No vídeo de dois minutos, a mãe aparece agredindo a menina com um pedaço de madeira, além de mordidas e empurrões. O material foi apresentado para conselheiros da infância e da juventude quando faziam uma operação na manhã de sexta-feira (27), em frente à Escola Estadual Vasco Vasques, no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus. Na ocasião, uma senhora que trabalha em uma mercearia próxima à escola foi até os conselheiros e mostrou o vídeo, que estava no celular dela. Ele, a adolescente e os filhos eram inquilinos da senhora, e o companheiro teria passado o vídeo para ela tentando chantagear a adolescente.
Segundo o conselheiro Francisco Castro, assim que viram o vídeo, os conselheiros foram até a casa da jovem e ela confessou o crime. "A mãe alega que foi espancada e violentada em frente à sogra e ao cunhado e nada foi feito. Então, em um momento de raiva, ela reagiu agredindo a menina", relatou. "A esposa ameaçava denunciar o marido pelas agressões, mas ele enfatizou que também teria como denunciá-la através das imagens", completou o conselheiro.
A mãe perdeu a guarda temporária dos filhos e está na casa da avó. Ela passa por tratamento psicológico no Centro de Referência de Apoio às Familias (Craf). De acordo com o conselheiro, a avó da adolescente disse que o pai dela é delegado da Polícia Civil no Paraná e era muito rígido com a filha, e por isso ela passou por tratamentos psicológicos quando era criança. Ela parou quando veio à Manaus, há seis anos.
O conselheiro acredita que o companheiro será punido por não prestar socorro à criança e por negligência. "Segundo a menina, ele a chamava de magricela e prostituta, entre outras palavras de baixo calão", contou Castro.
A criança de três anos também está passando por acompanhamento psicólogico. O caso tramita em segredo de Justiça na Promotoria da Infância e da Juventude. A menina e o irmão de cinco meses estão sob a guarda da avó materna.
Violência contra crianças
No domingo (29), uma outra mulher foi presa em flagrante suspeita de agredir o filho de um ano e cinco meses, no bairro Petrópolis, Zona Sul de Manaus. De acordo com o delegado titular do 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Abrahão Serruya, a mãe, possivelmente sob o efeito de entorpecentes, chegou a ameaçar os vizinhos com uma garrafa quebrada.
Segundo a Polícia Militar, o tio da criança teria acionado a polícia após ter ouvido o choro do sobrinho durante as agressões. Os oficiais informaram que a criança estava com diversos hematomas pelo corpo.
FONTE: G1/AM
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