A filha do contraventor Waldomir Paes Garcia, o "Maninho", foi baleada em frente a um shopping na Avenida das Américas, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (8). A polícia investiga se a ação contra Shanna Harrouche Garcia Lopes foi uma tentativa de homicídio.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para socorrer uma mulher baleada na via, em frente ao Blue Center Mall, por volta das 10h30. Apesar do veículo ser blindado, Shanna foi atingida por tiro no braço e no abdômen, quando estava entrando no carro.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Shanna está no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, com estado de saúde estável.
Quando os agentes chegaram ao local, o suspeito de ter efetuado os disparos já tinha fugido. A Polícia Civil realiza perícia no local.
Histórico de crimes na família
Em abril de 2017, o irmão de Shana, Myro Garcia, de 27 anos, foi assassinado. Filho do bicheiro e ex-patrono da Acadêmicos do Salgueiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, ele teria sido executado na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Em 12 de abril de 2017, Myrinho foi sequestrado ao sair da academia onde malhava, na Barra da Tijuca. Ele se apresentava como jogador de pôquer e fazia muitas viagens internacionais para participar de torneios, chegando a ganhar US$ 65 mil numa competição no Chile. Por isso, ele não costumava ter sua imagem ligada ao jogo do bicho.
Ele foi morto pelos sequestradores, ao deixar o carro dos suspeitos, logo após pagar o resgate.
Myro tinha 15 anos quando viu seu pai ser assassinado, em setembro de 2004. Ele e Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, haviam acabado de deixar a academia de ginástica Body Planet, na Freguesia, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, quando o pai foi alvo de disparos. Myrinho foi atingido, mas sobreviveu.
Na época, Maninho tinha 42 anos e respondia por vários crimes, entre eles formação de quadrilha e contrabando, pelo qual foi condenado há seis anos de prisão em 1993, peja juíza Denise Frossard. Passou três anos e meio, sendo solto em outubro de 1996.
Maninho era presidente do Conselho Fiscal da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na ocasião. Conhecido por ser violento, arrogante e mulherengo, Maninho era temido até pelos bicheiros da velha-guarda.
Seu envolvimento com atividades criminosas ia além do jogo do bicho. Também era dele parte do negócio de caça-níquéis, especialmente os instalados em Copacabana, na Zona Sul.
No Salgueiro, sucedeu ao pai Waldemir Garcia, o Miro, na função de patrono. E exerceu seu poder com mão de ferro. Miro era presidente de honra do Salgueiro e membro da cúpula do jogo de bicho no Rio de Janeiro e em outros estados brasileiros. Ele morreu de infecção pulmonar, aos 77 anos, 34 dias após o assassinato de Maninho. Miro estava doente e quase cego.
Após a morte de Maninho, o irmão dele Alcebíades Garcia, o Bid, assumiu os negócios da família e o cargo de patrono do Salgueiro. Desde então, iniciou-se uma guerra com várias mortes pelo controle do espólio da família Garcia.
AUTOR: G1/RJ
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