Quatro acusados de integrar uma quadrilha internacional de narcotraficantes foram condenados pela Justiça Federal do Ceará a mais de 78 anos de prisão. A investigação durou mais de sete anos até a sentença do juiz Danilo Fontenelle Sampaio, titular da 11ª Vara Federal, e resultou em cerca de 120 quilos de cocaína apreendidos em várias operações da Polícia Federal no estado durante esse período.
De acordo com a sentença, o comerciante e ex-candidato a vereador por Cariús, Ezivan Gonçalves dos Santos, 48, é apontado como o principal expoente e chefe da rede criminosa. Além de Ezivan Gonçalves, também foram sentenciados os cearenses Wagney Alcântara de Oliveira, 34; Francisco Hélder Victor Lemos, 43; e o colombiano Carlos Eduardo Olaya Herrera, 39.
Em 2000, teve início o monitoramento das atividades ilícitas de um homem conhecido como "Zé do Ferro Velho", radicado na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul e de Ezivan Gonçalves, o último atuando no Município de Iguatu (distante 384Km de Fortaleza), desde 1998, após apreensão de cocaína da quadrilha, em São Paulo.
O primeiro inquérito na PF contra Ezivan no Ceará foi instaurado em 2006. Desde então, segundo a Justiça Federal, ocorreram várias apreensões e prisões de integrantes da quadrilha chefiada por ele, que sempre conseguia escapar das ações da PF.
Em setembro de 2012, a Operação 'Corumbatu' foi deflagrada pela PF e o Ministério Público Federal (MPF), resultando na prisão de 20 pessoas, entre elas, Ezivan Gonçalves e outros comparsas. Segundo trecho da decisão do juiz Danilo Fontenelle publicada no Diário da Justiça Eletrônico no último dia 12, "em sua teia criminosa, (Ezivan) contava com o auxílio do colombiano Carlos Eduardo Olaya Herrera (entreposto no Brasil dos traficantes bolivianos identificados como 'Dom Papito', 'Titio' e 'Junior') para adquirir a cocaína da Bolívia em parceria com traficantes mato-grossenses para fornecê-la aos 'braços operacionais' Francisco Helder e Wagney Alcântara que se encarregavam do armazenamento/processamento e distribuição da droga em Fortaleza e interior do Ceará.
Ezivan foi condenado a 24 anos de prisão; Wagney a 18 anos e oito meses; Francisco Helder a 17 anos e quatro meses; e o colombiano Carlos Olaya a 19 anos de reclusão. Dos quatro réus, apenas Helder está em liberdade. Ezivan, Wagney e Carlos permanecem presos.
Outro lado
De acordo com o advogado Michel Coutinho, que representa o réu Ezivan Gonçalves, a defesa vai apelar da decisão no Tribunal Federal da 5ª Região (TRF5). O advogado disse não existir prova material do crime. "Ele (Ezivan) não foi encontrado com nenhuma posse de entorpecente", afirmou.
AUTOR: DN
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