O administrador de empresas Alex Sandro Pireti Marques, de 40 anos, acredita que possa ter sido a primeira vítima a denunciar a modelo Bruna Cristine Menezes de Castro, de 25 anos. Conhecida como Barbie, ela está presa suspeita de aplicar golpes pelas redes sociais. Em novembro 2013, ele pagou à jovem R$ 3 mil por um celular que nunca recebeu.
"Acho que fui o primeiro a denunciar ela. Quando vi a prisão dela na televisão, fiquei aliviado. Vi que a justiça estava sendo feita mesmo eu não recebendo o meu dinheiro de volta", disse ao G1.
O caso dele é um dos dois que integram um processo de estelionato em que Bruna é acusada. Uma audiência relacionada ao crime está marcada para o dia 8 de setembro, na 11ª Vara Criminal de Goiânia. A sessão será presidida pelo juiz Donizete Martins de Oliveira.
Alex Sandro lembra que chegou a Bruna por meio de uma estagiária da sua mulher, que é advogada. Segundo o administrador, ao comentar que tinha interesse em adquirir um Iphone 5S, a jovem lhe indicou a modelo, dizendo que era sua "amiga de infância".
O administrador foi até o apartamento da modelo na parte da manhã e, após a negociação, repassou R$ 2 mil em dinheiro e fez um depósito de R$ 1 mil na conta da suspeita. A promessa era que o aparelho seria entregue na tarde do mesmo dia, mas isso não ocorreu.
"Fiquei esperando uma ligação dela. Depois, quando entrei em contato, ouvi aquelas histórias, todas iguais. Ela dizia que o tio e o avô estavam doentes e aquilo foi fluindo. Três meses depois eu ainda estava tentando pegar o aparelho. Então, ela disse que devolveria o dinheiro, mas fez um depósito com envelope vazio na minha conta. Foi quando procurei a polícia", conta.
Alex Sandro registrou uma ocorrência no 4º Distrito Policial de Goiânia. Quatro meses depois, uma estudante fez o mesmo após também ter sido enganada por Bruna. Os dois casos se desdobraram no processo judicial.
Revogação de prisão
A modelo foi presa no último dia 11 e segue na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. O advogado dela, Flávio Cavalcante, entrou com pedido de revogação de prisão no dia 14 de agosto, mas foi indeferido pelo promotor de Justiça Joel Pacífico de Vasconcelos.
O representante do Ministério Público de Goiás disse ao G1 que se manifestou contra a soltura da modelo embasado em duas questões: "Primeiro, que o endereço que ela declarou para autoridade policial no momento da prisão é diferente do que consta no pedido de revogação. Ou seja, ela não tem residência fixa, o que dificulta encontrá-la caso necessário.
Mas, o mais importante, é que mesmo após essas primeiras denúncias, ela seguiu praticando a atividade criminosa".
Bruna foi levada algemada para delegacia após prisão (Foto: Vanessa Martins/ G1)
O parecer já foi encaminhado ao Poder Judiciário. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que um juiz recebeu o documento, mas ainda não se posicionou a respeito.
Investigação
A Polícia Civil acredita que mais de 100 pessoas em ao menos sete estados e no Distrito Federal foram enganadas por Bruna. Para que ela pudesse receber o dinheiro das falsas vendas, ela usou contas bancárias de cerca de dez pessoas, que tinham emprestado os dados a ela.
Bruna chegou a mentir que estava com câncer para receber dinheiro do ex-namorado Ryan Balbino, que mora no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, a modelo fingiu ser o próprio pai para dar notícias sobre uma falsa operação para tratar um câncer no útero. O homem revela que depositou mais de R$ 15 mil para o falso tratamento.
A conversa foi registrada em 15 de março de 2012. Cinco dias depois da falsa cirurgia, Bruna pediu mais dinheiro. "Vou precisar comprar o remédio de [R$] 550, se puder ajudar", escreveu. Todos os diálogos do casal constam no inquérito policial que apura o caso. Ele só desconfiou e denunciou a namorada um tempo depois.
Durante a investigação, vítimas comentaram com a jovem da possibilidade de ela ser presa, mas ela desdenhava do procedimento. "Meu orixá é forte", disse em um dos trechos divulgados pela Polícia Civil.
Em outra conversa, uma suposta vítima diz: "Ainda vou te ver atrás das grades". Em tom de ironia, a modelo responde: "Sério amor? kkkkkkk. Será?". Na mesma conversa, a cliente afirma que a jovem "nem sonha como estão as investigações". Porém, a suspeita rebateu: "Aguardo ansiosamente por esse dia".
O parecer já foi encaminhado ao Poder Judiciário. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que um juiz recebeu o documento, mas ainda não se posicionou a respeito.
Investigação
A Polícia Civil acredita que mais de 100 pessoas em ao menos sete estados e no Distrito Federal foram enganadas por Bruna. Para que ela pudesse receber o dinheiro das falsas vendas, ela usou contas bancárias de cerca de dez pessoas, que tinham emprestado os dados a ela.
Bruna chegou a mentir que estava com câncer para receber dinheiro do ex-namorado Ryan Balbino, que mora no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, a modelo fingiu ser o próprio pai para dar notícias sobre uma falsa operação para tratar um câncer no útero. O homem revela que depositou mais de R$ 15 mil para o falso tratamento.
A conversa foi registrada em 15 de março de 2012. Cinco dias depois da falsa cirurgia, Bruna pediu mais dinheiro. "Vou precisar comprar o remédio de [R$] 550, se puder ajudar", escreveu. Todos os diálogos do casal constam no inquérito policial que apura o caso. Ele só desconfiou e denunciou a namorada um tempo depois.
Durante a investigação, vítimas comentaram com a jovem da possibilidade de ela ser presa, mas ela desdenhava do procedimento. "Meu orixá é forte", disse em um dos trechos divulgados pela Polícia Civil.
Em outra conversa, uma suposta vítima diz: "Ainda vou te ver atrás das grades". Em tom de ironia, a modelo responde: "Sério amor? kkkkkkk. Será?". Na mesma conversa, a cliente afirma que a jovem "nem sonha como estão as investigações". Porém, a suspeita rebateu: "Aguardo ansiosamente por esse dia".
Modelo ironizava chances de ser presa: 'Aguardo ansiosamente' (Foto: Reprodução/Instagram)
AUTOR: G1/GO
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