Juazeiro do Norte. Um princípio de rebelião na Cadeia Pública deste Município (495Km de Fortaleza) terminou com a transferência de 159 detentos para a Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (PIRC), e oito feridos encaminhados para o Hospital Regional do Cariri (HRC).
Os presos reclamavam de maus tratos e restrições relacionadas à visita e a entrada de objetivos pessoais, além das péssimas condições da cadeia.
O motim iniciado por volta das 3 horas de ontem, com a queima de colchões e várias celas destruídas, foi contido pela Polícia Militar por volta das 7h30, quando os presos começaram a serem transferidos. Dois homens, acusados de estupro, foram mantidos como reféns pelos próprios presos até o começo da manhã.
Parte da estrutura do prédio da cadeia pública se encontra em reformas e um dos grandes problemas atualmente tem sido ocasionado pela superlotação, além das condições precárias de funcionamento. A lotação ideal seria de 97 detentos. Há mais de 30 anos que o local não passava por uma reforma.
Dos oito presos feridos, um deles teve duas perfurações à bala na perna e passou por cirurgia. A operação policial envolveu mais de 200 policiais militares, civis, Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal. A Polícia, juntamente com representantes da Justiça, Ministério Público e imprensa, negociou com os presos rebelados, e só depois disso eles começaram a sair do prédio em grupos de cinco. Somente por voltadas 10 horas foram finalizadas as transferências.
Operação
Cerca de 12 policiais do Ronda do Quarteirão foram os primeiros a chegar no local, mas uma das celas já havia sido aberta pelos presos. Com isso, os policiais recuaram e pediram reforço. As ruas em volta da delegacia foram isoladas, para não haver fuga em massa. A chuva no momento do motim acabou dificultando a ação dos policiais do 2° Batalhão, que mobilizou a Força Tática de Apoio (FTA), além do Ronda e do Policiamento Ostensivo Geral (P.O.G.).
AUTOR: DN
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