Um homem natural da Cidade de Imperatriz, no Estado do Maranhão, foi preso no fim da manhã da última quinta-feira, por policiais civis do 2º DP (Aldeota). De acordo com a Polícia, a quadrilha da qual ele fazia parte chegou a Fortaleza no dia 18 de setembro e estava fazendo empréstimos consignados, em nomes de terceiros, na Capital cearense. Os outros três maranhenses que agiam em parceria com Jackson Charles da Silva Cruz, 35, conseguiram fugir.
A comandante da Área Integrada de Segurança (AIS) 3, delegada Socorro Portela, disse que as investigações começaram quando uma vítima do bando denunciou o golpe. Segundo ela, dois auditores fiscais e um analista tributário da Receita Federal do Ceará tiveram seus dados clonados pelos suspeitos de estelionato, para a realização das fraudes.
O bando falsificava todos os documentos das vítimas com base em dados que conseguiam obter na internet, conforme informações do inspetor-chefe do 2º DP, Isac Filho. Em posse dos dados verdadeiros, preenchiam cédulas confeccionadas por eles mesmos, em um apartamento alugado na Rua Arariús, na Praia de Iracema.
"Eles conseguiam falsificar os documentos das pessoas e se passavam por auditores fiscais, nos bancos. Esse rapaz que foi preso não tem sequer o segundo grau completo e com facilidade conseguiu se passar por auditor. Pelo que investigamos até agora, eles não tiveram dificuldade em quase nada, para efetuar os empréstimos. Conseguiram comprovantes de residência junto à Coelce, cartões magnéticos e até talões de cheques nos bancos, facilmente", revelou Portela.
A delegada contou também, que Cruz confessou sua participação no crime, mas disse que sua função na quadrilha era apenas ir ao banco. "Ele disse que não sabe como os outros faziam para falsificar os documentos, nem como conseguiam os dados. Pelo que foi apurado, o Jackson é apenas um 'testa de ferro'. Ele está longe de ser um dos 'cabeças' disso tudo", afirmou.
Quadrilha
A quadrilha conseguiu fazer um empréstimo consignado no valor de R$ 20 mil usando o contra-cheque de uma das vítimas, na Caixa Econômica Federal (CEF). Antes disso, eles foram até o banco BMG e solicitaram R$ 200 mil, mas a transação não foi aprovada pela instituição financeira. A Polícia ainda não sabe dizer quantos golpes foram consumados pela quadrilha.
Os outros três integrantes, identificados como Célio Sousa Fernandes, Marcos William e Laís estavam hospedados em um flat, no bairro Mucuripe. "Quando descobrimos o endereço seguimos rapidamente para lá, mas fomos avisados pelo funcionário da recepção que eles haviam acabado de ir embora", afirmou Isac Filho. Sete relógios, um videogame, uma impressora, talões de cheques, cartões magnéticos e dois smartphones foram apreendidos.
AUTOR: DN
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