O presidente da Gaviões da Fiel, Antonio Alan Souza Silva, não poderá ver jogos do Corinthians
(Roney Domngos/G1)
A Justiça de São Paulo determinou nesta sexta-feira (1º) a aplicação de medidas cautelares contra quatro torcedores da Gaviões da Fiel que foram indiciados pela Polícia Civil pela morte de dois palmeirenses durante briga de torcidas em março deste ano na Zona Norte da capital paulista.
A juíza Laura Mattos Almeida, da 2ª Vara do Júri, no Fórum de Santana, na Zona Norte da capital paulista, decidiu que o presidente da torcida organizada, Antonio Alan Souza Silva, o Donizete, o ex-presidente Douglas Deungaro, o Metaleiro, e mais dois membros da Gaviões, Reinaldo Gilberto Alves, o Ade, e Mário Batista, o Magoo, permaneçam em uma companhia da Polícia Militar nos dias dos jogos do Corinthians. A decisão é por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP).
O advogado de Donizete, Ricardo Cabral, disse ao G1 que vai estudar qual medida deve tomar no processo. "Estou com a cópia, mas não vi a decisão da juíza ainda. No entanto, eu acho que a decisão vai ser estendida para o Donizete também", disse o advogado. Ele afirmou ter acompanhado no fórum de Santana a decisão da juíza, mas que ela só deverá se pronunciar sobre o cliente dele na próxima segunda-feira (4). "Muito provavelmente, deveremos entrar com um recurso contra a decisão", afirmou Cabral.
Segundo a assessoria do tribunal, A decisão da magistrada acompanhou os pedidos feitos pelo promotor Manoel Torralbo Gimenez, que apura a morte dos integrantes da Mancha Alviverde Andre Lezo e Guilherme Moreira no processo. A juíza Laura Almeida também negou os pedidos de prisões preventivas contra sete corintianos feito pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
O delegado Arlindo José Negrão Vaz, da Decradi, havia pedido também a prisão do vice da Gaviões, Wagner Costa, o BO, Carlos Roberto de Brito Júnior, o Neguinho, Marcelo Eduardo Rodrigues Sales, o Ninja, e Damião Rogério Fagundes Oliveira, o Pererê.
Liberdade para corintianos
Metaleiro, Ade e Magoo foram soltos na noite desta sexta-feira por conta do término do prazo de um mês de detenção. Eles estavam detidos na carceragem do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, no Centro.
Em seu despacho, a juíza manteve os mandados de prisão temporária contra BO, Neguinho e Ninja, que já estavam foragidos, e a determinação que Pererê, que não tem paradeiro conhecido, também seja preso temporariamente.
Em entrevista ao G1, o promotor explicou que não ofereceu denúncia à Justiça contra os sete corintianos e também não concordou com os pedidos de prisões preventivas, feitos pela Decradi contra eles, porque entende que os mesmos não eram mais necessários. “Eu entendo que o inquérito necessita de aprofundamento de diligências e não dá para manter os suspeitos presos por mais tempo”, disse o promotor Manoel Gimenez na tarde desta sexta. “Por isso sugeri medidas cautelares diversas da prisão.”
Ainda a respeito dos pedidos de medidas cautelares feitos pela Promotoria, Gimenez afirmou que sugeriu à Justiça que os corintianos Donizete, Metaleiro, Ade e Magoo sejam impedidos de comparecer a estádios de futebol em qualquer competição que o Corinthians dispute no Brasil ou no exterior.
“Se o jogo for à tarde, sugiro que os torcedores citados compareçam a uma companhia da PM a partir das 10h da manhã e só deixem o local duas horas após o jogo. Se a partida for à noite, pedi para eles irem para a PM duas horas antes e só saírem de lá duas horas depois”, disse o promotor. “Meu pedido diz que eles terão de ficar em uma base da PM a uma distância mínima de 3 quilômetros do estádio onde o Corinthians estiver jogando”, disse.
