Promotor do Ministério Público do Amazonas, Rogério Marques Santos, participou de acareação nesta sexta (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
O promotor do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), Rogério Marques Santos informou, nesta sexta-feira (20) ao G1, que entrou com recurso na Justiça para revogar a decisão que concedeu liberdade à socialite Marcelaine Schumann, apontada como mandante da tentativa de homicídio contra Denise Almeida. O magistrado afirmou que o caso se trata de um crime passional e disse que a medida tem o objetivo de resguardar a vida da vítima. As declarações foram feitas durante acareação com o acusado de atirar em Denise. Marcelaine teve o pedido de liberdade concedido na segunda-feira (16).
Denise Silva foi baleada em novembro de 2014 no estacionamento de uma academia no Centro de Manaus. Para a polícia, Marcelaine encomendou o crime por suspeitar que o amante dela também teria um caso com a vítima. Além dela, respondem pelo crime: Rafael Leal dos Santos, conhecido como "Salsicha", que é apontado como o atirador; Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, 27, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, 22, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio. Além de Marcelaine, Karen também teve o pedido de liberdade concedido.
O promotor do Ministério Público do Amazonas (MPE-AM), Rogério Marques Santos informou, nesta sexta-feira (20) ao G1, que entrou com recurso na Justiça para revogar a decisão que concedeu liberdade à socialite Marcelaine Schumann, apontada como mandante da tentativa de homicídio contra Denise Almeida. O magistrado afirmou que o caso se trata de um crime passional e disse que a medida tem o objetivo de resguardar a vida da vítima. As declarações foram feitas durante acareação com o acusado de atirar em Denise. Marcelaine teve o pedido de liberdade concedido na segunda-feira (16).
Denise Silva foi baleada em novembro de 2014 no estacionamento de uma academia no Centro de Manaus. Para a polícia, Marcelaine encomendou o crime por suspeitar que o amante dela também teria um caso com a vítima. Além dela, respondem pelo crime: Rafael Leal dos Santos, conhecido como "Salsicha", que é apontado como o atirador; Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, 27, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, 22, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio. Além de Marcelaine, Karen também teve o pedido de liberdade concedido.
Marcelaine é acusada de mandar matar mulher (Foto: Jamile Alves/G1 AM)
Rogério Santos explicou que o documento, enviado à 3ª Vara do Tribunal do Júri na quinta-feira (19), destaca que o crime contra Denise foi premeditado. "Se trata de um crime passional. Não é um crime de momento, foi um crime planejado. Não é um crime do qual a gente pode ter a certeza de que ela vai recuar, e por isso, nós entramos com esse recurso, até para garantir a vida, tentar, de alguma forma, proteger a vida da Denise, porque ela ainda está correndo risco, caso a Marcelaine permaneça solta. Por isso, nós recorremos. Enquanto estiver solta, ela tem condições, sim, de contratar outras pessoas e consumar esse homicídio", acrescentou.
Rogério Santos explicou que o documento, enviado à 3ª Vara do Tribunal do Júri na quinta-feira (19), destaca que o crime contra Denise foi premeditado. "Se trata de um crime passional. Não é um crime de momento, foi um crime planejado. Não é um crime do qual a gente pode ter a certeza de que ela vai recuar, e por isso, nós entramos com esse recurso, até para garantir a vida, tentar, de alguma forma, proteger a vida da Denise, porque ela ainda está correndo risco, caso a Marcelaine permaneça solta. Por isso, nós recorremos. Enquanto estiver solta, ela tem condições, sim, de contratar outras pessoas e consumar esse homicídio", acrescentou.
Marcelaine Shumann é suspeita de mandar matar Denise Silva em estacionamento de academia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Desde a segunda-feira (16), a socialite e Karen estão fora da cadeia. Elas estavam detidas no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF). As duas estão sendo monitoradas por meio de tornozeleiras eletrônicas, e também cumprem medidas restritivas em relação aos horários de saída de casa e perímetro de circulação na cidade.
Entenda o caso
Denise Silva foi baleada no dia 12 de novembro de 2014 no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus. O atirador disparou três vezes contra o carro em que ela estava. Dois tiros atingiram a vítima. A ação foi registrada pelo circuito de vigilância do estabelecimento.
Ela foi levada para o hospital 28 de Agosto, e depois transferida para uma unidade de saúde particular da capital. A mulher recebeu alta dois dias após o crime, mas ainda está com um projétil alojado na coluna.
Além de Marcelaine, quatro pessoas foram presas pelo crime. "A mandante criou na cabeça dela que o namorado estava tendo um caso com a Denise. Ela ofereceu R$ 7 mil para que o executor matasse ou aleijar a vítima, mas eles receberam apenas R$ 4 mil", disse o delegado Paulo Martins, então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), logo após a prisão de três pessoas envolvidas no crime.
Rafael Leal dos Santos, de 25 anos, conhecido como "Salsicha", é apontado como o atirador. Ele foi preso na casa do avô na cidade de Anori, a 234 km de Manaus. O homem teria recebido R$ 3.500 pelo crime.
