Foram sepultados na tarde deste domingo (9) no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre, as quatro vítimas de uma chacina na madrugada de sábado (8) no bairro Restinga, na Zona Sul da capital. Segundo a Brigada Militar, três mulheres e uma criança foram degoladas.
As vítimas foram identificadas como Sandra Regina Fim, 64 anos, Lauren Fim, 26 anos, Vitória Fim Rodrigues, 17 anos, e um menino de seis anos, que era filho de Lauren. Todos os corpos foram encontrados com marcas de facadas e cortes no pescoço.
O crime deixou os moradores da comunidade no bairro Restinga chocados. A família havia se mudado há cerca de dois meses para a casa localizada na Rua Alameda G. Até os policias que atenderam a ocorrência ficaram impressionados com a brutalidade das mortes.
Vizinhos que preferiram não gravar entrevista disseram que ouviram muitos gritos durante a madrugada, mas o crime só foi descoberto por volta das 6h da manhã quando, os bombeiros foram chamados para apagar um princípio de incêndio na cozinha da casa.
A perícia analisou a casa por mais de duas horas. Os investigadores recolheram indícios pra tentar desvendar o crime. A suspeita da polícia é que os autores tentaram provocar um incêndio pra não deixar vestígios.
O aposentado Leandro Rodrigues, pai de Vitória, relatou que a cunhada Lauren, também vítima da chacina, havia terminado o relacionamento e que o companheiro não teria aceitado a decisão.
“Minha filha trabalhava, era uma filha exemplar. Nunca me deu dor de cabeça. Eu sempre fui pai e mãe deles, dei educação para eles, e agora vem uma coisa dessa aí”, lamentou o aposentado.
O caso está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre. Em protesto contra o parcelamento de salários dos servidores estaduais, a Polícia Civil não passa informações à imprensa sobre o caso.
Segundo a Brigada Militar, existe a suspeita de que mais de uma pessoa tenha participado da chacina. “Dá para notar que não pode ser uma pessoa só que fez isso, deve ter sido mais de uma. Porque do jeito que foi essa tragédia, uma pessoa não conseguiria fazer tudo isso”, afirmou o sargento Luiz Fernando Beltrão no sábado.
AUTOR: G1/RS
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