Montagem com o PM suspeito de atirar em Gritzbach — Foto: Reprodução
A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo prendeu nesta quinta-feira (16) 15 policiais suspeitos de envolvimento na morte do empresário Vinícius Gritzbach, delator do PCC. Gritzbach foi morto em novembro do ano passado no Aeroporto de Guarulhos.
➡️Um dos presos, o PM da ativa Denis Antonio Martins, é apontado como a pessoa que fez os disparos contra Gritzbach.
Além de Denis, os outros 14 presos eram do núcleo de segurança pessoal do delator e faziam a escolta privada dele.
➡️Ao menos cinco dos presos atuaram no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque, na Rota, tropa de elite da Polícia Militar (PM) de São Paulo.
Em entrevista coletiva nesta quinta, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que ainda não se sabe quem é o mandante do crime.
Para fazer a identificação do atirador, o secretário explicou que foram usadas várias ferramentas de inteligência, incluindo a quebra do sigilo telefônico e o uso de antenas de celular.
Segundo ele, com isso, foi possível saber que o acusado estava no aeroporto no dia da execução. "Uma série de fatores o colocaram na cena do crime", afirmou.
O advogado João Carlos Campanini faz a defesa de quatro presos: Leandro Ortiz, Romarks Cesar, Wagner de Lima e Thiago Marchion. Ele aguardará o acesso aos autos para se pronunciar.
As outras defesas ainda não foram localizadas pelo g1.
Veja os nomes dos policiais presos:
1- Abraão Pereira Santana
2-Adolfo Oliveira Chagas - Serviu na 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar.
3-Alef de Oliveira Moura - serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque e depois na 2ª Companhia do 1º Batalhão.
4- Denis Antonio Martins - PM da ativa suspeito de ter feito os disparos.
5- Erick Brian Galioni
6- Giovanni de Oliveira Garcia - serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque. Trabalhou na seção de rádio.
7- Jefferson Silva Marques de Souza - serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque.
8- Julio Cesar Scarlett Barbini
9- Leandro Ortiz - Serviu na 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar.
10- Leonardo Cherry Souza
11- Romarks Cesar Ferreira Lima - serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque e depois no 2º Batalhão.
12- Samuel Tillvitz da Luz - Serviu na 1ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar.
13- Talles Rodrigues Ribeiro - serviu no Primeiro Batalhão de Polícia de Choque e depois na 2ª Companhia do 1º Batalhão.
14- Thiago Maschion Angelim da Silva - 1º Tenente, já atuou no do 18º Batalhão da Polícia Militar.
15- Wagner de Lima Compri Eicardi - atuou no do 18º Batalhão da Polícia Militar.
Policiais vazavam e vendiam informações para criminosos
A investigação da Corregedoria começou após uma denúncia anônima recebida em março de 2024 sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo era evitar prisões e prejuízos financeiros do grupo criminoso.
Segundo a Corregedoria, informações estratégicas eram vazadas e vendidas por policiais militares da ativa e da reserva.
Um dos beneficiados era Gritzbach, que usava PMs em sua escolta privada, caracterizando a integração de agentes à organização criminosa.
FONTE: G1
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