Roni dos Santos de Oliveira, de 31 anos, pai da menina Lavínia, chorou ao lembrar da filha durante o depoimento na tarde desta quinta-feira (22). Ao fim do depoimento, ele se alterou após ser questionado pela defesa sobre a relação dele com Luciene Reis Santana, acusada da morte da menina Lavínia Azeredo, de 6 anos, e teve de ser contido pelos seguranças. "Você é um monstro! Você é um monstro!", gritava, enquanto era contido também por familiares.
Segundo ele, Luciene conheceu Lavínia durante uma visita à sua academia. Ele afirmou que a ex-amante era possessiva e ciumenta. Roni confirmou que Luciene teria feito ameaças de se matar caso eles não reatassem. "Luciene não aceitava o fim do relacionamento. Ela me ligava toda hora e me pedia dinheiro. Quando eu fui com o Rafael (primo de Lavínia) à casa dele, ele retornou dizendo que ela estava com o punho cortado e afirmava que iria se matar. Eu fui à casa da irmã dele porque ela estava ficando meio alterada. À noite tivemos uma nova discussão e ela chegou a me ameaçar com uma faca. Ela ficou muito alterada", contou.
Ainda de acordo com Roni, logo após deixar a casa de Luciene no domingo, ele foi para a sua casa, tomou um banho e viu quando Andreia (mãe de Lavínia) colocava a menina para dormir. No dia seguinte, segundo ele, Lavínia não estava mais em casa. "Eu fiquei desesperado e logo imaginei que tinha sido ela (Luciene). Quando ela via a foto da Lavínia no meu celular não gostava. Primeiro eu fui à casa dela, mas ela não estava. Depois fui a todos os cantos. À noite eu voltei à casa da Luciene e ela estava com os meus primos. Ela estava normal, disse que não tinha sido ele e que de jeito nenhum faria isso", completou Roni.
Mais cedo, durante o julgamento, o primo da vítima, Rafael da Silva Oliveira de Souza, de 18 anos, já tinha contado que a acusada disse que tentou se matar três dias antes do corpo ter sido encontrado. Segundo ele, Luciene tinha cortes nos pulsos e fazia ameaças contra o pai da menina, Roni dos Santos de Oliveira, de 31 anos, com quem mantinha um relacionamento.
O ex-marido de Luciene, Elzimar de Oliveira Silva, de 26 anos, foi o sexto a depor na tarde desta quinta-feira. Ele disse que foi procurado pela ex-mulher, que afirmou que ele estava sendo acusado por Roni de ter sequestrado a sua filha e que ele estava armado com outros primos no acesso à comunidade onde mora. Desconfiado, Elzimar disse que foi à delegacia prestar esclarecimentos.
Lavínia foi encontrada morta no dia 2 de março do ano passado, com o cadarço do tênis enroscado no pescoço, debaixo do colchão de um quarto do hotel em Caxias.
Julgamento
O julgamento começou por volta das 13h50. O júri é formado por 4 mulheres e 3 homens, após sorteio realizado pelo juiz Paulo Rodolfo Maximiliano de Gomes Tostes, antes do início da sessão.
A primeira testemunha a ser ouvida foi um homem que trabalha numa biblioteca no Centro do Rio de Janeiro, e mora perto da casa de Luciene. Ele contou que dois dias antes do crime, ele viu a acusada com a criança perto de casa, quando seguia para o trabalho, por volta das 4h30. Segundo ele, Luciene tentou se esconder.
“Ela me viu e tentou se esconder com a criança. Quando perguntei, ela disse que tinha se abaixado. Eu perguntei o que ela estava fazendo naquele horário, ela disse que estava vindo da casa de uma colega e me pediu para tomar um banho na minha casa com a criança. Eu disse que não podia, que estava saindo do serviço, mas que podia ir até lá com ela”, disse ele.
A testemunha disse, ainda, que quando viu as imagens de Lavínia na televisão, ele lembrou-se da criança que estava com Luciene e procurou uma delegacia. “Eu pensava que fosse a filha dela, até porque a menina estava normal, tranquila. Quando eu vi as imagens, fiquei preocupado e procurei uma delegacia que fica perto da biblioteca”, completou a testemunha.
Pai se emociona durante o julgamento do caso da menina Lavínia (Foto: Rodrigo Vianna/G1)
Em seguida, foi a vez de ser interrogada a mulher que trabalhava como recepcionista do hotel onde a menina foi encontrada morta. Ela contou que Luciene estava sozinha e pediu um quarto na segunda-feira, explicando que o namorado estava num supermercado perto e que pagaria a conta. Ela disse ainda que não viu nenhuma criança.
A segunda testemunha contou que Luciene tentou sair sem pagar. “Eu saí do balcão, chamei ela de volta e falei que ela não podia sair sem pagar. Ela disse que iria ligar para o namorado. Eu disse que ela não poderia sair sem pagar, então ela se ofereceu para fazer alguma coisa no hotel para quitar a dívida. Ela limpou três quartos, inclusive o quarto dela”, disse ela.
A recepcionista disse que também reconheceu Luciene na televisão e ligou para o Disque-Denúncia. Ela falou que, na quarta-feira, um funcionário da manutenção encontrou o corpo da menina embaixo do colchão no quarto usado por Luciene. Segundo Marinete, o cômodo ficou sem ser utilizado da saída de Luciene até quarta-feira.
Pouco antes do início do julgamento, parentes e amigos da vitima aguardavam ansiosos no inicio da tarde desta quinta-feira (22), do lado de fora da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A dona de casa Marta dos Santos de Oliveira, de 57 anos, avó da menina, acredita na condenação da ré.
