Em uma das imagens analisadas pela polícia, um grupo quebra os vidros de uma agência na cidade de Nobres, a 151 quilômetros de Cuiabá. Em seguida, os suspeitos entram no local e utilizam uma barra de ferro para instalar explosivos nos terminais da agência. Em poucos segundos, a dinamite destrói a estrutura ao redor.
Já em uma gravação telefônica autorizada pela Justiça, um dos assaltantes avisa outro comparsa de como ocorreu o crime em uma agência. “É ato terrorista irmão! Pergunta para o 'Pipoca' para você ver”, diz o suspeito. O outro homem responde. “Guri, se eu falar procê o trem é louco demais. Até tremeu o chão!”. Detalha.
Apesar do preparo, nem sempre as quadrilhas conseguem retirar os valores dos terminais. Em uma escuta, o suspeito diz que não obteve êxito em uma ação. “Quantos que ‘racharam’ lá?”, pergunta o suspeito. O que participou da ação responde. “Estourou só uma. Uma caixa tava vazia”, comenta o suspeito.
Grupos aterrorizam pequenas cidades e destroem agências bancárias. (Foto: Reprodução/TVCA)
Em mais uma filmagem, o grupo entra em um banco disfarçado de policiais militares, andam pela agência e vão direto ao setor onde ficam os cofres. Alguns minutos depois vão embora levando vários malotes. As gravações ajudaram a identificar um dos assaltantes mais procurados em Mato Grosso, que acabou preso na Bahia no mês passado.
De acordo com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), a origem desses explosivos já foi identificada. Parte deles é desviado de pedreiras no estado. “Temos todos os líderes [dessas quadrilhas] identificados e monitorados. Portanto eles têm sentido que o cerco policial está fechando. E isso também põem um risco na ação criminosa”, explica o delegado chefe de GCCO, Flávio Stringueta.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, Arilson da Silva, muitos bancários vivem com medo de serem vítimas desse tipo de crime. “Já teve trabalhadores desistindo do meio bancário por conta das atuações do Novo Cangaço. Ele foi vítima e não aguentou o trabalho bancário e mudou de categoria”, conta.
Dados
Conforme os dados do Sindicato dos Bancários, foram registrados 67 ataques a bancos em 2012, sendo que 13 agências foram alvo das açãoes na modalidade "Novo Cangaço", onde bancários e clientes são feitos reféns e usados como "escudo humano" para impedir a ação da polícia durante o assalto. Segundo o último levantamento realizado pela entidade, somente neste neste ano, já foram arrombados 115 terminais eletrônicos no estado.
AUTOR: G1/MT
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