Mototaxista foi assassinado e teve os pertences roubados pelos suspeitos. — Foto: Reprodução/DN
A Polícia já representou por mandados de prisão preventiva contra o trio, mas as prisões não podem ser efetuadas devido a proximidade das Eleições
Após uma reviravolta no caso, os três suspeitos de matar o mototaxista Carlos Eduardo Evangelista de Goes, de 27 anos, em setembro, prestaram depoimento à Delegacia Metropolitana de Caucaia, da Polícia Civil, na tarde da última quarta-feira (3), e foram liberados em seguida. As prisões não puderam ser efetuadas devido ao Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965).
De acordo com a Polícia Civil, os investigadores já representaram por três mandados de prisão preventiva, junto à Justiça. Entretanto, a lei eleitoral determina que, desde a última terça-feira (2), até 48 horas depois do término da votação do 1º turno das Eleições (próxima terça, 9/10), "nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto", segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A primeira suspeita da Polícia era que o mototaxista tinha sido vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), no último dia 14 de setembro, em uma estrada carroçável de Caucaia. Porém, as apurações apontaram para crime passional e chegaram aos autores do crime.
Trio planejou homicídio por ciúme
Os três suspeitos revelaram, em depoimento à Polícia, que mataram Carlos por ciúme. A vítima teria paquerado com Camila da Silva Rocha, 19, o que despertou a ira do namorado dela, Emerson Lourenço da Silva, 25.
Então, Emerson elaborou um plano para matar o desafeto. Camila pediu uma corrida para o mototaxista, saindo do Centro de Caucaia, com destino à localidade de Mingau. No meio do trajeto, em uma estrada carroçável, o namorado da jovem e o amigo Erineudo Maia Sousa, 25, esperavam para cometer o crime.
Os dois homens abordaram o mototaxista, o executaram a tiros e roubaram seus pertences. Os três comparsas fugiram em seguida, mas foram identificados pela investigação policial. A reportagem apurou que a Delegacia espera efetuar as prisões na próxima semana, com o término do prazo previsto pela lei eleitoral.
AUTOR: Diário do Nordeste
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