Os dois criminosos que participaram do sequestro e morte do metalúrgico Renan Fogaça Alípio, 22, na noite de 15 de outubro, foram identificados pelo DHPP (departamento de homicídios), da Polícia Civil de São Paulo.
Um deles foi reconhecido via fotografia por uma testemunha que viu a vítima ser levada da porta de sua casa, no bairro Pedreira, zona sul de São Paulo.
Dos dois acusados pelo sequestro e morte de Alípio, um já está detido, mas por outros crimes. Ele tem 17 anos e está internado na Fundação Casa por envolvimento em outro sequestro relâmpago. A polícia o acusa de ter atirado contra Fogaça.
O adulto é procurado pela polícia, que acredita que outros dois jovens participaram do crime ao dar cobertura para a fuga dos dois criminosos já identificados. Os nomes deles ainda não foram divulgados.
O jovem de 17 anos também foi gravado pelas câmeras de segurança de uma agência bancária onde fez saques em dinheiro da conta de Fogaça.
O caso de Alípio teve repercussão nacional porque seus familiares só o encontraram, já internado em um hospital e em estado grave, depois de colocar um apelo na rede social Facebook. Ele foi levado pelos dois criminosos quando estava em seu carro, um Ford Fiesta. O carro do metalúrgico foi encontrado pela polícia no dia 18 de outubro, perto de Diadema (ABC).
No dia seguinte ao sumiço de Alípio, a técnica de radiologia Karina Fogaça Alípio, 31, irmã do metalúrgico, colocou o pedido de ajuda no Facebook, com a foto do metalúrgico. Ela pediu que a mensagem fosse replicada pelos usuários da rede social.
"Pessoal, meu irmão, Renan Fogaça, foi sequestrado ontem [sábado], às 21:15 da noite. Até agora nenhuma notícia. Ele estava no carro dele, um Fiesta Hatch, vermelho.... Favor verificar com amigos e compartilhar no Facebook...", foi a mensagem que cerca de 90 mil pessoas retransmitiram.
A mensagem chegou à pagina de algum funcionário do hospital de Diadema onde Alípio havia sido socorrido (na madrugada do dia 16) e sua família foi avisada sobre seu paradeiro, um dia antes de sua morte, que aconteceu no dia 18 de outubro.
Os criminosos fizeram três saques com o cartão de Alípio antes de atirar nele. As imagens das câmeras de seguranças das agências onde estavam os caixas eletrônicos usados pelos criminosos foram usadas pela polícia para identificá-los.
Alípio foi achado ferido e sem documentos na divisa entre a cidade de São Paulo e Diadema. A mulher que encontrou o jovem caído na rua disse que ele esperou cerca de 40 minutos até a chegada de socorro.
Inicialmente, a polícia suspeitava que o metalúrgico tinha sido vítima de uma vingança e não de um sequestro relâmpago, mas a investigação provou justamente o contrário.
Quando foi questionada sobre os motivos da mensagem no Facebook, Karina disse que apelou por causa do "descaso da polícia". "Duas horas depois de eu ter registrado o sumiço dele, o hospital ligou para o 98º DP [Jardim Miriam] para perguntar se a polícia procurava alguém com as características do meu irmão, mas ninguém fez nada", disse Karina, chorando.
DELEGADO AFASTADO
Por conta das falhas na investigação no caso de Alípio, principalmente nas horas seguintes ao seu sumiço, já que a irmã dele narrou à Polícia Civil que uma testemunha tinha visto quando ele foi levado por dois criminosos, o então delegado chefe do 98º DP (Jardim Miriam), Iraí Santos de Paula, foi afastado do cargo.
A possível omissão dos policiais da equipe do delegado é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil.
AUTOR: G1
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