Estes recentes acontecimentos acende o alerta para uma estatística que preocupa autoridades ligadas à viação no Ceará. É registrada uma média mensal de 25 acidentes nas rodovias estaduais, segundo dados divulgados pelas Policiais Rodoviárias Federal (PRF-CE) e Estadual (PRE), sempre com feridos e alguns com óbitos.
Só neste ano, de acordo com a PRF-CE e PRE, foram contabilizados, de janeiro a março deste ano, 76 acidentes com ônibus nas estradas cearenses. Dez pessoas morreram, entre passageiros e motoristas, e outras 27 ficaram feridas.
A quantidade de óbitos já soma quase metade dos registrados nas rodovias federais em 2014 -quando ocorreram 21 - e a mesma quantidade de feridos. Os números do ano passado, entretanto, já estão consolidados.
Em 2014, a marca ficou acima dos acidentes envolvendo coletivos de 2013. Naquele ano, a PRF-CE contabilizou 304 ocorrências, com 16 mortos e 47 feridos. Na época, foram 26 registros por mês, média semelhante à verificada nos três primeiros meses deste ano.
A PRF-CE registrou em 2014 o maior número de casos dos últimos anos. Foram 318 acidentes, que deixaram 21 vítimas e 27 pessoas feridas. O grave desastre envolvendo um ônibus da Viação Princesa dos Inhamuns, no Km 303 da BR-020, na localidade de Jubaia, em Canindé, no dia 18 de março do ano passado, que deixou 17 pessoas mortas e outras 23 machucadas, colaborou para o aumento significativo do índice.
Na época, a empresa informou que o ônibus, que viajava de Boa Viagem com destino a Fortaleza, tinha capacidade para 42 passageiros e apenas 39 lugares ocupados. O motorista disse, logo depois do acidente, que perdeu o controle do veículo ao tentar desviar de uma motocicleta que havia freado bruscamente à sua frente. O laudo emitido pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce) apontou que a manobra feita pelo motorista foi uma das causas do acidente.
Para o chefe do núcleo de comunicação da PRF-CE, Alexsandro Batista, as ocorrências envolvendo ônibus de viagem estão entre as que representam maior grau de letalidade, por se tratar de veículos pesados e que podem transportar até 44 passageiros em uma mesma viagem.
"O risco desse tipo de transporte em acidentes nas rodovias é alto, em razão da própria natureza a que se destina o veículo. A grande estrutura veicular aliada ao excesso de velocidade, sonolência e outros fatores, diminui as possibilidades de manobras defensivas na pista. Então, em caso de emergências, o risco de colisões frontais, saídas da pista e tombamentos é iminente", ressalta Alexcsandro.
Para tentar combater o número de acidentes causados por falhas humanas, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Intermunicipal e Interestadual do Ceará (Sinterônibus) adquiriu um sistema de monitoramento da frota em tempo real. O presidente do Sinterônibus, André Eskinazi, informou que, semestralmente, são realizados treinamentos sobre segurança no trânsito e direção defensiva aos motoristas cearenses. Segundo o presidente, as capacitações servem para auxiliar os condutores durante as viagens.
Por outro lado, André Eskinazi relata que durante as reuniões os motoristas apresentam diversas reclamações em relação ao estado das vias públicas. Dentre as principais queixas, estão a falta de iluminação, os buracos e os inúmeros animais encontrados na pista ao longo das viagens.
Cinto de segurança
Outro item de proteção que muitas vezes é ignorado, principalmente durante longas viagens, é o cinto de segurança. Apesar de ser um equipamento obrigatório, é comum flagrar passageiros desrespeitando a norma. A PRF-CE informou que diversas vidas poderiam ter sido salvas, caso os passageiros estivessem devidamente com cinto.
O presidente do Sinterônibus alegou que os motoristas informam a todos os passageiros sobre o uso obrigatório do cinto de segurança, antes de cada viagem. No entanto, segundo o Sindicato, a fiscalização dentro do veículo é falha e as pessoas acabam tirando o equipamento ao longo do trajeto.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE) informou que as estradas cearenses são fiscalizadas diariamente, a fim de obrigar o uso do item e orientar sobre as demais infrações. Nos ônibus, segundo o Órgão, são colados adesivos que lembrem os passageiros e o motorista sobre o uso obrigatório do cinto.
