Ataque a juízes da Suprema Corte aconteceu em Teerã Foto: Atta Kenare/AFP
Dois juízes do Supremo Tribunal do Irã foram mortos em seus escritórios na capital Teerã, neste sábado (18), por um atirador que depois cometeu suicídio, anunciou a agência oficial da autoridade judicial, Mizan Online.
Responsáveis pelas 39ª e 53ª divisões do Tribunal, respectivamente, os juízes Ali Razini e Mohammad Moghisseh, foram mortos no complexo do tribunal, no sul da capital iraniana, informou o órgão.
O porta-voz do Judiciário, Asghar Jahangir, afirmou na televisão que o agressor "entrou no escritório dos dois juízes armado com uma pistola" e os matou.
Mesmo sem detalhes sobre a motivação do atentado, o Mizan Online ressaltou que não tinha nenhum caso pendente no Supremo Tribunal e chamou o ataque de "terrorista".
APURAÇÃO
O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, pediu às forças de segurança que "identifiquem o mais rápido possível os autores materiais e intelectuais" do crime, de acordo com um comunicado publicado no site presidencial.
"Não há dúvidas de que a trajetória brilhante desses juízes, que dedicaram toda a sua vida ao combate a diversos crimes contra a segurança nacional, continuará com força", acrescentou.
TRAJETÓRIA NO JUDICIÁRIO
Os dois juízes mortos neste sábado (18) eram "Hodjatoleslam", um título honorífico no islamismo xiita dado a clérigos de médio escalão. Os magistrados presidiram audiências consideradas importantes nos últimos anos.
Mohammad Moghisseh, de 68 anos, teve uma longa carreira no judiciário desde o estabelecimento da República Islâmica em 1979. Em 2019, ele foi sancionado pelos Estados Unidos por ter "supervisionado um número incontável de julgamentos injustos".
Ali Razini, de 71 anos, ocupou cargos importantes no judiciário e na política do Irã.
FONTE: DN
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