Corintianos indiciados
O G1 não conseguiu localizar os torcedores citados ou representantes deles ou da Gaviões para comentarem o assunto. A Decradi responsabilizou formalmente os sete corintianos por duplo homicídio, lesão corporal e formação de quadrilha. Donizete, Metaleiro, Ade e Magoo chegaram a negar os crimes em seus interrogatórios à polícia quando foram detidos.
O presidente da Gaviões chegou a ficar preso temporariamente, mas foi solto pela Justiça na segunda-feira (28) após seus advogados entrarem com um pedido de liberdade provisória.
Segundo o delegado Arlindo Negrão, da Decradi, o confronto de 25 de março entre a Gaviões e Mancha, do Palmeiras, na Avenida Inajar de Souza, na Freguesia do Ó, era de conhecimento dos seus membros e foi marcado pela internet para vingar o assassinato de Douglas Karin Silva, da Gaviões, em 2011. O corpo dele foi encontrado no Rio Tietê, na capital paulista, após confronto agendado entre corintianos e palmeirenses.
Andre Lezo e Guilherme Moreira morreram com traumatismo craniano após receberem golpes de barras de paus e de ferros na cabeça. Um outro sócio da torcida palmeirense foi baleado na perna, mas sobreviveu.
Palmeirenses indiciados
O presidente e o vice-presidente da Mancha, respectivamente, Marcos Ferreira, o Marquinhos, e Antonio Rafael Scarlatti Felippe, e outros dois sócios da torcida organizada já haviam sido indiciados por formação de quadrilha por participação na briga de março.
Segundo a Decradi, eles também tinham conhecimento do confronto. Apesar disso, a polícia não pediu nesta terça à Justiça a prisão deles, que respondem ao inquérito em liberdade.
O inquérito que apura os responsáveis pela morte de Douglas Silva já tinha sido concluído, mas voltou para a Decradi após pedido do Ministério Público para mais diligências. Três palmeirenses foram indiciados pelo homicídio, entre eles, o então vice-presidente da Mancha, Lucas Lezo, e o seu irmão, Tiago Lezo - gêmeo de Andre, morto em março. Lucas está preso por outro crime, posse ilegal de arma. Já Tiago foi solto.
FONTE: G1/SP
(Roney Domngos/G1)
A Justiça de São Paulo determinou nesta sexta-feira (1º) a aplicação de medidas cautelares contra quatro torcedores da Gaviões da Fiel que foram indiciados pela Polícia Civil pela morte de dois palmeirenses durante briga de torcidas em março deste ano na Zona Norte da capital paulista.
A juíza Laura Mattos Almeida, da 2ª Vara do Júri, no Fórum de Santana, na Zona Norte da capital paulista, decidiu que o presidente da torcida organizada, Antonio Alan Souza Silva, o Donizete, o ex-presidente Douglas Deungaro, o Metaleiro, e mais dois membros da Gaviões, Reinaldo Gilberto Alves, o Ade, e Mário Batista, o Magoo, permaneçam em uma companhia da Polícia Militar nos dias dos jogos do Corinthians. A decisão é por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de SP (TJ-SP).
O advogado de Donizete, Ricardo Cabral, disse ao G1 que vai estudar qual medida deve tomar no processo. "Estou com a cópia, mas não vi a decisão da juíza ainda. No entanto, eu acho que a decisão vai ser estendida para o Donizete também", disse o advogado. Ele afirmou ter acompanhado no fórum de Santana a decisão da juíza, mas que ela só deverá se pronunciar sobre o cliente dele na próxima segunda-feira (4). "Muito provavelmente, deveremos entrar com um recurso contra a decisão", afirmou Cabral.
Segundo a assessoria do tribunal, A decisão da magistrada acompanhou os pedidos feitos pelo promotor Manoel Torralbo Gimenez, que apura a morte dos integrantes da Mancha Alviverde Andre Lezo e Guilherme Moreira no processo. A juíza Laura Almeida também negou os pedidos de prisões preventivas contra sete corintianos feito pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).
O delegado Arlindo José Negrão Vaz, da Decradi, havia pedido também a prisão do vice da Gaviões, Wagner Costa, o BO, Carlos Roberto de Brito Júnior, o Neguinho, Marcelo Eduardo Rodrigues Sales, o Ninja, e Damião Rogério Fagundes Oliveira, o Pererê.