O Detran informou ainda que diversas multas são aplicadas pela falta do cinto de segurança em viagens interestaduais e intermunicipais, mas, até o fechamento desta edição, os números não foram divulgados.
AUTOR: DN
Só neste ano, de acordo com a PRF-CE e PRE, foram contabilizados, de janeiro a março deste ano, 76 acidentes com ônibus nas estradas cearenses. Dez pessoas morreram, entre passageiros e motoristas, e outras 27 ficaram feridas.
A quantidade de óbitos já soma quase metade dos registrados nas rodovias federais em 2014 -quando ocorreram 21 - e a mesma quantidade de feridos. Os números do ano passado, entretanto, já estão consolidados.
Em 2014, a marca ficou acima dos acidentes envolvendo coletivos de 2013. Naquele ano, a PRF-CE contabilizou 304 ocorrências, com 16 mortos e 47 feridos. Na época, foram 26 registros por mês, média semelhante à verificada nos três primeiros meses deste ano.
A PRF-CE registrou em 2014 o maior número de casos dos últimos anos. Foram 318 acidentes, que deixaram 21 vítimas e 27 pessoas feridas. O grave desastre envolvendo um ônibus da Viação Princesa dos Inhamuns, no Km 303 da BR-020, na localidade de Jubaia, em Canindé, no dia 18 de março do ano passado, que deixou 17 pessoas mortas e outras 23 machucadas, colaborou para o aumento significativo do índice.
Na época, a empresa informou que o ônibus, que viajava de Boa Viagem com destino a Fortaleza, tinha capacidade para 42 passageiros e apenas 39 lugares ocupados. O motorista disse, logo depois do acidente, que perdeu o controle do veículo ao tentar desviar de uma motocicleta que havia freado bruscamente à sua frente. O laudo emitido pela Perícia Forense do Ceará (Pefoce) apontou que a manobra feita pelo motorista foi uma das causas do acidente.
Para o chefe do núcleo de comunicação da PRF-CE, Alexsandro Batista, as ocorrências envolvendo ônibus de viagem estão entre as que representam maior grau de letalidade, por se tratar de veículos pesados e que podem transportar até 44 passageiros em uma mesma viagem.
"O risco desse tipo de transporte em acidentes nas rodovias é alto, em razão da própria natureza a que se destina o veículo. A grande estrutura veicular aliada ao excesso de velocidade, sonolência e outros fatores, diminui as possibilidades de manobras defensivas na pista. Então, em caso de emergências, o risco de colisões frontais, saídas da pista e tombamentos é iminente", ressalta Alexcsandro.
Para tentar combater o número de acidentes causados por falhas humanas, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Intermunicipal e Interestadual do Ceará (Sinterônibus) adquiriu um sistema de monitoramento da frota em tempo real. O presidente do Sinterônibus, André Eskinazi, informou que, semestralmente, são realizados treinamentos sobre segurança no trânsito e direção defensiva aos motoristas cearenses. Segundo o presidente, as capacitações servem para auxiliar os condutores durante as viagens.
Por outro lado, André Eskinazi relata que durante as reuniões os motoristas apresentam diversas reclamações em relação ao estado das vias públicas. Dentre as principais queixas, estão a falta de iluminação, os buracos e os inúmeros animais encontrados na pista ao longo das viagens.
Cinto de segurança
Outro item de proteção que muitas vezes é ignorado, principalmente durante longas viagens, é o cinto de segurança. Apesar de ser um equipamento obrigatório, é comum flagrar passageiros desrespeitando a norma. A PRF-CE informou que diversas vidas poderiam ter sido salvas, caso os passageiros estivessem devidamente com cinto.
O presidente do Sinterônibus alegou que os motoristas informam a todos os passageiros sobre o uso obrigatório do cinto de segurança, antes de cada viagem. No entanto, segundo o Sindicato, a fiscalização dentro do veículo é falha e as pessoas acabam tirando o equipamento ao longo do trajeto.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE) informou que as estradas cearenses são fiscalizadas diariamente, a fim de obrigar o uso do item e orientar sobre as demais infrações. Nos ônibus, segundo o Órgão, são colados adesivos que lembrem os passageiros e o motorista sobre o uso obrigatório do cinto.
O Detran informou ainda que diversas multas são aplicadas pela falta do cinto de segurança em viagens interestaduais e intermunicipais, mas, até o fechamento desta edição, os números não foram divulgados.
AUTOR: DN
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