O estudante Bruno Eusébio dos Santos (26) afirmou, em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (26), que assassinou o cearense José Leandro Pinheiro (21), com quem dividia um quarto.
À Divisão de Homicídios (DH) e em companhia dos pais sergipanos, Bruno alegou que sofria bullying e, por isso, assassinou José Leandro. Em coletiva, o delegado Rivaldo Barbosa salientou que não há detalhes nem garantias do tipo de humilhação que o estudante possa ter sofrido.
Em depoimento que durou 15 horas, Bruno Eusébio afirmou não ter muitas recordações do crime, uma vez que, antes e depois do ocorrido, ingeriu remédios e tranquilizantes. Após cometer o assassinato, Bruno tentou o suicídio.
"Ouvimos os 13 moradores da república e nenhum deles apontou que o jovem sofria bullying, mas todos disseram que ele era muito introspectivo, calado e estudava sempre com fone de ouvido", disse o delegado. Segundo Barbosa, Santos não disse em que circunstâncias sofria bullying. Ele deve ser encaminhado para o presídio de Bangu 2, onde vai passar por uma triagem que vai definir em qual penitenciária vai cumprir pena.
O pai da vítima, o agricultor Nestor Pinheiro, de 48 anos, esteve no Instituto Médico-Legal (IML) no Centro do Rio. O corpo de Pinheiro será removido neste sábado (27) para a sua cidade natal, Deputado Irapuan Pinheiro, no Ceará. Segundo o agricultor, o sonho do filho era ser professor universitário de Matemática. "O sonho dele acabou. Era um sonho que todo pai quer ver", disse ele.
Assassinato
O estudante cearense José Leandro, da Escola de Matemática Aplicada (Impa), foi encontrado morto na quinta-feira (25) no interior de uma república, no Jardim Botânico, zona sul do Rio de Janeiro/RJ.
Natural de Deputado Irapuan Pinheiro, José estava caído em seu quarto com um ferimento na cabeça e uma facada no peito. Segundo policiais militares do 23º Batalhão da Polícia Militar (Leblon) houve uma festa no local.
AUTOR: DN
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