O presidente do Sindicato dos Bancários, Carlos Eduardo Bezerra, explicou que a resistência do movimento grevista resultou em ganho real para a categoria. ''Conseguimos o aumento de 10% no vale refeição, 15% no vale alimentação, licença paternidade de 20 dias para os bancários e um programa que encarece as demissões para o sistema financeiro".
O fim da greve foi sendo votado, em cada banco, no decorrer da assembleia. Os bancários das unidades privadas foram os primeiros a aceitar o encerramento da greve, que depois também foi aceito pelos funcionários dos bancos públicos, como Caixa Econômica e Banco do Brasil.
Carlos Eduardo informou ainda que os bancários terão abono total pelos dias de paralisação. "Nenhum bancário vai precisar compensar nenhuma hora trabalhada, e isso levou os bancários a acompanhar a movimentação. Mais de mil bancários estiveram na votação", disse.
As atividades de 208 agências bancárias, de um total de 259 unidades em Fortaleza, ficaram paralisadas desde o início da greve, deflagrada no último dia 6 de setembro. Até quarta-feira, 5, o Comando Nacional de Greve dos Bancários rejeitou, pelo menos, duas propostas da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
A primeira proposta era reajuste de 6,5% de no salário, no dia 5 de setembro. Quatro dias depois, a Fenaban ofereceu reajuste de 7% mais abono de R$ 3,3 mil a serem pagos em até dez dias após assinatura do acordo. A proposta foi mantida novamente no dia 15, mas foi rejeitada pela categoria.
Em todo o Ceará, a greve contabilizou 76% das agências fechadas no Estado, o que representa 430 unidades paradas, em um total de 562. A paralisação afetou, principalmente, as pessoas que não tinham acesso à Internet e muita desenvoltura com os aplicativos de telefone celular. Essa foi uma saída dos usuários para realizar transações financeiras durante a paralisação.
Em alguns casos, chegou a faltar dinheiro em caixas eletrônicos da Cidade, como foi publicado no O POVO.
AUTOR: O POVO
AUTOR: O POVO
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