Um amigo do rapaz agredido na Ilha do Governador, ao tentar defender um mendigo de um grupo que o importunava, é a principal testemunha da polícia, e já prestou depoimento ao delegado Deoclécio Filho, titular da 37ª DP (Ilha do Governador). Ele estava com o amigo na hora da agressão, e se disse chocado com a violência do grupo. E afirmou ainda que se sentia culpado porque, segundo disse, foi ele quem tomou a iniciativa de ir falar com o grupo para que parasse de importunar o mendigo. Mas quem apanhou foi seu amigo, segundo contou.
"Foram extremamente violentos, foram chutes com muita vontade, ele já estava caído, imobilizado, e as pessoas continuavam chutando o rosto. O pior é que foi só o rosto. A quantidade de chutes foi imensa, ele deve ter tomado uns 20 chutes, pelo menos, em cinco minutos, foi tudo rápido", disse ele.
Na manhã desta sexta, o delegado Deoclécio Filho ouviu três rapazes suspeitos de agredir o jovem. Segundo a polícia, um dos rapazes é o principal suspeito do espancamento. Policiais ainda procuram outros supostos agressores, testemunhas, e o mendigo. Os suspeitos poderão ser indiciados por tentativa de homicídio, segundo a polícia.
A agressão aconteceu na madrugada de quinta-feira (2), na Praia da Bica, na Ilha do Governador. Segundo o delegado, cinco homens teriam agredido a vítima por volta de 1h, na Praia da Bica. O jovem levou chutes no rosto, está hospitalizado e deverá passar por uma cirurgia.
Amigo diz que foi segurado para não ajudar
O amigo do rapaz agredido disse ainda que tentou impedir a agressão, mas um jovem vindo de outro lugar teria tentado apartar a briga e o teria segurado.
"Ele não me deixou entrar, dizia que era 'mano a mano', que é a expressão usada quando é um contra um, mas não era, ele estava sendo sacrificado ali como se fosse um pedaço de carne estragada. Não consigo esquecer e me sinto culpado, fui eu que tomei a atitute de ir lá falar para defender uma pessoa menos favorável. Ele veio atrás de mim porque é da índole dele não gostar disso e, infelizmente, aconteceu o que aconteceu", disse o amigo do agredido.
'Foi tentativa de homicídio', diz mãe.
A mãe do rapaz, que não quis se identificar, disse que deseja "simplesmente que a lei resolva".
"Estou apelando por justiça, apelando pela não impunidade, só que não sei se vou ser mais um número, mais uma dessas mães que pede isso. O que sei é que três dos agressores já foram localizados. Infelizmente são jovens, a gente nem sabe que punição desejar para essas pessoas. São jovens que estão em formação, buscando uma profissão, que pessoas serão essas? Eles têm que, de alguma forma, perceber o que eles fizeram, o ato que eles cometeram de vandalismo. Foi uma tentativa de homicídio. Desejo simplesmente que a lei resolva", disse ela.
FONTE: G1
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