Alexandra, 34 anos, levou um tiro na cabeça dentro do ônibus e não resistiu
A Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios e proteção à Pessoa (DHPP), deverá receber, ainda hoje (12), as imagens captadas pelas câmeras do ônibus onde duas pessoas acabaram mortas, a tiros, na tarde desta quinta-feira (11). Um tiroteio dentro do coletivo, no bairro Messejana, matou uma passageira de 34 anos e um homem que, supostamente, seria um assaltante. O atirador fugiu sem que fosse identificado.
Cerca de 10 tiros de pistola de calibre 380 foram disparados dentro do coletivo. Esta foi a primeira conclusão dos peritos que fizeram exames preliminares dentro do coletivo da linha Messejana-Antônio Bezerra. O fato ocorreu por volta de 15 horas, segundo dados da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).
Segundo o relato de testemunhas, o incidente aconteceu no momento em que o ônibus se deslocava pela Avenida Frei Cirilo e, ao chegar nas proximidades do Hospital do Coração, um homem – ainda não identificado embarcou e, imediatamente, pulou a catraca. Foi o bastante para que outro passageiro (também não identificado) sacasse uma arma e começasse a atirar.
A versão de que ocorreu uma troca de tiros entre os dois ainda está sendo investigada. Nenhuma arma de fogo foi localizada na cena do crime, somente uma faca que estava dentro da mochila que o desconhecido usava no momento em que pulou a catraca do coletivo e foi baleado mortalmente.
Um dos tiros disparados no ônibus acabou por atingir outra passageira, a educadora Alexandra Assunção dos Santos, 34 anos. Na tentativa de salvar a vida da mulher, o motorista seguiu com o ônibus até a entrada do Hospital do Coração, onde a vítima foi retirada às pressas e levada até a Sala de Ressuscitação, mas ali mesmo faleceu com um tiro na cabeça.
Balas
Ao menos, 10 cápsulas de balas de calibre 380 foram recolhidas no piso e nos bancos do coletivo. A equipe de inspetores e escrivães da DHPP ouviu os demais passageiros e um inquérito policial já foi instaurado. Os corpos das vítimas foram encaminhados à Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) da Perícia Forense do ceará (Pefoce).
A professora morava na comunidade Riachão, no Município de Aquiraz. Já a segunda pessoa morta e não identificada permanece no necrotério da Comel. Os legistas aguardam a presença de familiares para que seja feito o reconhecimento formal do morto.
AUTOR: FERNANDO RIBEIRO
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