Uma adolescente, ainda não identificada, foi morta, a tiros, na noite desta quinta-feira (19), na Rua Quixadá, no bairro Planalto Ayrton Senna, na zona Sul de Fortaleza.
A garota caminhava em direção à sua residência quando foi atacada por dois homens que trafegavam em uma motocicleta modelo Bros, de cor preta, segundo testemunhas. Os dois se aproximaram da vítima e o garupeiro disparou vários tiros. A “novinha” caiu na calçada de uma residência, morrendo ali mesmo.
A morte violenta da garota fez subir para 166 o número de mulheres assassinadas no Ceará neste ano. Setenta delas foram assassinadas em Fortaleza, a maioria dos crimes decorrente da guerra entre as facções criminosas que dominam a periferia da cidade e a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Todas foram executadas a tiros e algumas ainda sofreram mutilações, como esquartejamento ou decapitação. Há também relatos de vítimas que foram seqüestradas e torturadas antes da morte.
Somente neste mês de abril, já são 22 mulheres assassinadas no Ceará, sendo 10 em Fortaleza, nove na Região Metropolitana e mais três casos no interior do estado (nos Municípios de Tamboril, Pedra Branca e Quiterianópolis).
O mês de janeiro foi o que apresentou o maior número de homicídios do gênero, com 56 mulheres assassinadas no Ceará. Em fevereiro foram mais 42 ( a menor taxa/mês), e março teve 46 casos.
“Novinhas”
Das 70 mulheres assassinadas em Fortaleza, neste ano, 15 delas eram adolescentes, com idades que variavam de 13 a 17 anos. A mais nova, de 13 anos, foi morta, a tiros, no começo da noite do dia 5 deste mês. Era Yasmin da Silva, atacada pelos assassinos quando seguia para casa, caminhando na Rua Waldir Sá, bairro Edson Queiroz, na zona Leste de Fortaleza. O crime ainda não foi elucidado e a família clama por justiça.
Na lista das “novinhas” mortas nas ruas de Fortaleza neste ano estão os nomes das irmãs Maria Erilane e Maria Gabriela Lima da Costa. A primeira tinha 15 anos de idade. A segunda, 16. Elas foram as duas primeiras vítimas de todos os homicídios registrados neste ano no Ceará.
Passavam poucos minutos da Virada-do-Ano, quando Gabriela e Erilane foram assassinadas, a tiros, na Avenida Major Assis, no bairro Vila Velha IV, na zona Oeste de Fortaleza.
Naquele mesmo dia, outra mulher, desta vez, adulta, também foi morta em Fortaleza, mas seu corpo somente foi localizado no dia seguinte. Era a jovem Sthefany Brito Cruz, 22 anos, sequestrada e morta por espancamento. O principal suspeito é o ex-companheiro dele, que segue foragido. O corpo da garota foi deixado pelo próprio assassino, nas margens de uma lagoa, no bairro Mondubim.
Chacina
Mas foi na madrugada do dia 27 de janeiro que ocorreu uma matança de mulheres nunca registrada no Ceará. De uma só vez, oito jovens foram assassinadas a tiros quando se divertiam em uma casa de shows denominada “Forró do Gago”, localizada na comunidade Barreirão, no bairro Dias Macedo, na zona Sul de Fortaleza. Além delas, seis homens também foram executados, totalizando 14 mortos na maior chacina no estado.
Das oito mulheres mortas na casa de forró por bandidos de uma facção criminosa, duas eram adolescentes: Maira Santos da Silva, 15 anos; e Maria Tatiana da Costa Ferreira, 17. Além delas, também foram executadas sumariamente: Brenda Oliveira de Menezes, 19; Edneusa Pereira de Albuquerque, 38; Luana Ramos da Silva, 22; Mariza Mara Nascimento da Silva, 37; Raquel Martins Neves, 22; e Renata Nunes de Sousa, 32 anos.
Corpos no mangue
Outro crime vitimando mulheres que teve repercussão na Imprensa local foi o seqüestro de três garotas na zona Oeste da Capital, em meados de fevereiro. Elas foram arrastadas de dentro de casa, na Barra do Ceará, por bandidos de uma facção criminosa e levadas para o mangue do Rio Ceará, no bairro Vila Velha. Ali, passaram por uma sessão de torturas físicas e psicológicas.
O crime foi filmado pelos próprios assassinos e as imagens postadas nas redes sociais. As três foram mortas a tiros e decapitadas. Uma delas chegou a ser esquartejada ainda viva. Em seguida, os criminosos atiraram as cabeças nas águas do mangue.
Depois de buscas que levaram uma semana, policiais e bombeiros localizaram, na manhã do dia 9 de março, os restos mortais das três garotas, identificadas como Darcyele Ancelmo de Alencar, Ingrid Teixeira Ferreira e Nara Aline Mota de Lima.
Execução na avenida
Na tarde de 8 de abril, uma mulher de 40 anos de idade entrou na lista das assassinadas no Ceará. Era a paulista Carla Carrilho, 40 anos. Naquele dia, ela e o namorado seguiam de carro pela Avenida Alberto Craveiro, no bairro Dias Macedo, em direção à Arena Castelão. Pretendiam assistir a partida Ceará x Fortaleza.
Mas, no meio do caminho, quando o carro deles parou em um semáforo, o ex-marido de Carla surgiu em um veículo logo atrás. Ele aproveitou a parada, desceu do seu automóvel e matou o casal em plena avenida. Em seguida, suicidou-se.
