Derrubado no chão sob puxões de cabelos, o menino de 13 anos olha aterrorizado para a câmera. No rosto, tem hematomas e marcas do chão de terra, onde foi morto. Como último ato antes do homicídio, sendo chamado de “verme” e “zé ruela”, ele é obrigado a mostrar os dedos da mão direita, onde tem marcas de uma facção criminosa. Em seguida, um dos executores aponta uma arma para a cabeça do garoto e dispara.
No vídeo, divulgado em redes sociais, há os segundos finais da vida de uma das vítimas da chacina de quatro adolescentes que estavam sob tutela do Estado, no Centro de Semiliberdade Mártir Francisca, na Sapiranga. Além dele, havia um menino de 15 anos e dois de 16.
As imagens não identificam os criminosos. Contudo, a Polícia Civil estima que pelo menos quatro estariam envolvidos diretamente na ação, na madrugada de segunda-feira, 13.
As investigações apuraram que, por trás das câmeras, havia homens encapuzados. Um, que tem 18 anos, foi identificado, preso e confessou, ontem, participação no crime. Contudo, negou que tenha atirado nas vítimas. Com o jovem foram encontrados revólver, munição, cocaína.
A Polícia Civil continuará com as investigações.
Executor
Assim como as vítimas, o homem preso passou pelo sistema socioeducativo. As informações foram as únicas repassadas pelo delegado Leonardo Barreto, diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para não atrapalhar as investigações.
Agora, o acusado irá responder por participação em organização criminosa, homicídio duplamente qualificado, receptação, posse ilegal de arma de fogo e de entorpecente.
Conforme o delegado, o preso explicou que a motivação do crime foi disputa entre facções. “Os alvos eram mesmo os indivíduos que foram retirados (do centro) e assassinados. Foi uma ação pontual”, disse. Ao todo, seis pessoas foram retiradas da unidade, mas duas foram poupadas. (Igor Cavalcante)
Saiba mais
O Fórum Popular da Segurança Pública do Ceará lançou nota de repúdio à execução dos adolescentes. O grupo ressalta que notificação de ameaças sofridas pelos jovens tinha sido encaminhada ao Estado pela Vara de Execuções pedindo reforço de segurança nas unidades. “Este episódio configura-se como uma tragédia largamente anunciada”, afirma em nota.
A entidade pede que o caso seja investigado rigorosamente e que todas as providências legais e institucionais sejam tomadas.
Questionado sobre as denúncias antecipando a matança, o delegado geral da Polícia Civil, Everardo Lima, negou que o Estado tivesse conhecimento das ameaças sofridas pelos jovens. “Oficialmente, o sistema da Segurança Pública não tinha essa informação. Evidentemente, se fosse de conhecimento do sistema, as providências seriam sido tomadas”, afirmou.
AUTOR: O POVO
Conforme o delegado, o preso explicou que a motivação do crime foi disputa entre facções. “Os alvos eram mesmo os indivíduos que foram retirados (do centro) e assassinados. Foi uma ação pontual”, disse. Ao todo, seis pessoas foram retiradas da unidade, mas duas foram poupadas. (Igor Cavalcante)
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O Fórum Popular da Segurança Pública do Ceará lançou nota de repúdio à execução dos adolescentes. O grupo ressalta que notificação de ameaças sofridas pelos jovens tinha sido encaminhada ao Estado pela Vara de Execuções pedindo reforço de segurança nas unidades. “Este episódio configura-se como uma tragédia largamente anunciada”, afirma em nota.
A entidade pede que o caso seja investigado rigorosamente e que todas as providências legais e institucionais sejam tomadas.
Questionado sobre as denúncias antecipando a matança, o delegado geral da Polícia Civil, Everardo Lima, negou que o Estado tivesse conhecimento das ameaças sofridas pelos jovens. “Oficialmente, o sistema da Segurança Pública não tinha essa informação. Evidentemente, se fosse de conhecimento do sistema, as providências seriam sido tomadas”, afirmou.
AUTOR: O POVO
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