mais ações preventivas.
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