Liberdade para corintianos
Metaleiro, Ade e Magoo foram soltos na noite desta sexta-feira por conta do término do prazo de um mês de detenção. Eles estavam detidos na carceragem do 77º Distrito Policial, em Santa Cecília, no Centro.
Em seu despacho, a juíza manteve os mandados de prisão temporária contra BO, Neguinho e Ninja, que já estavam foragidos, e a determinação que Pererê, que não tem paradeiro conhecido, também seja preso temporariamente.
Em entrevista ao G1, o promotor explicou que não ofereceu denúncia à Justiça contra os sete corintianos e também não concordou com os pedidos de prisões preventivas, feitos pela Decradi contra eles, porque entende que os mesmos não eram mais necessários. “Eu entendo que o inquérito necessita de aprofundamento de diligências e não dá para manter os suspeitos presos por mais tempo”, disse o promotor Manoel Gimenez na tarde desta sexta. “Por isso sugeri medidas cautelares diversas da prisão.”
Ainda a respeito dos pedidos de medidas cautelares feitos pela Promotoria, Gimenez afirmou que sugeriu à Justiça que os corintianos Donizete, Metaleiro, Ade e Magoo sejam impedidos de comparecer a estádios de futebol em qualquer competição que o Corinthians dispute no Brasil ou no exterior.
“Se o jogo for à tarde, sugiro que os torcedores citados compareçam a uma companhia da PM a partir das 10h da manhã e só deixem o local duas horas após o jogo. Se a partida for à noite, pedi para eles irem para a PM duas horas antes e só saírem de lá duas horas depois”, disse o promotor. “Meu pedido diz que eles terão de ficar em uma base da PM a uma distância mínima de 3 quilômetros do estádio onde o Corinthians estiver jogando”, disse.
Corintianos indiciados
O G1 não conseguiu localizar os torcedores citados ou representantes deles ou da Gaviões para comentarem o assunto. A Decradi responsabilizou formalmente os sete corintianos por duplo homicídio, lesão corporal e formação de quadrilha. Donizete, Metaleiro, Ade e Magoo chegaram a negar os crimes em seus interrogatórios à polícia quando foram detidos.
O presidente da Gaviões chegou a ficar preso temporariamente, mas foi solto pela Justiça na segunda-feira (28) após seus advogados entrarem com um pedido de liberdade provisória.
Segundo o delegado Arlindo Negrão, da Decradi, o confronto de 25 de março entre a Gaviões e Mancha, do Palmeiras, na Avenida Inajar de Souza, na Freguesia do Ó, era de conhecimento dos seus membros e foi marcado pela internet para vingar o assassinato de Douglas Karin Silva, da Gaviões, em 2011. O corpo dele foi encontrado no Rio Tietê, na capital paulista, após confronto agendado entre corintianos e palmeirenses.
Andre Lezo e Guilherme Moreira morreram com traumatismo craniano após receberem golpes de barras de paus e de ferros na cabeça. Um outro sócio da torcida palmeirense foi baleado na perna, mas sobreviveu.
Palmeirenses indiciados
O presidente e o vice-presidente da Mancha, respectivamente, Marcos Ferreira, o Marquinhos, e Antonio Rafael Scarlatti Felippe, e outros dois sócios da torcida organizada já haviam sido indiciados por formação de quadrilha por participação na briga de março.
Segundo a Decradi, eles também tinham conhecimento do confronto. Apesar disso, a polícia não pediu nesta terça à Justiça a prisão deles, que respondem ao inquérito em liberdade.
O inquérito que apura os responsáveis pela morte de Douglas Silva já tinha sido concluído, mas voltou para a Decradi após pedido do Ministério Público para mais diligências. Três palmeirenses foram indiciados pelo homicídio, entre eles, o então vice-presidente da Mancha, Lucas Lezo, e o seu irmão, Tiago Lezo - gêmeo de Andre, morto em março. Lucas está preso por outro crime, posse ilegal de arma. Já Tiago foi solto.
FONTE: G1/SP
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