Estudante morta
Na manhã do dia 12 passado, a vítima da violência contra as mulheres foi a estudante de Direito, Cecília Rachel Gonçalves Moura, 23 anos, estagiária da Justiça Federal. Ela seguia para o trabalho quando foi atingida por um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto. O crime ocorreu na Rua Vereador Pedro Paulo, no Parque Manibura. A Polícia Civil prendeu oito pessoas e concluiu que se tratou de um caso de latrocínio (roubo seguido de morte). O objetivo dos assassinos era roubar o carro de luxo da universitária.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
A morte violenta da garota fez subir para 166 o número de mulheres assassinadas no Ceará neste ano. Setenta delas foram assassinadas em Fortaleza, a maioria dos crimes decorrente da guerra entre as facções criminosas que dominam a periferia da cidade e a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Todas foram executadas a tiros e algumas ainda sofreram mutilações, como esquartejamento ou decapitação. Há também relatos de vítimas que foram seqüestradas e torturadas antes da morte.
Somente neste mês de abril, já são 22 mulheres assassinadas no Ceará, sendo 10 em Fortaleza, nove na Região Metropolitana e mais três casos no interior do estado (nos Municípios de Tamboril, Pedra Branca e Quiterianópolis).
O mês de janeiro foi o que apresentou o maior número de homicídios do gênero, com 56 mulheres assassinadas no Ceará. Em fevereiro foram mais 42 ( a menor taxa/mês), e março teve 46 casos.
“Novinhas”
Das 70 mulheres assassinadas em Fortaleza, neste ano, 15 delas eram adolescentes, com idades que variavam de 13 a 17 anos. A mais nova, de 13 anos, foi morta, a tiros, no começo da noite do dia 5 deste mês. Era Yasmin da Silva, atacada pelos assassinos quando seguia para casa, caminhando na Rua Waldir Sá, bairro Edson Queiroz, na zona Leste de Fortaleza. O crime ainda não foi elucidado e a família clama por justiça.
Na lista das “novinhas” mortas nas ruas de Fortaleza neste ano estão os nomes das irmãs Maria Erilane e Maria Gabriela Lima da Costa. A primeira tinha 15 anos de idade. A segunda, 16. Elas foram as duas primeiras vítimas de todos os homicídios registrados neste ano no Ceará.
Passavam poucos minutos da Virada-do-Ano, quando Gabriela e Erilane foram assassinadas, a tiros, na Avenida Major Assis, no bairro Vila Velha IV, na zona Oeste de Fortaleza.
Naquele mesmo dia, outra mulher, desta vez, adulta, também foi morta em Fortaleza, mas seu corpo somente foi localizado no dia seguinte. Era a jovem Sthefany Brito Cruz, 22 anos, sequestrada e morta por espancamento. O principal suspeito é o ex-companheiro dele, que segue foragido. O corpo da garota foi deixado pelo próprio assassino, nas margens de uma lagoa, no bairro Mondubim.
Chacina
Mas foi na madrugada do dia 27 de janeiro que ocorreu uma matança de mulheres nunca registrada no Ceará. De uma só vez, oito jovens foram assassinadas a tiros quando se divertiam em uma casa de shows denominada “Forró do Gago”, localizada na comunidade Barreirão, no bairro Dias Macedo, na zona Sul de Fortaleza. Além delas, seis homens também foram executados, totalizando 14 mortos na maior chacina no estado.
Das oito mulheres mortas na casa de forró por bandidos de uma facção criminosa, duas eram adolescentes: Maira Santos da Silva, 15 anos; e Maria Tatiana da Costa Ferreira, 17. Além delas, também foram executadas sumariamente: Brenda Oliveira de Menezes, 19; Edneusa Pereira de Albuquerque, 38; Luana Ramos da Silva, 22; Mariza Mara Nascimento da Silva, 37; Raquel Martins Neves, 22; e Renata Nunes de Sousa, 32 anos.
Corpos no mangue
Outro crime vitimando mulheres que teve repercussão na Imprensa local foi o seqüestro de três garotas na zona Oeste da Capital, em meados de fevereiro. Elas foram arrastadas de dentro de casa, na Barra do Ceará, por bandidos de uma facção criminosa e levadas para o mangue do Rio Ceará, no bairro Vila Velha. Ali, passaram por uma sessão de torturas físicas e psicológicas.
O crime foi filmado pelos próprios assassinos e as imagens postadas nas redes sociais. As três foram mortas a tiros e decapitadas. Uma delas chegou a ser esquartejada ainda viva. Em seguida, os criminosos atiraram as cabeças nas águas do mangue.
Depois de buscas que levaram uma semana, policiais e bombeiros localizaram, na manhã do dia 9 de março, os restos mortais das três garotas, identificadas como Darcyele Ancelmo de Alencar, Ingrid Teixeira Ferreira e Nara Aline Mota de Lima.
Execução na avenida
Na tarde de 8 de abril, uma mulher de 40 anos de idade entrou na lista das assassinadas no Ceará. Era a paulista Carla Carrilho, 40 anos. Naquele dia, ela e o namorado seguiam de carro pela Avenida Alberto Craveiro, no bairro Dias Macedo, em direção à Arena Castelão. Pretendiam assistir a partida Ceará x Fortaleza.
Mas, no meio do caminho, quando o carro deles parou em um semáforo, o ex-marido de Carla surgiu em um veículo logo atrás. Ele aproveitou a parada, desceu do seu automóvel e matou o casal em plena avenida. Em seguida, suicidou-se.
Estudante morta
Na manhã do dia 12 passado, a vítima da violência contra as mulheres foi a estudante de Direito, Cecília Rachel Gonçalves Moura, 23 anos, estagiária da Justiça Federal. Ela seguia para o trabalho quando foi atingida por um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto. O crime ocorreu na Rua Vereador Pedro Paulo, no Parque Manibura. A Polícia Civil prendeu oito pessoas e concluiu que se tratou de um caso de latrocínio (roubo seguido de morte). O objetivo dos assassinos era roubar o carro de luxo da universitária.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
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