O ano de 2014 jamais será esquecido pela família do taxista Francisco Reginaldo Santos Freire. Enquanto tantas comemoravam as festas de Natal e Ano Novo, a de Freire lamentava ainda a morte do homem, assassinado dentro do próprio táxi no bairro Luciano Cavalcante. O caso aconteceu no dia 3 de setembro de 2014 e, até o momento, a família não possui informações acerca da prisão do homicida nem da resolução do caso, o que aumenta a aflição e a dor.
O crime chocou a população do bairro pela maneira como Francisco Reginaldo foi morto. A vítima foi lesionada a bala e depois o suspeito do crime ateou fogo no carro com o taxista ainda dentro do veículo. Reginaldo morreu carbonizado e o suspeito fugiu, levando consigo alguns bens da vítima.
Por telefone
A esposa do taxista teria entrado em contato com o telefone de Reginaldo, mas foi surpreendida por uma voz feminina no outro lado da linha, que informava da morte e também do local onde o carro estaria. A esposa entrou em contato com a Coordenadoria Integrada de Operações (Ciops), que informou a veracidade da morte de Reginaldo.
Em menos de 24 horas, o Comando Tático Motorizado (Cotam), do Batalhão de Choque (BPChoque), prendeu um homem que supostamente seria responsável por atear fogo no carro com o taxista dentro. Segundo o sargento Jones, houve uma operação para a prisão dos suspeitos devido a denúncias do Serviço Reservado do BPChoque.
No entanto, ao chegar no 30º DP (São Cristóvão), o suspeito foi ouvido e liberado pela autoridade policial. Três testemunhas foram ouvidas e somente uma dessas pessoas afirmou que o rapaz foi o autor do crime.
Após ter ouvido todas as testemunhas, o delegado plantonista constatou que não foram identificados elementos suficientes para confirmar o envolvimento do suspeito no crime.
No dia 5 de setembro, a reportagem entrou em contato com a Delegacia. A informação era que teria ocorrido um eventual surgimento de evidências que poderiam levar à prisão de um homem, pois as investigações teriam ainda continuidade.
Quatro meses após o caso, no entanto, familiares de Francisco Reginaldo entraram em contato com a equipe de reportagem para mostrar o descontentamento com as investigações.
Golpe
Segundo um familiar de Francisco Reginaldo, que preferiu não se identificar, após a morte do taxista a família enfrentou um golpe de estelionato, pois acreditava que os cartões da vítima e da esposa estavam queimados. Mas no dia do pagamento, a companheira de Reginaldo teve todo o salário retirado por uma terceira pessoa desconhecida.
A mulher entrou em contato com a agência bancária e foi comunicada de que deveria procurar a Delegacia responsável pelo caso para que enviassem uma documentação requerendo as imagens do circuito interno de segurança que filmou o caixa eletrônico onde foi retirado o dinheiro. Um familiar foi até a unidade policial e conseguiu o requerimento, mas afirmou que até o fechamento desta edição a companheira de Reginaldo não havia obtido informações acerca do caso e nem tinha recuperado o dinheiro subtraído.
Segundo o titular do 13º DP (Cidade dos Funcionários), Bruno Figueiredo, houve o levantamento do crime, mas por não possuir um autor definido, o caso foi encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O ano de 2014 acabou, e a família disse temer que Francisco Reginaldo torne-se apenas mais um número nas estatísticas de homicídios no Estado.
AUTOR: DN
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