O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri de Fortaleza se reuniu, ontem, no Fórum Clóvis Beviláqua. O julgamento durou cerca de oito horas FOTO: KIKO SILVA
Após quase 20 anos, o engenheiro Egberto Carneiro da Cunha Neto foi condenado a 14 anos de reclusão por coautoria intelectual do assassinato do empresário Ronaldo Castro Barbosa, ocorrido em junho de 1995. Ainda cabe recurso da decisão.
O julgamento durou cerca de oito horas e foi presidido pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira. Os trabalhos do Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri de Fortaleza tiveram início às 8h e se encerraram por volta das 16h de ontem, no Fórum Clóvis Beviláqua.
Os jurados, por maioria de votos, acataram a tese da acusação, patrocinada pela promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão e pelo assistente Alexandre Dantas. O réu Egberto Carneiro foi condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e surpresa), realizado em concurso de agentes (quando duas ou mais pessoas participam da infração penal).
Os advogados de defesa Clayton Marinho e Juvenal Lamartine defenderam a tese de negativa de autoria, afirmando que o acusado não teve participação no crime. Ao final do julgamento, a defesa anunciou que irá recorrer da decisão, que, segundo eles, teria sido "contrária à prova dos autos".
O executivo Ronaldo Castro foi morto no dia 6 de junho de 1995, na Rua Costa Barros, bairro Aldeota, em Fortaleza. A vítima, à época presidente da Construtora Colmeia, foi abordado quando tentava entrar no veículo dele, estacionado próximo à empresa. Conforme o processo, um homem armado disparou duas vezes atingindo a cabeça da vítima e fugiu, em moto guiada por um comparsa.
Primeiro julgamento
O réu Egberto Carneiro já havia sido julgado pelo mesmo crime, em 2007, quando também foi condenado a 14 anos de reclusão. No entanto, o primeiro júri foi anulado por decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que julgou procedente recurso ajuizado pela defesa.
Também já foram condenados por participação no homicídio os réus Francisco Xavier Feitosa (16 anos de reclusão), João Wabner Silva (14 anos de prisão) e Valdenor Guimarães (14 anos de reclusão).
AUTOR: DN
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