O Conselho Permanente de Justificação da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário do Ceará decidiu, nesta quinta-feira (24), pela demissão de um oficial da Polícia Militar que comandou sessão de tortura contra um adolescente. O crime de abuso de autoridade e violência ocorreu em agosto do ano passado e acabou sendo filmado e as imagens divulgadas na Imprensa e em redes sociais.
O tenente da PM Leonardo Jader Gonçalves Lírio foi considerado “incapacitado e definitivamente inabilitado para permanecer no Serviço Ativo da Polícia Militar”, de acordo com a decisão tomada, ontem, pelos membros do 1º Conselho Permanente Militar da Controladoria Geral de Disciplina e Justificação.
Ata da sessão do Conselho de Justificação da CGD formaliza a decisão. O oficial Leonardo Jader Gonçalves Lírio foi considerado culpado
A decisão foi unânime de todos os membros da entidade. Caberá agora ao Comando Geral da PM a elaboração de um relatório conclusivo do caso para que o governador Camilo Santana assine o ato de expulsão do oficial.
Tortura
O crime ocorreu na manhã do dia 28 de agosto de 2018, quando várias patrulhas da Polícia Militar faziam uma operação no bairro Bela Vista, em Fortaleza, para localizar armas e drogas escondidas por traficantes da região. Durante as buscas, uma patrulha da PM deteve um adolescente morador do bairro e o levou até um terreno baldio, onde ele passou a ser torturado pelos militares.
Durante cerca de 30 minutos o garoto é torturado e desmaia por conta da asfixia
Moradores de casas próximas usaram a câmera de seus celulares para filmar a tortura. O garoto e jogado no chão e sufocado com um saco plástico com água, provocando o seu sufocamento (asfixia mecânica) . O método de tortura é conhecido na linguagem policial como “saco”.
Os PMs exigiam que ele revelasse onde estavam os traficantes, as armas e drogas.
Além do “saco”, o garoto sofreu espancamentos.
Prisão
Na investigação realizada pela CGD foram indiciados o tenente Leonardo Jader Lírio e outros três PMs que teriam colaborado ou sido omissos durante a sessão de torturas. São eles: Jean Claude Rosa dos Santos, Carlos Henrique dos Santos Uchoa e José Alexandre Sousa da Costa.
Em julho último, a pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão do tenente, por ele ter ameaçado uma testemunha do caso que foi depor na CGD.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
Prisão
Na investigação realizada pela CGD foram indiciados o tenente Leonardo Jader Lírio e outros três PMs que teriam colaborado ou sido omissos durante a sessão de torturas. São eles: Jean Claude Rosa dos Santos, Carlos Henrique dos Santos Uchoa e José Alexandre Sousa da Costa.
Em julho último, a pedido do Ministério Público, a Justiça decretou a prisão do tenente, por ele ter ameaçado uma testemunha do caso que foi depor na CGD.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
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