Produtos apreendidos pela Polícia Federal, em Niterói. (Foto: Mariucha Machado / G1)
Segundo o delegado Hylton Coelho, a quadrilha conseguia obter os dados de diversos proprietários de cartões de crédito e, com estas informações, fazia compras pela internet, em lojas virtuais. Com a ajuda de funcionários dos Correios, as mercadorias eram entregues em endereços fictícios ou diretamente aos criminosos.
"As empresas que atuam na internet são vulneráveis a este crime. O sistema de segurança de empresas de cartões ajudou a prevenir muitos danos, mas, neste caso, os estragos foram grandes", disse Hylton.
O delegado informou que os fraudadores não se preocupavam em obter o cartão fisicamente, eram apenas os dados para efetuar as compras com o nome das pessoas físicas verdadeiras. As mercadorias eram revendidas pela internet. Ainda não se sabe o numero exato de pessoas prejudicadas pelo golpe.
Ainda de acordo com a polícia, o valor que os carteiros recebiam pela participação no golpe era proporcional ao da mercadoria enviada. Por um laptop, por exemplo, eles recebiam R$ 200. "“Era muito comum a negociação de laptop, pois é uma mercadoria de alto valor agregado e de fácil
revenda, além de ter muita procura no mercado”, contou o delegado. Um carteiro chegava a entregar seis computadores por dia.
A investigação da polícia começou em 2010. Os presos estão sendo levados para fazer exame de corpo delito e depois serão encaminhados para o presídio Ari Franco, em Água Santa, no Subúrbio do Rio.
Segundo informações da Polícia Federal, os carteiros serão indiciados por corrupção passiva e formação de quadrilha e outros envolvidos no golpe por formação de quadrilha, furto qualificado e recepção de produtos roubados. Os nomes das pessoas presas estão em segredo de justiça.
O delegado Hylton Coelho fez uma alerta aos consumidores que usam a internet para efetuar compras. "Os hackers conseguem as informações enviando mensagens e e-mails. Isso já foi muito divulgado. A gente abre a mensagem e na realidade aquilo é um vírus espião que entra na máquina e fica colhendo os dados, inclusive a comunicação com o banco e de outras compras. Muita gente não cai, mas a parte que cai no golpe é suficiente para muito estrago".
Envolvidos no golpe são transferidos para o presídio Ari Franco, em Água Santa. (Foto: Mariucha Machado/G1)
AUTOR: G1/RJ
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