Os promotores destacaram a crueldade com a qual o subtenente foi assassinado, sendo atingido por 22 disparos de arma de fogo Foto: Reprodução
O primeiro suspeito preso e indiciado pela morte do subtenente Francisco Ricardo Silveira Neto foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE). O órgão acusa Ítalo Gabriel Barreto, o 'Micróbio', de homicídio consumado duplamente qualificado, roubo e integrar organização criminosa com uso de arma de fogo.
Ítalo Gabriel Barreto, o 'Micróbio' Foto: Reprodução/WhatsApp
Conforme a denúncia assinada por um grupo de promotores nessa segunda-feira (27), Ítalo é membro da facção Comando Vermelho. A ação penal acerca da morte do policial militar agora integra o Programa Tempo de Justiça.
O MP pediu que, "com urgência, seja recebida a presente denúncia, e, em consequência, seja o denunciado citado para apresentar a sua resposta à acusação" e que o Ítalo vá ao Tribunal do Júri.
A acusação requer ainda que seja fixado o valor de R$ 40,5 mil para reparação de danos à viúva do subtenente. O valor é o triplo da indenização de morte paga pelo DPVAT em vítimas de acidente de trânsito fatal.
Na última sexta-feira (24), um segundo suspeito envolvido no assassinato foi preso. Ainda não há informações sobre o papel de Francisco Cleiton Galdino da Silva, o 'Keke', na ação criminosa.
Francisco Cleiton Galdino da Silva, o 'Keke' Foto: Reprodução/WhatsApp
A Polícia Civil do Ceará instaurou inquérito complementar e disse continuar investigando o homicídio
MOTIVAÇÃO PARA O CRIME
Na denúncia, os promotores trouxeram uma versão já publicada anteriormente pelo Diário do Nordeste de que o subtenente foi assassinado a mando de um líder do Comando Vermelho.
"No que se refere à motivação, verificou-se ser torpe, consistente em ação da organização criminosa Comando Vermelho-CV visando impor a autoridade e o domínio na região do crime. Nesse contexto, os relatos foram no sentido de que o réu e demais autores do crime são vinculados à organização criminosa Comando Vermelho-CV e de forma premeditada executaram a vítima em retaliação/vingança a episódio que veio a conhecido como 'Dia da Guerra'. MPCE
Conforme documentos da investigação que a reportagem teve acesso, o subtenente foi 'decretado' em vingança contra Igo Jefferson Silva de Sousa, o 'Igo Negão', um PM apontado como chefe de milícia na região do Pirambu: "o policial militar Igo Negão teria realizado um ataque contra membros do Comando Vermelho, tendo sido ajudado pelo subtenente Ricardo".
REQUINTES DE CRUELDADE
Os promotores destacaram a crueldade com a qual o subtenente foi assassinado, sendo atingido por 22 disparos de arma de fogo, "16 na cabeça (regiões parietal, face, nuca e occipital) e seis nos glúteos. O laudo também descreve a lesão sofrida pela vítima em razão da faca que foi cravada em sua nuca".
"A abordagem em grupo de pessoas armadas se mostra evidência clara de que o réu e demais co-autores agiram visando dificultar, se não impossibilitar, a defesa da vítima", disse o MP.
O subtenente estava a caminho do trabalho, por volta das 4h, quando foi abordado pelos criminosos. Ele residia no Pirambu e estava em uma motocicleta, que não foi levada pelos homicidas.
Quando policiais chegaram ao local para atender a ocorrência, ainda se depararam com uma faca cravada na nuca do subtenente. Ítalo teria dito a um PM que a faca cravada "se deve ao modus operandi do que ele chamou de 'Tropa do Açougueiro', fazendo referência ao uso de instrumento perfuro-cortante na prática de homicídios ou, pelo menos, para a deixar o recado sobre quem cometeu o ato".
FONTE: DN
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