O estado de saúde da menina de 1 ano que havia se afogado em um balde de água na véspera do natal piorou nesta quarta-feira (2), conforme informou o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. A criança voltou a respirar com ajuda de aparelhos e está inconsciente. Neste domingo (30), ela havia apresentado melhora no estado clínico e os aparelhos haviam sido retirados, segundo a assessoria da unidade de saúde.
O incidente aconteceu em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais. Segundo o Corpo de Bombeiros, a menina ficou desacordada por dez minutos e foi reanimada com ajuda de uma caneta.
Incidente
A família da menina contou que a criança estava na casa de uma tia no momento do acidente. A mãe dela, que tem deficiência auditiva e na fala, estava em casa, que é perto de onde a criança estava. O sargento Moisés Dias de Paula, chefe da guarnição do Corpo de Bombeiros que prestou o socorro à criança, contou ao G1 que o afogamento aconteceu na casa da menina, e que sua mãe não teria conseguido pedir socorro. Neste momento, um garoto da família que estava próximo cumpriu a tarefa de gritar por ajuda e a casa se encheu, mas as tentativas de reanimar a garota não deram certo.
A família acionou o Corpo de Bombeiros, cujo quartel fica a quatro quilômetros de distância. Como a casa fica no alto de uma encosta, em um bairro de difícil acesso, os três bombeiros tiveram que parar o carro ao pé do morro e correr por 100 metros até alcançar a casa da família, cerca de sete minutos depois do chamado, de acordo com o sargento Moisés.
"Se tivéssemos demorado mais três minutos, ela teria falecido", diz ele. "Ela estava em cima de uma mesa, praticamente morta. Fiz massagem cardíaca, desci com ela pela escada, parando de vez em quando para fazer mais massagens e, na viatura, fiz a reanimação cardiopulmonar com uma caneta, porque a cânula não entrava pela boca da criança, que estava muito fechada", relatou o socorrista ao G1. A caneta sem carga foi usada para desobstruir a garganta e, por meio do tubinho da esferográfica, os gases da criança começaram a sair, junto com saliva e sangue.
"Ainda na viatura, ela chorou, se debateu, as pupilas, que estavam dilatadas, voltaram ao normal. Quando chegamos à UPA (Unidade de Pronto-Atendimento), constataram que ela já estava praticamente bem", diz o sargento Moisés.
Quase três horas depois, o helicóptero Arcanjo 1, do Corpo de Bombeiros, buscou a criança e a levou ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, onde ela foi internada. Segundo o sargento Moisés, os médicos do helicóptero já disseram que a criança estava bem àquela hora, sem risco de morrer. Segundo médicos que atenderam a menina, como o socorro foi rápido, ela não deve ficar com sequelas.
O sargento diz que esse tipo de afogamento doméstico é raro e que o último caso parecido ocorreu na cidade no ano passado.
AUTOR: G1/MG
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