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Pelo menos 11 piauienses foram vítimas de pessoas com aparente transtorno mental entre novembro do ano passado e novembro deste ano, segundo levantamento feito pelo PortalODia.com de casos que ganharam repercussão no Estado. Entre as vítimas, sete pessoas foram assassinadas, quatro ficaram gravemente feridas.
Há ainda o registro de uma ameaça de chacina nas escolas do município de Luzilândia. As outras ocorrências foram registradas em Monsenhor Gil, em Teresina e o caso mais recente, em São Miguel do Tapuio. Ao todo, três acusados de cometerem os crimes foram presas, sendo que dois estão sob acompanhamento psiquiátrico.
Homem do Espeto
O modo de ataque de A.M. era sempre o mesmo: ele abordava crianças que via passando na rua e desferia um golpe de espeto na altura do abdômen. O pai de uma das vítimas chegou a chama-lo de ‘serial killer’ durante depoimento à polícia. O inquérito do caso foi encerrado em novembro do ano passado quando ele foi transferido para a Casa de Custódia.
A.M. passou um tempo sob acompanhamento médico no Hospital Valter Alencar, na penitenciária Major César. De lá, foi pedida sua transferência para um hospital clínico sob suspeita de doença renal. Ele foi encaminhado para o HUT, depois para o HU e por fim, foi levado para o Hospital Areolino de Abreu onde passa por acompanhamento psiquiátrico.
Caso de Monsenhor Gil
W. foi preso por equipes do 1º e do 6º BPM de Teresina após diligências. Na ocasião, o jovem parecia se divertir com a situação em que se encontrava ao posar para as fotos de sua ficha criminal do 18º Distrito Policial. Segundo populares de Monsenhor Gil, o rapaz apresentava sérios transtornos mentais e seria usuário de droga.
Após passar umas semanas detido na delegacia do município, W. acabou sendo transferido para o Hospital Areolino de Abreu onde, assim como A.M, passa por acompanhamento psiquiátrico.
Nego da Beatriz
Nego da Beatriz, como era conhecido Geovane, já havia sido preso por pelo menos três homicídios praticados em Luzilândia e também por uma série de roubos na cidade. Por conta das ameaças que teria feito, cerca de 10 mil crianças do município passaram quase um mês sem aulas.
No dia 15 de agosto, após uma semana de negociações com a polícia, Geovane se apresentou na delegacia, acompanhado da esposa e de um advogado. Ele negou todas as acusações. À época, o delegado Maycon Kaestner, que presidia o caso, disse que sua prisão se dava não em razão das ameaças de chacina, mas dos outros crimes que ele teria praticado na região. Só depois que Geovane foi tirado da cidade, as aulas nas escolas puderam voltar ao normal.
Geovane foi transferido uma semana depois para a Penitenciária de Esperantina, onde permanece detido até hoje dividindo uma cela com outros presos. Segundo o capitão Costa Neto, que dirige o presídio, ele apresenta bom comportamento e ajuda nas atividades internas do local.
Chacina de São Miguel do Tapuio
Clewilson continua foragido e há quatro dias a Polícia Militar mobiliza equipes para reforçar a segurança em São Miguel do Tapuio e na tentativa de fechar o cerco ao acusado. Até o momento, apenas a motocicleta que Clewilson usou na fuga foi encontrada pela PM próximo a Assunção do Piauí.
Psiquiatra faz análise dos casos
Sobre o caso de São Miguel do Tapuio, o psiquiatra diz que o acusado pode ter uma personalidade antissocial, mas que seu caso não chega a ser uma doença. "Pelos relatos que vi, não há sinais de alucinações, delírios ou desorganização. Pelo contrário", avalia o especialista.
O psiquiatra afirma ainda que no caso de doentes psicóticos, em geral, os crimes são de ocasião, sem planejamento, com uso das próprias mãos ou objetos disponíveis. "Dentro do delírio, o crime praticado por essas pessoas é uma defesa, faz sentido na realidade em que o paciente se encontra", diz.
AUTOR: PORTAL O DIA
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