A polícia tailandesa deteve neste sábado (29) um homem de 28 anos suspeito de estar relacionado com o atentado à bomba que deixou 20 mortos e mais de cem feridos em um templo hindu em Bangcoc no dia 17 de agosto.
A polícia afirmou inicialmente que o detido se parecia com o principal suspeito de ter deixado a mochila com a bomba no templo. "Ainda não podemos dizer se ele é o homem do retrato falado", afirmou o general Chaktip Chaijinda, vice-chefe da polícia nacional, segundo a AFP.
De acordo com a rede norte-americana CNN, o detido não é homem de camiseta amarela identificado por uma câmera de segurança e que teve o retrato falado amplamente divulgado pela impresa nos dias seguintes ao atentado.
No apartamento em que o suspeito estava, no quarto andar de um prédio no subúrbio de Bangcoc, a polícia também encontrou neste sábado explosivos que podem ter sido usados no atentado.
No apartamento foram encontrados também vários passaportes, por isso, as autoridades ainda não confirmaram a nacionalidade do homem.
"É pouco provável que se trate de um terrorista internacional, mas sim de uma questão particular", assegurou o chefe da polícia nacional, Somyot Poompanmoung, segundo a AFP. Ele teria "ficado com raiva por seus amigos e familiares". Autoridades tailandesas disseram após a explosão que o atentado visava atingir o turismo, importante fonte de renda para o país.
Como foi o ataque
Na ocasião, nenhum grupo reivindicou o ataque de imediato. Para o governo, o atentado visava prejudicar a economia do país. "Os criminosos pretendiam destruir a economia e o turismo, porque o incidente aconteceu no coração do distrito turístico", disse o ministro da Defesa tailandês, Prawit Wongsuwan, à Reuters.
O incidente aconteceu por volta de 19h no horário local (9h no horário de Brasília) perto do templo Erawan Shrine e do cruzamento Rajprasong, onde costumam acontecer protestos na cidade. O templo Erawan Shrine é dedicado ao deus hindu Brahman, mas também é visitado por milhares de fiéis budistas.
A região, que fica ainda perto de vários grandes hotéis e shoppings, é muito frequentada por turistas. Por isso, não está descartada a presença de turistas entre os feridos. A polícia isolou a área. Várias equipes dos bombeiros foram mobilizadas para prestar socorro às vítimas. Pedaços de corpos podiam ser vistos no local.
Motocicletas ficaram completamente destruídas. Um soldado pediu que as pessoas se afastassem e afirmou que estavam checando se haveria uma segunda bomba no local.
Policiais retiram provas do apartamento onde o suspeito foi preso (Foto: Reuters)
Pouco frequente
Embora grupos armados muçulmanos estejam implantados no sul da Tailândia, atentados terroristas não são frequentes em Bangcoc, de acordo com a agência EFE.
As forças tailandesas combatem a insurgência muçulmana no sul, que é predominantemente budista. O país também vem sendo abalado há décadas por uma rivalidade intensa e às vezes violenta entre facções políticas na capital e em outras localidades, segundo a Reuters.
O Exército controla a Tailândia desde maio de 2014, quando depôs um governo eleito depois de meses de manifestações anti-governo às vezes violentas.
Na sexta-feira (28), a polícia tailandesa divulgou uma foto do suspeito de ter jogado um pequeno explosivo de uma ponte no Centro de Bangcoc um dia depois do atentado com bomba diante de um santuário da cidade que deixou ao menos 20 mortos na cidade e mais de 120 feridos na mesma área da capital da Tailândia. Essa segunda bomba caiu na água e não houve feridos.
Policiais e moradores olham para região onde explodiu uma bomba no centro de Bangcoc (Foto: Pornchai Kittiwongsakul / AFP)
AUTOR: G1/SP
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