Themis Araújo trabalhava como cuidadora há dois anos no apartamento onde foi encontrada morta Foto: Reprodução
A cuidadora Themis Araújo, 62, encontrada sem vida junto com uma idosa de 84 anos em um apartamento no bairro de Fátima, na noite da terça-feira (2), teve um breve namoro com o irmão da outra vítima, apontado pela família de Themis como o suspeito pelas mortes.
As informações são do professor Ricardo Carvalho Araújo, irmão da cuidadora, em entrevista ao Sistema Verdes Mares. Ele conta que durante o rápido relacionamento, o idoso acusado das mortes tentou agredir a cuidadora, que se defendeu.
"Ela tivera com esse cidadão um namoro passageiro e através dele que ela conseguiu ficar como cuidadora da irmã dele, que era aposentada e paraplégica. Certa vez ele tentou agredi-la fisicamente e ela se defendeu", disse Ricardo.
Envenenamento
O professor mantém a suspeita de que as vítimas foram envenenadas e de que o irmão da idosa de 84 anos seja o autor. "Não teve violência física, esganadura ou qualquer ferimento contundente, cortante, não teve sangue. Acho que ela fora envenenada por alguma substância que a deixou lerda, passiva, sem tomar atitude. Minha irmã é briguenta, vai para cima, não é de morrer calada", comenta.
Ainda segundo Ricardo, Themis saiu para trabalhar na última quinta-feira (25) e após a sexta-feira (26), ninguém teve mais acesso a ela. Ele afirma que a família denunciará o caso à Justiça por duplo assassinato, além dos possíveis agravantes, como cárcere privado e ocultação de cadáver. "Ele bloqueou todo o acesso ao apartamento", conta.
Na noite em que os corpos foram encontrados, agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram ao local realizar interrogatórios.
O corpo da idosa teria sido encontrado na cama, enquanto a cuidadora no sofá. As informações são de residentes do condomínio, que inclusive encontraram as vítimas.
Relatos são de que o irmão da idosa era agressivo e impedia familiares de manter contato com ela. Vizinhos telefonaram para parentes da senhora e depois conseguiram entrar no apartamento, quando foram informadas pelo homem que ela estava morta.
Irmão manteve idosa trancada
Ainda conforme testemunhas, além de impedir familiares e vizinhos de ter informações, o homem mantinha a irmã e a funcionária trancadas no apartamento.
A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) não encontrou sinal de violência aparente. A causa das mortes só será conhecida após resultado de laudo.
O irmão da idosa foi encaminhado, na presença de um familiar, até a sede da DHPP, da Polícia Civil do Ceará (PCCE), onde foi ouvido. Conforme as autoridades, inicialmente não há indício da participação dele nas mortes.
As autoridades coletaram material genético e solicitaram mais exames. Com inquérito instaurado, a Polícia Civil segue realizando diligências.
FONTE: DN
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