As vítimas que denunciaram o médico José Hilson de Paiva por crimes sexuais, em Uruburetama, (onde o acusado também é prefeito afastado) e Cruz, no interior do Ceará, estão sofrendo perseguição, discriminação e não estão tendo atendimento médico, de acordo com o Ministério Público do Ceará (MPCE).
O médico foi preso e denunciado pelo Ministério Público por estupro após reportagem do programa Fantástico, que exibiu vídeos e denúncias de vítimas. Além da investigação criminal, José Hilson foi afastado da Prefeitura de Uruburetama pela Câmara Municipal.
As denúncias feitas contra ele, que filmava as pacientes durante as consultas, dão conta de que os atos eram cometidos desde a década de 1980, em Uruburetama e Cruz.
Médico e prefeito de Uruburetama filmava pacientes enquanto cometia abusos sexuais Foto: Reprodução/TVM
Segundo a coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (Nuavv) do MPCE, a promotora de Justiça Joseana França, a disputa política, principalmente em Uruburetama, provoca retaliações às mulheres que denunciaram os crimes sexuais, por parte de apoiadores do prefeito afastado.
"A gente faz um acompanhamento dessas mulheres, já fomos a Uruburetama e Cruz. A gente percebe que há uma briga política muito grande por lá. Além disso, tem o próprio estigma da cidade. Eu acredito que grande parte dos casos ainda não conhecemos. A gente viu como elas estão pressionadas, assustadas, com sequelas dessa violência", afirma Joseana França.
O Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (Nuavv) do MPCE se reuniu com a vice-governadora do Estado, Izolda Cela, na tarde da última sexta-feira (6), para apresentar os problemas encontrados pelo órgão.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (Nuavv) do MPCE, a promotora de Justiça Joseana França, a disputa política, principalmente em Uruburetama, provoca retaliações às mulheres que denunciaram os crimes sexuais, por parte de apoiadores do prefeito afastado.
"A gente faz um acompanhamento dessas mulheres, já fomos a Uruburetama e Cruz. A gente percebe que há uma briga política muito grande por lá. Além disso, tem o próprio estigma da cidade. Eu acredito que grande parte dos casos ainda não conhecemos. A gente viu como elas estão pressionadas, assustadas, com sequelas dessa violência", afirma Joseana França.
O Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (Nuavv) do MPCE se reuniu com a vice-governadora do Estado, Izolda Cela, na tarde da última sexta-feira (6), para apresentar os problemas encontrados pelo órgão.
Também estiveram presentes o procurador-geral de Justiça Plácido Rios e os promotores de Justiça Humberto Ibiapina, coordenador do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc); Francisco Gomes Câmara, integrante do Nuinc; e Ana Cláudia de Oliveira, integrante do Núcleo Estadual de Gênero Pró-Mulher (Nuprom).
A promotora de Justiça relata que as mulheres também têm sofrido para conseguir atendimento médico. "Essa rede de acolhimento é municipalizada e elas não têm acesso. A gente foi conversar com a vice-governadora (Izolda Cela) para encaminhar para uma cidade próxima que tenha uma Policlínica. Pensamos também em um grupo multidisciplinar para ir lá atender essas mulheres", completa Joseana.
A defesa de José Hilson, representada pelo advogado Leandro Vasques, criticou o posicionamento do MPCE. "Impressionante como precisam manter a chama acesa do caso na mídia, mas isso é até compreensível, ainda mais diante da frustração de após todo aquele estardalhaço apenas duas vítimas figurarem na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Uruburetama, o que deve ser apurado e refutado durante a ação penal".
Ainda de acordo com a defesa, a dificuldade encontrada pelas vítimas no atendimento médico diz respeito a nova administração de Uruburetama. "Alerto logo, a oposição política de Hilson Paiva vai prosseguir semeando acusações fabricadas e criando factoides para induzir autoridades em erro, restando a estas filtrarem isso", completa.
AUTOR: G1/CE
A promotora de Justiça relata que as mulheres também têm sofrido para conseguir atendimento médico. "Essa rede de acolhimento é municipalizada e elas não têm acesso. A gente foi conversar com a vice-governadora (Izolda Cela) para encaminhar para uma cidade próxima que tenha uma Policlínica. Pensamos também em um grupo multidisciplinar para ir lá atender essas mulheres", completa Joseana.
A defesa de José Hilson, representada pelo advogado Leandro Vasques, criticou o posicionamento do MPCE. "Impressionante como precisam manter a chama acesa do caso na mídia, mas isso é até compreensível, ainda mais diante da frustração de após todo aquele estardalhaço apenas duas vítimas figurarem na denúncia oferecida pelo Ministério Público de Uruburetama, o que deve ser apurado e refutado durante a ação penal".
Ainda de acordo com a defesa, a dificuldade encontrada pelas vítimas no atendimento médico diz respeito a nova administração de Uruburetama. "Alerto logo, a oposição política de Hilson Paiva vai prosseguir semeando acusações fabricadas e criando factoides para induzir autoridades em erro, restando a estas filtrarem isso", completa.
AUTOR: G1/CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
IMPORTANTE
Todos os comentários postados neste Blog passam por moderação. Por este critério, os comentários podem ser liberados, bloqueados ou excluídos.
O TIANGUÁ AGORA descartará automaticamente os textos recebidos que contenham ataques pessoais, difamação, calúnia, ameaça, discriminação e demais crimes previstos em lei. GUGU