O programa “Prevenção e Arte”, do Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom), especificamente com policiais militares lotados no Ronda do Quarteirão, chegou às escolas da rede particular de ensino. Durante uma semana, as ações de combate à criminalidade, principalmente o tráfico de drogas, foram apresentadas de forma lúdica ao alunos do Colégio Santo Inácio, no bairro Dionísio Torres.
O comandante do BPCom/Ronda do Quarteirão, tenente-coronel Cláudio Mendonça, informou que recrutou os policiais que têm dons artísticos e pediu a eles que é possível aproximar a relação Polícia-Sociedade, notadamente através da arte.
Desde a última segunda-feira, o horário do recreio do alunos do “Santo Inácio” passou a contar com a presença de policiais. Isso chegou a causar estranheza. Através das redes sociais, no entanto, todos foram entendendo o que estava acontecendo e passaram a dar apoio.
Segundo o oficial, as apresentações musicais, shows de calouros e peças teatrais, de autoria dos próprios policiais, foram mostrando ao estudantes o verdadeiro objetivo do trabalho de Polícia Comunitária.
Danos
O coordenador geral do Colégio Santo Inácio, professor Gilson Barros, ressaltou que o “Prevenção e Arte”, além de mostrar os danos causados pelas drogas, principalmente o crack, serviu para aproximar, por meio das crianças e adolescentes, a Polícia Militar da população. Segundo ele, o crack, ao contrário das outras drogas, já chegou rompendo todas as barreiras sociais.
A peça teatral, de autoria de um dos policiais do Ronda, conta a história de uma jovem que é “adotada” por um traficante. Sem dinheiro, ela se desfaz dos bens, para sustentar o vício.
Ao final, o traficante termina preso, mas a história que inspirou a peça teve um final trágico para a garota. A obra emocionou alunos, professores e até mesmo o tenente-coronel Cláudio
Mendonça, que ainda não tinha assistido à peça. Os alunos tinham noção de que droga acaba em morte, mas isso pode mudar, conforme o oficial.
Para o comandante do BPCom/Ronda, o trabalho da Polícia Comunitária deve começar com a prevenção. “Só o enfrentamento, não dá o resultado esperado”, salientou o tenente-coronel Cláudio Mendonça.
Os professores Gilson Barros e Marta Porto acreditam que essa iniciativa da Polícia Miliar terá adesão de outras escolas da rede particular de ensino.
Isso vai, na opinião deles, mostrar que o trabalho sério da Polícia, aliada à toda sociedade, gera bons resultados e, no futuro, os índices da violência terão uma queda significativa.
Atualmente, o “Prevenção e Arte” conta com três equipes que têm de três a cinco membros. A meta é ampliar para, no mínimo, cinco até o final do semestre.
O encerramento do “Prevenção e Arte” no Colégio Santo Inácio foi marcado com a grande prova de aceitação, quando quase todos os alunos correram em direção aos policiais militares, para abraçá-los e tirar fotografias ao lado deles.
Cláudio Mendonça informou que o resultado foi muito além do esperado, tendo em vista que diretores de várias escolas particulares procuram o comando do BPCom/Ronda para agendar visitas dos integrantes do “Prevenção e Arte”. As ações do Ronda continuarão sendo feitas também nas escolas públicas.
A Polícia Militar realiza outras ações de combate ao tráfico de drogas. Uma dessas ações é o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd).
O trabalho é desenvolvido em escolas públicas pelos policiais militares do Ronda do Quarteirão. Esse trabalho, segundo diretores de escolas ouvidos pela reportagem têm aproximado alunos e policiais, em um vínculo positivo evitando aproximação com o mundo sombrio das drogas.
AUTOR: DN
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