"Eu creio que será feita justiça. Uma mulher como ela não pode ficar solta, porque o que ela fez com a minha neta, pode fazer com qualquer outra criança. Em momento nenhum ela pensou na minha neta. Então é um alívio saber que a Justiça dará um fim a mais esse sofrimento, porque a dor da perda da Lavínia não tem como acabar", disse Marta.
Em seguida, foi a vez de ser interrogada a mulher que trabalhava como recepcionista do hotel onde a menina foi encontrada morta. Ela contou que Luciene estava sozinha e pediu um quarto na segunda-feira, explicando que o namorado estava num supermercado perto e que pagaria a conta. Ela disse ainda que não viu nenhuma criança.
A segunda testemunha contou que Luciene tentou sair sem pagar. “Eu saí do balcão, chamei ela de volta e falei que ela não podia sair sem pagar. Ela disse que iria ligar para o namorado. Eu disse que ela não poderia sair sem pagar, então ela se ofereceu para fazer alguma coisa no hotel para quitar a dívida. Ela limpou três quartos, inclusive o quarto dela”, disse ela.
A recepcionista disse que também reconheceu Luciene na televisão e ligou para o Disque-Denúncia. Ela falou que, na quarta-feira, um funcionário da manutenção encontrou o corpo da menina embaixo do colchão no quarto usado por Luciene. Segundo Marinete, o cômodo ficou sem ser utilizado da saída de Luciene até quarta-feira.
Pouco antes do início do julgamento, parentes e amigos da vitima aguardavam ansiosos no inicio da tarde desta quinta-feira (22), do lado de fora da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A dona de casa Marta dos Santos de Oliveira, de 57 anos, avó da menina, acredita na condenação da ré.
"Eu creio que será feita justiça. Uma mulher como ela não pode ficar solta, porque o que ela fez com a minha neta, pode fazer com qualquer outra criança. Em momento nenhum ela pensou na minha neta. Então é um alívio saber que a Justiça dará um fim a mais esse sofrimento, porque a dor da perda da Lavínia não tem como acabar", disse Marta.
Família da menina Lavínia aguarda julgamento (Foto: Rodrigo Vianna/G1)
Cerca de cem pessoas entre parentes e amigos foram ao Fórum de Duque de Caxias acompanhar o julgamento, que será presidido pelo juiz Paulo Rodolfo Maximiliano, com cartazes e camisetas. De acordo com a promotora Simone Sibilio, o resultado deve sair ainda nesta quinta-feira.
Em junho do ano passado, o juiz Paulo Rodolfo Maximiliano de Gomes Tostes, iniciou a Audiência de Instrução e Julgamento ouvindo as testemunhas de acusação. Segundo a assistente de acusação Adriana Santana, nesta quinta serão novamente ouvidas as testemunhas, haverá o interrogatório da ré e se seguirão os debates entre o Ministério Público e defesa. Segundo disse, serão exibidas as imagens do circuito interno de um ônibus nas quais a menina aparece com a acusada. Adriana Santana adiantou que o julgamento será longo e que a sentença deve ser divulgada somente na sexta-feira (23).
Motivo torpe
Segundo a denúncia do Ministério Público, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).
Ainda de acordo com a denúncia do MP, "após estrangular Lavínia, Luciene escondeu o corpo dentro da estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão, ocultando, assim, o cadáver", que só foi encontrado dias depois.Além disso, segundo o MP, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima: "dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; bem como ter impedido que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em uma toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas no hotel".
Os três funcionários do hotel reconheceram a denunciada como a pessoa que ocupou um quarto no dia 28 de fevereiro e que tentou sair sem pagar a conta.
FONTE: G1
Cerca de cem pessoas entre parentes e amigos foram ao Fórum de Duque de Caxias acompanhar o julgamento, que será presidido pelo juiz Paulo Rodolfo Maximiliano, com cartazes e camisetas. De acordo com a promotora Simone Sibilio, o resultado deve sair ainda nesta quinta-feira.
Em junho do ano passado, o juiz Paulo Rodolfo Maximiliano de Gomes Tostes, iniciou a Audiência de Instrução e Julgamento ouvindo as testemunhas de acusação. Segundo a assistente de acusação Adriana Santana, nesta quinta serão novamente ouvidas as testemunhas, haverá o interrogatório da ré e se seguirão os debates entre o Ministério Público e defesa. Segundo disse, serão exibidas as imagens do circuito interno de um ônibus nas quais a menina aparece com a acusada. Adriana Santana adiantou que o julgamento será longo e que a sentença deve ser divulgada somente na sexta-feira (23).
Motivo torpe
Segundo a denúncia do Ministério Público, o homicídio foi cometido por motivo torpe (sentimento de vingança pelo pai da vítima, que era amante de Luciene e terminara o relacionamento com ela) e com emprego de meio cruel (asfixia por estrangulamento).
Ainda de acordo com a denúncia do MP, "após estrangular Lavínia, Luciene escondeu o corpo dentro da estrutura de alvenaria da cama, cobrindo-o com o estrado de madeira e o colchão, ocultando, assim, o cadáver", que só foi encontrado dias depois.Além disso, segundo o MP, o crime contou com recursos que dificultaram a defesa da vítima: "dissimulação ao ocultar seu propósito homicida durante o período em que ficou com a menina em seu poder; ataque inesperado quando a vítima jamais poderia supor a brutal agressão; bem como ter impedido que a criança gritasse por socorro, envolvendo sua cabeça em uma toalha de forma a não ser ouvida por outras pessoas no hotel".
Os três funcionários do hotel reconheceram a denunciada como a pessoa que ocupou um quarto no dia 28 de fevereiro e que tentou sair sem pagar a conta.
FONTE: G1
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