Palestinos ajudam um ferido após ataque ao mercado em Shejaiya (Foto: MAHMUD HAMS / AFP)
Um ataque contra um mercado nos arredores da cidade de Gaza deixou mortos e feridos nesta quarta-feira (30). Ao menos 15 pessoas morreram e 150 se feriram de acordo com informações passadas à AFP pelo porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra.
A Reuters cita 17 mortos no ataque, e um total de 96 palestinos mortos durante esta quarta.
O ataque atingiu um mercado muito frequentado em Shejaiya, entre Gaza e a fronteira israelense, e ocorreu durante a trégua anunciada por Israel, segundo al-Qudra.
Moradores disseram à agência Reuters que tropas israelenses dispararam contra o local e que dois mísseis caíram na área também. Uma porta-voz do Exército israelense informou que estava checando o que ocorreu.
Colunas de fumaça negra cobriam a área, enquanto ao menos cinco ambulâncias se apressavam para chegar ao local do ataque, onde corpos jaziam espalhados pelo chão, segundo um correspondente da AFP.
Um prédio vizinho em chamas expelia muita fumaça e a rua estava repleta de destroços. Médicos trabalhavam freneticamente para recuperar os feridos e mortos.
Também nesta quarta, três soldados israelenses morreram em uma operação em Gaza, segundo o exército. Um muro desabou sobre militares que participavam de operação no território controlado pelo movimento Hamas, matando três deles e ferindo outros 15.
Com essas mortes, sobe para 56 o número de soldados israelenses mortos desde o início do conflito em 8 julho.
O Exército israelense havia anunciado uma trégua humanitária de quatro horas em Gaza, válida a partir das 15h locais (9h de Brasília), mas ela não se aplicaria às zonas onde os soldados "estão atualmente em operação".
O Exército também havia pedido que "os habitantes não voltem às zonas em que há uma ordem de evacuação" e advertiu que responderá a "qualquer tentativa de atentar contra soldados ou civis israelenses".
A medida foi recebida como "sem valor" pelo movimento islamita palestino Hamas, porque não inclui as zonas de combate onde o Exército está presente no terreno.
Segundo o Exército, durante a trégua os militantes de Gaza dispararam 26 foguetes contra Israel, dois deles interceptados sobre Ashkelon e Netivot.
Outros ataques
Ainda durante a trégua, sete palestinos morreram em um ataque aéreo perto de Khan Yunès, no sul da Faixa de Gaza. As sete vítimas morreram em Abasan.
O dia em Gaza foi de fortes combates e muitas mortes de palestinos. O ataque mais grave até então ocorreu em uma escola da ONU em Jabaliya, com pelo menos 20 mortos.
Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, especialmente em Jabaliya, após a advertência do Exército israelense sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros.
No total, cerca de 180 mil habitantes do território palestino estão refugiados, em condições muito precárias, nas 83 escolas geridas pela UNRWA. A agência da ONU acusou o Exército de Israel de "grave violação do direito internacional" depois do ataque.
AUTOR: G1/SP
Um ataque contra um mercado nos arredores da cidade de Gaza deixou mortos e feridos nesta quarta-feira (30). Ao menos 15 pessoas morreram e 150 se feriram de acordo com informações passadas à AFP pelo porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra.
A Reuters cita 17 mortos no ataque, e um total de 96 palestinos mortos durante esta quarta.
O ataque atingiu um mercado muito frequentado em Shejaiya, entre Gaza e a fronteira israelense, e ocorreu durante a trégua anunciada por Israel, segundo al-Qudra.
Moradores disseram à agência Reuters que tropas israelenses dispararam contra o local e que dois mísseis caíram na área também. Uma porta-voz do Exército israelense informou que estava checando o que ocorreu.
Colunas de fumaça negra cobriam a área, enquanto ao menos cinco ambulâncias se apressavam para chegar ao local do ataque, onde corpos jaziam espalhados pelo chão, segundo um correspondente da AFP.
Um prédio vizinho em chamas expelia muita fumaça e a rua estava repleta de destroços. Médicos trabalhavam freneticamente para recuperar os feridos e mortos.
Também nesta quarta, três soldados israelenses morreram em uma operação em Gaza, segundo o exército. Um muro desabou sobre militares que participavam de operação no território controlado pelo movimento Hamas, matando três deles e ferindo outros 15.
Com essas mortes, sobe para 56 o número de soldados israelenses mortos desde o início do conflito em 8 julho.
O Exército israelense havia anunciado uma trégua humanitária de quatro horas em Gaza, válida a partir das 15h locais (9h de Brasília), mas ela não se aplicaria às zonas onde os soldados "estão atualmente em operação".
O Exército também havia pedido que "os habitantes não voltem às zonas em que há uma ordem de evacuação" e advertiu que responderá a "qualquer tentativa de atentar contra soldados ou civis israelenses".
A medida foi recebida como "sem valor" pelo movimento islamita palestino Hamas, porque não inclui as zonas de combate onde o Exército está presente no terreno.
Segundo o Exército, durante a trégua os militantes de Gaza dispararam 26 foguetes contra Israel, dois deles interceptados sobre Ashkelon e Netivot.
Outros ataques
Ainda durante a trégua, sete palestinos morreram em um ataque aéreo perto de Khan Yunès, no sul da Faixa de Gaza. As sete vítimas morreram em Abasan.
O dia em Gaza foi de fortes combates e muitas mortes de palestinos. O ataque mais grave até então ocorreu em uma escola da ONU em Jabaliya, com pelo menos 20 mortos.
Muitos civis palestinos se refugiaram nas escolas da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos, especialmente em Jabaliya, após a advertência do Exército israelense sobre a possibilidade de bombardeios em massa contra seus bairros.
No total, cerca de 180 mil habitantes do território palestino estão refugiados, em condições muito precárias, nas 83 escolas geridas pela UNRWA. A agência da ONU acusou o Exército de Israel de "grave violação do direito internacional" depois do ataque.
AUTOR: G1/SP
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