Das 11 cidades fronteiriças com outros estados e que sofreram ataques nos últimos anos, sete levam ao Piauí. “É onde sofremos mais porque o nosso policiamento é um e o de lá é quase nenhum”, frisa o comandante da PM cearense, coronel Werisleik Pontes Matias.
Ao lado do baixo efetivo policial, ele coloca as divisas como fragilidade do sistema de segurança. Mas pondera a existência de melhorias, como a criação do Comando Tático Rural, voltado para o combate ao crime organizado no Interior.
Werislek ressalta também a aquisição de três helicópteros para a PM atuar fora da Capital. Um deles fica justo no Sertão Central. Os demais têm base nas regiões Norte e do Cariri. “Vai acabar com o assalto a banco agora? Não. Esse é o tipo de política para médio prazo”.
De acordo com o comandante, 52 pessoas foram presas em 2012 por envolvimento em ataques a bancos. Em 2011, foram 78. Para reduzir os índices relativos ao Piauí, ele diz que a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social mantém contato constante com o estado vizinho.
Atual titular da SSP do Piauí, Robert Rios Magalhães disse ao O POVO nunca ter sido procurado pela SSPDS do Ceará para traçar estratégias. Ele já comandou a pasta em quatro ocasiões. “As quadrilhas não usam o Piauí como rota. Pelo contrário! Quando tem assalto aí, nós fechamos as nossas divisas. Se temos problema, é porque as fronteiras da Bahia, Pernambuco e Ceará estão descobertas”, contesta Rios, assegurando batalhões “em quase todas as divisas do Piauí”.
FONTE O Povo, com imagem de BrasilPortais
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