Depois de ser preso, Rafael confessou a tentativa de homicídio e apontou a participação de outras duas pessoas no crime: Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, de 27 anos, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, de 22 anos, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio. Karen e Charles foram presos na Rua Miratinga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
No dia 19 de dezembro, a polícia prendeu o vigilante Edney Costa Gomes, de 26 anos, por envolvimento no crime. Ele teria sido o responsável por indicar e fornecer contatos de "Mac Donald" - primo dele - e de Rafael Santos (autor dos disparos). De acordo com a polícia, Edney foi procurado por um vigilante que era colega de faculdade da socialite para cometer o crime. Ele teria recusado uma proposta de R$ 6.500 por medo.
Desde a segunda-feira (16), a socialite e Karen estão fora da cadeia. Elas estavam detidas no Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF). As duas estão sendo monitoradas por meio de tornozeleiras eletrônicas, e também cumprem medidas restritivas em relação aos horários de saída de casa e perímetro de circulação na cidade.
Entenda o caso
Denise Silva foi baleada no dia 12 de novembro de 2014 no estacionamento de uma academia localizada na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus. O atirador disparou três vezes contra o carro em que ela estava. Dois tiros atingiram a vítima. A ação foi registrada pelo circuito de vigilância do estabelecimento.
Ela foi levada para o hospital 28 de Agosto, e depois transferida para uma unidade de saúde particular da capital. A mulher recebeu alta dois dias após o crime, mas ainda está com um projétil alojado na coluna.
Além de Marcelaine, quatro pessoas foram presas pelo crime. "A mandante criou na cabeça dela que o namorado estava tendo um caso com a Denise. Ela ofereceu R$ 7 mil para que o executor matasse ou aleijar a vítima, mas eles receberam apenas R$ 4 mil", disse o delegado Paulo Martins, então titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), logo após a prisão de três pessoas envolvidas no crime.
Rafael Leal dos Santos, de 25 anos, conhecido como "Salsicha", é apontado como o atirador. Ele foi preso na casa do avô na cidade de Anori, a 234 km de Manaus. O homem teria recebido R$ 3.500 pelo crime.
Depois de ser preso, Rafael confessou a tentativa de homicídio e apontou a participação de outras duas pessoas no crime: Charles Mac Donald Lopes Castelo Branco, de 27 anos, que teria negociado o crime com a mandante, e Karen Arevalo Marques, de 22 anos, que intermediou o aluguel da arma usada na tentativa de homicídio. Karen e Charles foram presos na Rua Miratinga, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.
No dia 19 de dezembro, a polícia prendeu o vigilante Edney Costa Gomes, de 26 anos, por envolvimento no crime. Ele teria sido o responsável por indicar e fornecer contatos de "Mac Donald" - primo dele - e de Rafael Santos (autor dos disparos). De acordo com a polícia, Edney foi procurado por um vigilante que era colega de faculdade da socialite para cometer o crime. Ele teria recusado uma proposta de R$ 6.500 por medo.
Denise Almeida sofreu tentativa de homicídio em Manaus (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Segundo a Polícia Civil, no dia em que o crime ocorreu, Marcelaine - que é casada com um empresário - viajou para o exterior. Ela retornou à capital do Amazonas no dia 5 de janeiro deste ano, e foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus.
Após realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), a socialite foi levada para o Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus/Boa Vista).
Dez dias depois de voltar a Manaus, Marcelaine foi ouvida pela Polícia Civil. No depoimento, ela negou o crime, mas foi indiciada. De acordo com a polícia, a intenção da socialite era matar ou 'aleijar' a vítima.
No dia 6 de março, ocorreu a primeira audiência de instrução do caso. Marcelaine e os outros réus foram ouvidos, assim como Denise, o marido e o empresário Marcos Souto, apontado como pivô do crime. Após depoimento, Souto foi preso sob suspeita de falso testemunho. Ele foi liberado no dia seguinte.
AUTOR: G1/AM
Segundo a Polícia Civil, no dia em que o crime ocorreu, Marcelaine - que é casada com um empresário - viajou para o exterior. Ela retornou à capital do Amazonas no dia 5 de janeiro deste ano, e foi presa pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Oeste de Manaus.
Após realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), a socialite foi levada para o Centro de Detenção Provisório Feminino (CDPF), localizado no km 8 da BR-174 (Manaus/Boa Vista).
Dez dias depois de voltar a Manaus, Marcelaine foi ouvida pela Polícia Civil. No depoimento, ela negou o crime, mas foi indiciada. De acordo com a polícia, a intenção da socialite era matar ou 'aleijar' a vítima.
No dia 6 de março, ocorreu a primeira audiência de instrução do caso. Marcelaine e os outros réus foram ouvidos, assim como Denise, o marido e o empresário Marcos Souto, apontado como pivô do crime. Após depoimento, Souto foi preso sob suspeita de falso testemunho. Ele foi liberado no dia seguinte.
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